Os pilotos do avião da Air France viram velocidades diferentes por quase 1 min.
Relatório descreve, sem analisar, o que já se sabe sobre as caixas-pretas.
Relatório descreve, sem analisar, o que já se sabe sobre as caixas-pretas.
A análise das caixas-pretas recuperadas, segundo o BEA (Escritório de Investigações e Análise), mostra que os pilotos viram duas velocidades diferentes no painel de controle durante "menos de um minuto" e que uma delas mostrava uma redução brutal da velocidade.
A queda do avião no Oceano Atlântico durou cerca de três minutos e meio, de acordo com os dados retirados das caixas-pretas, recém-recuperadas do mar.
O acidente em 31 de maio de 2009 começou com um pequeno alerta duas horas e meia após o início da viagem e pouco depois de o capitão deixar brevemente a cabine para descansar.
O relatório transcreve diálogos da tripulação na cabine e conclui que "a composição da tripulação estava em conformidade" com as regras.
Antes da queda, os pilotos tiveram dificuldades por mais de quatro minutos, segundo o relatório. Um dos pilotos advertiu a tripulação que o avião entrariam em uma zona de fortes turbulências.
O Airbus A330 subiu para cerca de 11.600 metros de altitude, e começou uma rápida descida de três minutos e meio, girando de esquerda para direita, até tocar o mar.
O mais jovem dos três pilotos entregou o controle ao segundo piloto mais experiente um minuto antes do acidente e um minuto e meio após a retirada do piloto automático, sempre segundo o BEA.
'Informações fragmentadas'
O BEA não entra em detalhes sobre o que teria provocado a inconsistência nem sobre como ela teria influenciado no acidente do voo entre Rio e Paris.
A divulgação deste relatório parcial, segundo o escritório francês, ocorreu por causa do que o órgão chamou de "rotina de liberação de informações fragmentadas e muitas vezes aproximadas", pela imprensa, dos resultados da investigação das caixas-pretas, iniciadas em 14 de maio.
A nota, segundo o BEA, descreve "de maneira factual" os acontecimentos que levaram ao acidente, mas não apresenta análises.
Isso só acontecerá, segundo o BEA, no relatório de etapa, que será publicado em final de junho, conforme anunciou Thierry Mariani, secretário de Transportes da França.
Até agora, o único fato estabelecido sobre o que poderia ter causado o acidente é uma falha no funcionamento das sondas Pitot, que servem para medir a velocidade da aeronave. Mas isso não basta para determinar o que causou o acidente.
Foto tirada em 7 de maio mostraequipe colocando no navio francês La Capricieuse uma caixa com o Flight Data Recorder (FDR), uma das caixas-pretas do Airbus A330 do voo 447 (Foto: AP/BEA)
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