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sábado, 5 de junho de 2021

A genialidade por trás das soluções simples dos soviéticos na corrida espacial

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A União Soviética não contava com os mesmos avanços tecnológicos da Nasa — mas isso não a impediu de largar na frente dos americanos na corrida espacial.
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TOPO
Por BBC

Postado em 05 de junho de 2021 às 21h05m


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Cápsulas espaciais soviéticas em construção em 1961 — Foto: SOVFOTO/GETTY IMAGES via BBC
Cápsulas espaciais soviéticas em construção em 1961 — Foto: SOVFOTO/GETTY IMAGES via BBC

Poucos dias depois de retornar à Terra, Yuri Gagarin estava ao lado do então primeiro-ministro soviético Nikita Khrushchev na Praça Vermelha de Moscou, sendo aplaudido por milhares de pessoas que comemoravam seu triunfo.

Foi uma celebração avassaladora e, em grande parte, espontânea das conquistas soviéticas.

Mas o engenheiro que tornou possível o primeiro voo espacial tripulado por humanos não estava lá para ser visto.

Somente após a sua morte, em 1966, que o nome do projetista-chefe, Sergei Pavlovich Korolev, foi revelado ao mundo.

O gênio que estava no cerne do programa espacial russo era um dos segredos mais bem guardados da União Soviética.

Nascido na Ucrânia, Korolev supervisionou o projeto do foguete R7 que lançou o primeiro satélite, o primeiro cão, o primeiro homem, a primeira mulher e o primeiro andarilho espacial em órbita.

Ele desenvolveu as cápsulas, os sistemas de controle e as checagens rigorosas que garantiram que todas as pessoas que ele enviou ao espaço ao longo de sua trajetória voltassem com vida.

O valor de propaganda do seu trabalho por si só foi suficiente para garantir o status de superpotência da União Soviética.

Mas, diferentemente de seu famoso rival americano Wernher von Braun, a identidade do "projetista-chefe" era considerada preciosa demais para ser compartilhada com o mundo.

"Não é dado crédito suficiente para os engenheiros e técnicos que trabalharam na espaçonave, porque eles são os exércitos que realmente tornaram isso possível", diz Cathleen Lewis, curadora de Programas Espaciais Internacionais do Museu Nacional do Ar e do Espaço do Instituto Smithsoniano em Washington DC.

"É preciso uma quantidade incrível de energia e esforço para preservar a vida humana no espaço."

Os engenheiros de Korolev criaram soluções de engenharia brilhantes para os desafios dos voos espaciais tripulados, muitas vezes diferentes das escolhidas por seus colegas americanos. A simplicidade, muitas vezes, era motivada pelas limitações da tecnologia soviética.

O lançador R7, por exemplo, foi projetado como um míssil balístico intercontinental.

Com cerca de 30 metros de altura, e com quatro propulsores presos nas laterais, o tamanho do foguete era determinado pela ogiva nuclear que carregava.
Korolev (à direita, sua estátua) foi um projetista de foguetes brilhante que contribuiu para os soviéticos largarem na frente na corrida espacial — Foto: ERIC ROMANENKO/TASS/GETTY IMAGES /BBC
Korolev (à direita, sua estátua) foi um projetista de foguetes brilhante que contribuiu para os soviéticos largarem na frente na corrida espacial — Foto: ERIC ROMANENKO/TASS/GETTY IMAGES /BBC

Como as armas nucleares soviéticas eram maiores e mais pesadas do que as americanas, os foguetes precisavam ser mais poderosos.

Isso significava que, quando se tratava de lançar uma espaçonave com um cosmonauta a bordo, ela também poderia ser maior.

"Ao contrário dos americanos, eles não precisavam se preocupar em fazer miniaturização ou em tornar a tecnologia mais compacta", diz Lewis.

"A indústria aeronáutica americana fez a transição de tubos de vácuo para transistores, mas os soviéticos ainda usavam tubos de vácuo em suas espaçonaves até meados da década de 1960."

A cápsula soviética Vostok, que levaria o primeiro homem e, mais tarde, a primeira mulher ao espaço, certamente tinha pouca relação com a espaçonave Mercury da Nasa.
Pouco maior do que o homem que cabia lá dentro, o módulo da Mercury em forma de cone estava abarrotado de interruptores, alavancas e botões. Era uma maravilha da eletrônica e da miniaturzação.

A Vostok, por outro lado, parecia uma bala de canhão oca gigante forrada com estofamento.Havia um rádio — que parecia um rádio de carro, com uma tecla telegráfica para transmitir código Morse como suporte — e um único painel de instrumentos.

As cápsulas de reentrada soviética não precisavam de manobras cuidadosas antes de retornar à Terra, pois estavam completamente cobertas com proteção térmica — Foto:  VLADIMIR GERDO/TASS/GETTY IMAGES  /BBC
As cápsulas de reentrada soviética não precisavam de manobras cuidadosas antes de retornar à Terra, pois estavam completamente cobertas com proteção térmica — Foto: VLADIMIR GERDO/TASS/GETTY IMAGES /BBC

Montado dentro desta caixa estava um globo terrestre pintado, cujo movimento era controlado por um computador eletromecânico acionado por rodas e engrenagens.

Isso dava ao ocupante uma indicação de sua posição em órbita.

A ausência de instrumentação complexa também revelava outra diferença fundamental entre as duas nações.

Era esperado que os astronautas da Mercury pilotassem a espaçonave. A Vostok era operada automaticamente em uma sequência pré-determinada, deixando o cosmonauta com pouco a fazer.

A única maneira de liberar os poucos controles manuais era digitando um código secreto em um teclado.

O código estava lacrado em um envelope embaixo do assento, para ser aberto em caso de falha dos sistemas automáticos.

Korolev, no entanto, estava entre as várias pessoas que sussurraram os números para Gagarin antes de seu voo.

O design de bala de canhão da cápsula Vostok também tornou mais simples sua reentrada na atmosfera terrestre.

Os astronautas da Mercury tiveram que manobrar cuidadosamente sua cápsula para que o escudo de calor os protegesse.

A Vostok, no entanto, era inteiramente coberta por um material resistente ao calor e era simplesmente mais pesada na parte inferior, de forma que ficasse voltada para a direção certa.

Mas, na hora de pousar, os soviéticos tinham um problema. Enquanto os EUA planejavam mergulhar no oceano, os cosmonautas soviéticos voltariam para a terra.

"Eles não conseguiam desacelerar a Vostok o suficiente para que os humanos, ou qualquer um, sobrevivesse a um pouso dentro da espaçonave", diz Lewis.
A espaçonave Vostok exigia pouco do cosmonauta a bordo, já que era pilotada por controladores em solo — Foto: SSPL/GETTY IMAGES/BBC
A espaçonave Vostok exigia pouco do cosmonauta a bordo, já que era pilotada por controladores em solo — Foto: SSPL/GETTY IMAGES/BBC

"É por isso que Yuri Gagarin foi ejetado a 6 km de altura e a cápsula pousou separadamente."

Para sua próxima espaçonave, a Voskhod, os engenheiros de Korolev projetaram um sistema de pouso "suave", que incluía assentos com suspensão para os cosmonautas e um sistema de foguete que dispararia pouco antes de a cápsula atingir o solo.

Atualmente, a espaçonave Soyuz usa uma tecnologia semelhante, embora os ocupantes ainda comparem o retorno à Terra a um acidente de carro em alta velocidade.

A outra grande inovação apresentada pela Voskhod foi que, apesar de não ser maior do que a Vostok, ela precisava competir com a espaçonave americana Gemini projetada para transportar duas pessoas — ou seja, tinha que acomodar mais do que um único cosmonauta.

Três, na verdade... e um deles seria um dos engenheiros que ajudou a projetá-la.

A ideia de recrutar engenheiros, e não apenas pilotos, para ir ao espaço foi mais uma das inovações de Korolev. E só foi adotada pelos EUA na era dos Ônibus Espaciais.

Duas vezes herói da União Soviética, o cosmonauta Aleksandr Aleksandrov começaria sua carreira trabalhando na Voskhod no início dos anos 1960 e, mais tarde, estaria a bordo da Soyuz durante duas missões a estações espaciais soviéticas.

Quando o encontrei em Moscou, há dois anos, ele me explicou o pensamento de Korolev.

"O objetivo de selecionar cosmonautas de setores da engenharia é que esses especialistas poderiam trabalhar nos foguetes que eles projetaram e criaram", afirmou Aleksandrov.

"Eles conseguiam entender por que e como o foguete funcionava e obter a experiência de pilotar a própria espaçonave que haviam projetado."

Há quem possa sugerir que o fato de o engenheiro que concebeu a espaçonave também estar a bordo dela faz maravilhas no controle de qualidade.

Ambos os voos tripulados da Voskhod foram um sucesso — os soviéticos levaram três homens ao espaço em 1964 e o primeiro homem a andar no espaço, Alexei Leonov, durante a missão Voskhod-2 em 1965 (embora tenha havido alguns problemas).

Talvez a invenção mais duradoura de Korolev, no entanto, tenha sido o foguete Soyuz.

O lançador usado pela Rússia hoje parece quase idêntico ao R7 original e está imbuído da simplicidade do design soviético. Sobretudo em seu sistema de ignição.

Com cinco motores de foguete e 20 câmaras de combustão, além de 12 motores menores usados ​​para manobra, é essencial que todos os motores acendam ao mesmo tempo.

Caso contrário, o combustível pode vazar de um motor apagado e causar uma explosão potencialmente catastrófica.

Essa sincronicidade é alcançada usando fósforos gigantes. Assim que a Soyuz alcança seu pórtico de lançamento, os engenheiros posicionam varas de madeira com dois ignitores elétricos pirotécnicos na extremidade dos bicos do foguete.

Elas são unidas por um fio de metal.

Pouco antes do lançamento, os ignitores disparam e a chama queima pelo fio.

Quando todos os fios são rompidos, isso indica que há uma chama acesa dentro de cada bico e é seguro abrir as válvulas propulsoras.

O sistema garante que o combustível só seja liberado quando esses fósforos gigantes estão todos acesos.

A casa de Korolev em Moscou — dada a ele (em segredo) pelo Estado Soviético em 1959 — foi preservada como um museu.

O local está repleto de lembranças do programa espacial que ele supervisionou — maquetes de aeronaves e foguetes, fotografias de cosmonautas, livros técnicos e artigos.

Fora do seu escritório, há uma parede coberta por um mapa detalhado da superfície lunar.

Os sonhos de Korolev de pousar um cidadão soviético na Lua nunca se realizaram, mas seus designs permanecem vivos nos foguetes, espaçonaves e estações espaciais de hoje.

Sessenta anos após Yuri Gagarin se tornar o primeiro homem a orbitar a Terra, o engenheiro que deu início à corrida espacial merece ser celebrado tanto quanto.

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Entenda como o cabo submarino entre Brasil e Portugal pode mudar sua internet

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EllaLink é o primeiro cabo de fibra ótica de alta capacidade a ligar América Latina e Europa. Equipamento será usado para fins comerciais e de pesquisa.
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Por Victor Hugo Silva, G1

Postado em 05 de junho de 2021 às 10h00m


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Implantação do cabo submarino de fibra ótica em Sines, Portugal — Foto: Divulgação/EllaLink
Implantação do cabo submarino de fibra ótica em Sines, Portugal — Foto: Divulgação/EllaLink

O cabo submarino de fibra ótica entre Brasil e Portugal inaugurado na última terça-feira (1º) deve oferecer internet rápida e estável para usuários. O EllaLink, como é conhecido, é o primeiro de alta capacidade a ligar os dois países.

Os usuários vão se beneficiar da estrutura após operadoras de internet, bem como serviços de streaming, de nuvem e financeiros, como bancos e bolsas de valores, adqurirem parte da capacidade de tráfego. O cabo também será utilizado por instituições de pesquisa e redes corporativas.

Em resumo, o novo cabo traz duas melhorias:

  • Alta velocidade e baixa latência, que é o tempo que uma informação leva para sair de um ponto ao outro. Isso é útil para serviços que têm um tráfego intenso de dados e exigem um tempo de resposta curto, como jogos online e transmissões ao vivo.
  • Segurança: a conexão direta entre Brasil e Portugal diminui riscos, já que os dados não precisam passar por equipamentos de outros países, como os Estados Unidos.
Extensão

Com cerca de 6 mil quilômetros, o EllaLink sai de Fortaleza, para onde também são enviadas informações de São Paulo e Rio de Janeiro. Há ainda uma ligação com a Guiana Francesa.

Da capital cearense, o cabo segue em direção à cidade de Sines, em Portugal, que, por sua vez, é interligada por cabos terrestres a Lisboa, Madri, Barcelona e Marselha. No Oceano Atlântico, ele também se conecta com Cabo Verde, Mauritânia e Marrocos, além de Ilha da Madeira e Ilhas Canárias.
EllaLink é o primeiro cabo de alta velocidade entre América Latina e Europa. — Foto: Arte/G1
EllaLink é o primeiro cabo de alta velocidade entre América Latina e Europa. — Foto: Arte/G1

Mais velocidade, menos latência

Criado para ter vida útil de 25 anos, o cabo deve garantir mais velocidade na comunicação entre os continentes. Segundo a EllaLink, empresa que o construiu, ele foi projetado para ter capacidade de tráfego de 72 Terabits por segundo (Tbps). No entanto, uma mudança na fase final de instalação elevou o número para 100 Tbps.

Desde 2014, outros cabos de alta capacidade, semelhantes ao EllaLink, foram instalados entre a América do Sul e a América do Norte. No entanto, eles são superados pelo novo cabo entre Brasil e Portugal por conta de outro fator.

A latência, isto é, o tempo que uma informação leva para sair de um ponto ao outro, do EllaLink é de menos de 60 milissegundos. De acordo com a companhia, o número representa uma queda de 50% ao que costuma ser registrado.

A redução da latência acontece porque, até então, a comunicação de alta velocidade entre Brasil e Europa dependia de cabos que passam primeiro pelos Estados Unidos. A rota direta permite que os dados cheguem mais rapidamente ao destino.
Novo cabo submarino pode benefiar jogos online e transmissões ao vivo — Foto: Soumil Kumar/Pexels
Novo cabo submarino pode benefiar jogos online e transmissões ao vivo — Foto: Soumil Kumar/Pexels

A conexão direta entre América Latina e Europa pode melhorar o desempenho de aplicações que dependem de um tráfego intenso de dados, diz o gerente de infraestrutura do IX.br, projeto do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Julio Sirota.

A instalação do novo cabo submarino deve criar rotas mais curtas com a Europa e consequentemente com latência menor, permitindo uma melhor performance para quem pretende utilizar jogos e fontes de streaming de vídeo localizados na Europa, explicou.

Em comunicado, o governo brasileiro destacou que o EllaLink vai melhorar oportunidades de pesquisa e educação na América Latina e na Europa. Isso porque parte da capacidade do cabo será destinada a um consórcio acadêmico.

O Construindo a Ligação da Europa com a América Latina (BELLA, na sigla em inglês), como é conhecido, reúne instituições de pesquisa de países nas duas regiões. A expectativa é que o cabo ajude pesquisadores a acessarem equipamentos científicos que estão em outros países.

Mais privacidade

A conexão entre América Latina e Europa por meio do EllaLink também oferece mais segurança na comunicação. Isso porque ele não precisará de um país intermediador, como os EUA, para chegar ao destino.

O projeto do cabo submarino foi criado em 2012, mas ganhou força anos depois da revelação de um escândalo de espionagem americana.

Em 2013, documentos vazados por Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, indicaram que o órgão teve acesso a e-mails e ligações de brasileiros, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff.
Edward Snowden revelou escândalo de espionagem da NSA sobre o governo brasileiro em 2013. — Foto: Brendan McDermid/Reuters/Arquivo
Edward Snowden revelou escândalo de espionagem da NSA sobre o governo brasileiro em 2013. — Foto: Brendan McDermid/Reuters/Arquivo

Segundo Sirota, as ligações que passam pelos EUA aumentam os potenciais riscos de segurança porque precisam passar por equipamentos intermediários em território americano antes de seguirem para o restante da rota.

"Do ponto de vista de segurança e privacidade, quanto menos pontos intermediários existirem, menor a possibilidade de ações indevidas sobre os dados trafegados", afirmou.

Outra vantagem do cabo está no que é conhecido como a disponibilidade da rede. Com uma rota adicional entre América Latina e Europa, os serviços podem continuar funcionando normalmente mesmo que o caminho que passa pelos EUA esteja bloqueado.

Quem financia o cabo?

O investimento para a construção do cabo submarino veio da EllaLink, que afirma ter destinado 150 milhões de euros (R$ 923 milhões, na cotação atual). A maior parte do valor foi obtida com empresas como o Banco Europeu de Investimento (EIB, na sigla em inglês), ligado à União Europeia.

Outra quantia foi destinada pelos chamados clientes-âncora. Entre os principais, está o consórcio BELLA. O grupo é formado pelas redes de pesquisa da Europa (Géant) e da América Latina (RedCLARA), que usarão parte da capacidade de tráfego no intercâmbio científico, além das empresas Cabo Verde Telecom e Emacon (Ilha da Madeira).

A União Europeia afirmou que investiu 26,5 milhões de euros (cerca de R$ 163 milhões) por meio do consórcio BELLA.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por sua vez, informou ter realizado um aporte de 8,9 milhões de euros (R$ 54,8 milhões). O investimento teria sido feito por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social do MCTI.

Mas os executivos da EllaLink afirmam que o aporte total do consórcio BELLA foi de 25 milhões de euros. A empresa alega que, deste valor, cerca de 70% (17,5 milhões de euros) vieram da União Europeia, enquanto os 30% restantes (7,5 milhões de euros) foram aplicados pelo Brasil.

Além da ligação com a Europa, o governo brasileiro se juntou a Argentina, Austrália e Nova Zelândia no projeto de um cabo submarino de fibra ótica que ligará a América do Sul à Ásia e à Oceania. Conhecido como Humboldt, o projeto custará em torno de US$ 400 milhões e prevê um cabo com capacidade inicial de transmissão de dados de 400 Gbps.

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