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Usando simulações de computador, um grupo de astrônomos e engenheiros detectou uma série de corredores gravitacionais que aceleram o caminho de objetos que cruzam o sistema solar. = =---____------- === ---- -----________::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::________ --------- ==== -----------____---= =
Por BBC
08/02/2021 11h20 Atualizado há 1 horas
Postado em 08 de fevereiro de 2021 às 12h25m
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No futuro, as rodovias espaciais podem permitir viagens espaciais super-rápidas — Foto: Getty Images via BBC
Se você já teve o prazer de dirigir rápido em uma estrada vazia, imagine fazer o mesmo percorrendo uma via expressa no espaço.
Em um estudo recente, um grupo de astrônomos afirma ter descoberto uma rede de "rodovias celestiais" que permitiria que espaçonaves fossem enviadas a partes remotas do sistema solar a uma velocidade sem precedentes.
Os cálculos dos pesquisadores mostram que um asteroide pode viajar de Júpiter a Netuno em menos de uma década por meio dessas supervias.
Um objeto que viaja por um século por uma rodovia celestial poderia completar uma distância de 15 bilhões de quilômetros, o que equivale a 100 vezes a distância entre a Terra e o Sol.
Mas como funcionam essas estradas cósmicas e o que elas nos ensinam sobre o universo?
Interação entre a gravidade dos planetas forma arcos que se estendem ao
longo dos coletores espaciais — Foto: NATAŠA TODOROVIĆ, DI WU, AARON J.
ROSENGREN
Um corredor invisível
"Para simplificar, essas rodovias são produzidas pelos planetas", diz Aaron Rosengren, um dos autores do estudo e professor de engenharia mecânica e aeroespacial na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos.
Essas rotas expressas são formadas devido à atração gravitacional entre os planetas, criando assim um corredor invisível que se estende do cinturão de asteroides localizado entre as órbitas de Júpiter e Marte, para além de Urano.
Especialistas já sabiam que vias expressas existem no espaço, mas só
agora descobriram que podem ser conectadas entre si, como um complexo
sistema de estradas — Foto: Getty Images via BBC
Usando simulações de computador e analisando milhões de órbitas no sistema solar, os especialistas notaram que arcos são formados ao redor de cada planeta, que por sua vez formam o que eles chamam de "coletores espaciais".
Os arcos e coletores são produzidos pela interação da gravidade entre dois objetos que estão em órbita.
Dessa forma, um "corredor gravitacional" é gerado, como descreve Shane Ross, um engenheiro aeroespacial da Virginia Tech University, em um artigo no portal Live Science.
Este vídeo mostra uma simulação de como os arcos são formados ao longo de um coletor espacial durante um período de 120 anos.
Embora sejam invisíveis, as simulações de computador mostraram como a trajetória de partículas que se aproximaram de planetas como Júpiter, Urano ou Netuno foi afetada ao entrar nos coletores.
Além disso, eles observaram que "cada planeta gera esses arcos e todas essas estruturas podem interagir umas com as outras para produzir rotas de transporte complexas", explica Rosengren.
Os cientistas já sabiam que cada planeta pode formar seu próprio "circuito de estradas celestiais", mas só agora descobriram que essas rotas podem se cruzar com as de outros planetas e, assim, formar uma rede mais complexa.
A grande rodovia de Júpiter
O maior número de rodovias detectadas pelos pesquisadores foi encontrado na área para onde influem as forças gravitacionais de Júpiter, o maior planeta do sistema solar.
Maior número de rodovias celestes foi encontrado em Júpiter — Foto: NASA/JPL/UNIVERSIDADE DO ARIZONA
Coletores de Júpiter poderia ser a explicação para o comportamento de cometas e asteroides que tendem a pairar em torno do planeta antes de filmar fora de órbita.
"É incrível como os coletores que emanam de Júpiter podem penetrar no sistema solar", escreve Rosengren no Live Science.
O passo seguinte
Entender como essa rede de rodovias funciona, incluindo aquelas próximas à Terra, pode ser a chave para usá-las como rotas rápidas para viagens espaciais que podem ir mais longe em menos tempo.
Além disso, explicam os autores do estudo, pode ser útil monitorar a trajetória de objetos que podem colidir com nosso planeta, bem como monitorar o número crescente de satélites artificiais que flutuam entre a Terra e a Lua.
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