##= LONDRES - Ou é uma das mais surpreendentes observações da ciência moderna ou  um erro experimental que em breve será esquecido. Na última semana, a comunidade  da física está agitada com rumores da descoberta de uma nova partícula  subatômica - e de uma nova força nuclear que a acompanha, segundo reportagem do  "Independent". 
No início deste mês, um intrigante sinal apareceu em dados coletados de  colisões em alta velocidade de partículas subatômicas no acelerador do Fermilab  próximo a Chicago, nos EUA, que choca prótons e antiprótons 2 milhões de vezes  por segundo. Os cientistas imaginam ter detectado emissões de energia do que  parece ser uma nova partícula subatômica, ou até mesmo todo um novo "zoológico"  de partículas, que existem por uma fração de segundo antes de se converterem em  partículas mais familiares. 
Os pesquisadores acreditam que a anomalia em seus dados indica que a até  agora desconhecida partícula subatômica tem uma massa 150 vezes maior que o  próton, a partícula com carga positiva dos núcleos atômicos. Se for o caso,  poderia ser o fim da ideia de que a matéria tem massa por causa da existência de  outro tipo de partícula subatômica batizada bóson de Higgs, também apelidada de  "partícula de Deus", prevista pela física teórica mas ainda não detectada. 
- Se os sinais são o que pensamos, podemos estar à beira de entender porque a  matéria tem massa, enquanto a luz não - disse o professor Kenneth Lane, físico  teórico da Universidade de Boston. - Podemos estar vendo o sinal de um novo tipo  de interação nuclear que chamamos de "technicolour" . Este cenário basicamente  substitui o bóson de Higgs. 
O Modelo Padrão da física, que explica como as partículas interagem com as  três forças básicas da natureza - gravidade, eletromagnetismo e as forças  nucleares forte e fraca - prevê que, se o bóson de Higgs existe, ele pode  explicar porque as coisas têm peso. 
O professor Brian Cox, da Universidade de Manchester, acredita que se os  resultados resistirem a uma análise mais detalhada, e confirmação por um segundo  experimento, "então será a morte do Modelo Padrão". Por outro lado, embora os  físicos do acelerador Tevatron estejam 99,7% certos de que seus dados estão  corretos, isso ainda não é o bastante para que a descoberta seja confirmada.  Para isso, eles precisam de uma certeza maior que uma em 1 milhão.



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