Peugeot-Citroën anuncia corte de 8 mil postos de trabalho na França

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Plano de reestruturação da empresa é consequência do agravamento da crise na Europa

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Reuters

Publicado:12/07/12 - 6h03

Atualizado:12/07/12 - 8h15

Operário trabalham na linha de montagem da fábrica PSA Peugeot-Citroen em Poissy, perto de ParisBenoit Tessier / Reuters

PARIS - A empresa francesa PSA Peugeot-Citroën anunciou nesta quinta-feira que eliminará 8 mil postos de trabalho na França e fechará uma fábrica de montagem em sua luta contra as crescentes perdas de sua divisão principal de produção de carros.


A fábrica de Aulnay, perto de Paris, que emprega mais de 3 mil trabalhadores, fechará suas portas em 2014 como parte de uma campanha para reorganizar a capacidade de produção da Peugeot, informou a companhia nesta quinta-feira. Uma segunda fábrica em Rennes, a oeste da França, cortará 1.400 de seus 5.600 postos de trabalho, ao reduzir seu volume em resposta à contração da demanda por carros maiores como o Peugeot 508 e o Citroën C5. Cerca de 3.600 postos de trabalho que não envolvem montagem de veículos também serão eliminados em toda a empresa.


"Sou plenamente consciente da gravidade dos anúncios desta quinta-feira. A profundidade e a persistência da crise que afeta o nosso negócio na Europa tornou indispensável este projeto de reestruturação", disse o presidente executivo da empresa, Philippe Varin, em um comunicado.


A Peugeot irá relatar um perda operacional de 700 milhões de euros (857,5 milhões de dólares) em sua divisão central de fabricação de carros durante a apresentação dos resultados semestrais, em 25 de julho. O fluxo de caixa deverá manter-se negativo até o fim de 2014, adiantou a companhia automobilística.


A Peugeot tem que pisar com cuidado para convencer o novo presidente socialista da França, François Hollande, de que as demissões são uma resposta necessária à crise. Em resposta ao anúncio da fabricante de carros, a ministra de Assuntos Sociais, Marisol Touraine, disse que os cortes de empregos são inaceitáveis para uma empresa que tem se beneficiado de bilhões de euros em apoio estatal ao setor automotivo nos últimos anos.


- Não podemos aceitar algo como isto. Um especialista do governo nomeado no mês passado para examinar as finanças do Peugeot apresentará um relatório dentro de duas semanas - disse a ministra à rádio Europe 1.

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