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Apesar do recuo, 14,1 milhões de pessoas seguem desocupadas, de acordo o IBGE. No trimestre encerrado em setembro, desemprego estava em 14,6%. = =---____------- === ---- -----________::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::________ --------- ==== -----------____---= =
Por G1
29/12/2020 09h01 Atualizado há uma hora
Postado em 29 de dezembro de 2020 às 10h05m
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Desemprego fica em 14,3% entre agosto e outubro, diz IBGE
A taxa de desemprego no Brasil recuou pela primeira vez no ano e ficou em 14,3% no trimestre encerrado em outubro, mas ainda afeta 14,1 milhões de pessoas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua) divulgada nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na pesquisa anterior, no trimestre encerrado em setembro, a desocupação estava em 14,6%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve alta de 2,7 pontos percentuais.
O dado do desemprego do trimestre encerrado em outubro veio melhor do que o esperado pelos analistas consultados pela agência Reuters. A medida das projeções era de 14,7% no período.
Desemprego em outubro/2020 — Foto: Economia G1
No trimestre encerrado em outubro, o IBGE apontou um crescimento na população ocupada, para 84,3 milhões de pessoas, o que representa um avanço de 2,8% (mais 2,3 milhões) em relação ao trimestre anterior.
Com esse aumento apurado, o nível de ocupação no país chegou a 48% em outubro, um crescimento de 0,9 ponto porcentual ante os três meses anteriores, mas uma queda de 6,9 pontos percentuais ante o mesmo período de 2019.
"Esse cenário pode estar relacionado a uma recomposição, ao retorno das pessoas que estavam em afastamento", afirmou a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.
"Nesse trimestre percebemos uma redução da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da procura por trabalho", disse Adriana.
O que mostrou a Pnad Contínua de outubro:
- A população desocupada ficou em 14,1 milhões de pessoas;
- A população ocupada chegou a 84,3 milhões de brasileiros, alta de 2,8% na comparação com trimestre anterior;
- O nível de ocupação subiu para 48%;
- A população subutilizada foi de 32,5 milhões de pessoas, um crescimento de 20% ante o mesmo trimestre de 2019;
- A população na força de trabalho chegou a 98,4 milhões de pessoas;
- A população fora da força de trabalho somou 77,2 milhões de pessoas, alta de 19% na comparação com o mesmo trimestre de 2019;
- O contingente de desalentados foi de 5,8 milhões.
“Ao longo do ano, acompanhamos a expansão da população fora da força de trabalho, de pessoas se retirando do mercado de trabalho, e nesse momento percebemos o retorno de parcela desses trabalhadores”, afirmou Adriana.
Emprego forma e informal
Os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada somaram 9,5 milhões no trimestre encerrado em outubro, alta de 9% (mais 779 mil pessoas) frente ao trimestre anterior, mas ainda 20,1% abaixo (menos 2,4 milhões) do registrado no mesmo trimestre de 2019.
Já os trabalhadores com carteira assinada eram 29,8 milhões, crescimento de 384 mil em relação ao trimestre anterior, mas queda de 10,4% (menos 3,4 milhões de pessoas) na comparação anual.
O número de trabalhadores por conta própria (22,5 milhões) subiu 4,9% (mais ,1,1 milhão) em relação ao trimestre anterior, mas caiu 8,1% (menos 2 milhões de pessoas) frente ao mesmo período do ano passado. e 2019.
"Dessa expansão da população ocupada de 2,3 milhões no total, 89% são de trabalhadores informais. Isso mostra que essa retomada da ocupação está sendo puxada pelo trabalhador informal, principalmente o trabalhador sem carteira do setor privado e o conta própria sem CNPJ", disse Adriana.
Desempenho por setores
Na análise por setores, a ocupação cresceu em quatro dos dez seguimentos analisados pelo IBGE. Houve melhora do emprego na agricultura (alta de 3,8%), indústria (3%), construção (10,7%) e comércio (alta de 4,4%).
Rendimento médio
O rendimento médio real habitual (R$ 2.529) ficou estatisticamente estável frente ao trimestre anterior (R$ 2.568) e subiu 5,8% contra o mesmo trimestre de 2019 (R$ 2.391).
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