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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Cesta básica fica mais cara em todas as capitais ao longo de 2020, aponta Dieese

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Salvador foi a capital com maior alta nos preços dos alimentos básicos. Comprometimento médio do salário mínimo com os alimentos básicos no país foi o maior em 12 anos.  
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Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro  
11/01/2021 11h48 Atualizado há 2 horas
Postado em 11 de janeiro de 2021 às 13h50m


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Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta de preços em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese em 2020 — Foto: Reprodução/TV Diário
Base na refeição dos brasileiros, arroz foi um dos alimentos com maior alta de preços em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese em 2020 — Foto: Reprodução/TV Diário

Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o preço médio da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas ao longo de 2020.

A cesta básica é o conjunto de alimentos necessários para as refeições de uma pessoa adulta. Segundo o Dieese, em 2020, a maior parte dos produtos que fazem parte dela apresentou elevação de preços em todo o país. O maior aumento foi observado em Salvador, enquanto o menor, em Curitiba.

Todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram aumento no preço da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1
Todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram aumento no preço da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1

A alta dos preços, segundo o órgão, foi reflexo, principalmente, da desvalorização cambial e do alto volume das exportações. Além disso, fatores climáticos, em decorrência de longos períodos de estiagem ou de chuvas intensas, também impactaram nos preços dos alimentos.

Entre os principais itens da cesta com maior aumento nos preços em todas as capitais pesquisadas, o Dieese destacou:

  • Carne bovina de primeira - por diversos motivos, como o intenso ritmo de exportação, principalmente para a China, a baixa disponibilidade de boi gordo no pasto, o encarecimento de importantes insumos pecuários importados e de alimentação do gado.
  • Leite UHT e manteiga - na maior parte do ano, foram verificados baixos estoques nacionais de leite no campo e custos elevados de produção, principalmente de insumos como soja e milho; além de problemas climáticos, como chuvas irregulares e secas extremas.
  • Arroz agulhinha foi um dos vilões da inflação de alimentos em 2020, pressionado pela desvalorização do real frente ao dólar, o que aumentou o custo de produção e elevou o volume de grão exportado, além da diminuição da área plantada e do abandono da política de estoques reguladores por parte do governo.
  • Óleo de soja: o Brasil exportou um elevado volume de soja e derivados, devido ao real desvalorizado em relação ao dólar e à forte demanda externa, o que fez aumentar o preço do produto no mercado interno.
  • Batata: produção foi impactada ao longo do ano devido a condições climáticas, que resultou em redução na oferta do produto e, consequentemente, na alta de preços.
  • Açúcar: também foi impactado pelo grande volume de exportações diante da desvalorização do real frente ao dólar.
  • Farinha de trigo e pão francês: como o Brasil não produz a quantidade de trigo suficiente para a demanda interna, o país depende da importação do produto, cujo preço foi elevado diante da desvalorização cambial.
  • Tomate: além da redução de área plantada, houve impacto por fatores climáticos que prejudicaram a produção.
Maior comprometimento do salário mínimo em 12 anos

De acordo com o Dieese, o preço médio mais caro da cesta básica em 2020 foi observado em São Paulo onde, em dezembro, chegou a R$ 631,46. Este valor correspondeu a 53,45% do salário mínimo vigente, que era de R$ 1.045 - foi o maior percentual observado desde 2008, quando foi de 57,68%.

São Paulo registrou o preço médio mais alto da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1
São Paulo registrou o preço médio mais alto da cesta básica em 2020 — Foto: Economia/G1

Entre 2009 e 2019, o comprometimento do salário mínimo com a cesta básica só ficou acima de 50% em 2016, quando foi de 51,87%.

"O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta para o conjunto das capitais, considerando um trabalhador que recebe salário mínimo e trabalha 220 horas por mês, foi, em dezembro, de 115 horas e 08 minutos, maior do que em novembro, quando ficou em 114 horas e 38 minutos", destacou o Dieese.

Considerando o valor da cesta básica de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.304,90, o que corresponde a 5,08 vezes o vigente. O cálculo é feito levando-se em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

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