Naufrágio no Lago Paranoá no último domingo deixou nove mortos.
*-+*+-* A equipe dos bombeiros que tenta retirar o barco Imagination, que naufragou no último domingo no Lago Paranoá, em Brasília, conseguiu trazer o barco à tona na tarde desta sexta-feira (27). Por volta das 15h50, a proa do barco emergiu do lago.
O barco foi levado à superfície por meio de balões infláveis que foram amarrados em seu casco. A retirada completa da embarcação deve ainda demorar, segundo os bombeiros.
Cinco balões foram usados na operação para levar o barco à tona. Os bombeiros pretendem amarrar a proa do barco a um rebocador para levá-lo para a margem.
O acidente deixou nove mortes. O corpo da última vítima foi resgatado na noite desta quarta-feira. Mais de cem pessoas estavam no barco quando ele naufragou. Nota divulgada pela Marinha na segunda-feira passada informava que o barco tinha capacidade para 90 passageiros e 2 tripulantes.
O naufrágio aconteceu por volta das 21h do domingo. No momento do acidente era realizada no barco uma festa organizada por uma empresária, dona de um buffet. A irmã dela morreu no naufrágio.
Segundo o delegado Rogério Leite, da Polícia Fluvial de Brasília, mergulhadores encontraram uma rachadura em uma estrutura na parte de baixo do barco que auxilia na flutuação.
Na segunda, em depoimento à polícia, o piloto do barco, Airton Carvalho da Silva Maciel, disse que a embarcação estava inclinada para a esquerda quando deixou o cais. Ele afirmou que pediu aos passageiros para irem para o outro lado, “para compensar” a inclinação.
Vídeo
Um vídeo gravado por peritos da Polícia Civil e obtido pela TV Globo nesta quinta-feira (26) mostra o barco no fundo do lago (assista ao lado). Nas imagens é possível ver o nome do barco, uma placa de identificação que detalha a capacidade de passageiros, uma agenda, coletes salva-vidas e até uma garrafa de bebida.
No vídeo, os mergulhadores nadam em volta do barco. A água é turva e há pouca iluminação. O barco está a uma profundidade de 18 metros.
Depoimentos
A polícia já ouviu mais de 30 pessoas que sobreviveram ao naufrágio. A partir dos depoimentos, a polícia já tem informação de que havia 110 pessoas a bordo, 18 a mais que a capacidade da embarcação.
O número atualizado de passageiros coincide com o número de coletes informados pelo comandante da embarcação. Mas, pelas normas de segurança, deve haver sempre mais equipamentos do que pessoas a bordo. A perícia espera localizar todos os coletes, inclusive os que estavam em pontos mais distantes do local do naufrágio, para saber exatamente quantos haviam à disposição dos passageiros no dia do acidente.
Pelo menos três pessoas reclamaram em seus depoimentos da quantidade de janelas e peças de vidro, que teriam atrapalhado na hora da fuga. “Quando eu fiquei presa nos vidros, a única coisa que eu pedi foi a Deus para me ajudar a sair dali. Não sei se eu quebrei aquele vidro ou se eu consegui abrir. Machuquei minha perna, fiquei inchada por causa da força que eu fiz, fiquei roxa”, contou a ajudante de cozinha Eliane Cardoso de Souza.
A ajudante de cozinha Juliane Ribeiro costumava trabalhar no Imagination. No último domingo, porém, estava como convidada. Ela afirmou que o barco já havia apresentado problemas. Além dos apagões de luz, era comum o comandante descer até a área do motor para tirar a água que entrava.
“Tinha muita água subindo, não chegava a ponto de encher tudo, mas estava começando. Ele ia lá, pegava uma espécie de mangueira para sugar água e jogar no lago de novo. Eu estava com medo”, afirmou.
Proa do barco Imagination ao emergir do Lago Paraoná, em Brasília, nesta sexta-feira (27) (Foto: Ed Alves/News Free/AE)
Cinco balões foram usados na operação para levar o barco à tona. Os bombeiros pretendem amarrar a proa do barco a um rebocador para levá-lo para a margem.
O acidente deixou nove mortes. O corpo da última vítima foi resgatado na noite desta quarta-feira. Mais de cem pessoas estavam no barco quando ele naufragou. Nota divulgada pela Marinha na segunda-feira passada informava que o barco tinha capacidade para 90 passageiros e 2 tripulantes.
O naufrágio aconteceu por volta das 21h do domingo. No momento do acidente era realizada no barco uma festa organizada por uma empresária, dona de um buffet. A irmã dela morreu no naufrágio.
Segundo o delegado Rogério Leite, da Polícia Fluvial de Brasília, mergulhadores encontraram uma rachadura em uma estrutura na parte de baixo do barco que auxilia na flutuação.
Na segunda, em depoimento à polícia, o piloto do barco, Airton Carvalho da Silva Maciel, disse que a embarcação estava inclinada para a esquerda quando deixou o cais. Ele afirmou que pediu aos passageiros para irem para o outro lado, “para compensar” a inclinação.
Um vídeo gravado por peritos da Polícia Civil e obtido pela TV Globo nesta quinta-feira (26) mostra o barco no fundo do lago (assista ao lado). Nas imagens é possível ver o nome do barco, uma placa de identificação que detalha a capacidade de passageiros, uma agenda, coletes salva-vidas e até uma garrafa de bebida.
No vídeo, os mergulhadores nadam em volta do barco. A água é turva e há pouca iluminação. O barco está a uma profundidade de 18 metros.
Depoimentos
A polícia já ouviu mais de 30 pessoas que sobreviveram ao naufrágio. A partir dos depoimentos, a polícia já tem informação de que havia 110 pessoas a bordo, 18 a mais que a capacidade da embarcação.
O número atualizado de passageiros coincide com o número de coletes informados pelo comandante da embarcação. Mas, pelas normas de segurança, deve haver sempre mais equipamentos do que pessoas a bordo. A perícia espera localizar todos os coletes, inclusive os que estavam em pontos mais distantes do local do naufrágio, para saber exatamente quantos haviam à disposição dos passageiros no dia do acidente.
Pelo menos três pessoas reclamaram em seus depoimentos da quantidade de janelas e peças de vidro, que teriam atrapalhado na hora da fuga. “Quando eu fiquei presa nos vidros, a única coisa que eu pedi foi a Deus para me ajudar a sair dali. Não sei se eu quebrei aquele vidro ou se eu consegui abrir. Machuquei minha perna, fiquei inchada por causa da força que eu fiz, fiquei roxa”, contou a ajudante de cozinha Eliane Cardoso de Souza.
A ajudante de cozinha Juliane Ribeiro costumava trabalhar no Imagination. No último domingo, porém, estava como convidada. Ela afirmou que o barco já havia apresentado problemas. Além dos apagões de luz, era comum o comandante descer até a área do motor para tirar a água que entrava.
“Tinha muita água subindo, não chegava a ponto de encher tudo, mas estava começando. Ele ia lá, pegava uma espécie de mangueira para sugar água e jogar no lago de novo. Eu estava com medo”, afirmou.
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