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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados nesta sexta (20). Houve, porém, desaceleração frente aos dois primeiros meses de 2018.
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A economia brasileira gerou 56.151 empregos com carteira assinada em março deste ano, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.
Foi o melhor resultado para março desde 2013, quando foram abertas 112.450 vagas formais. Ou seja, foi o melhor resultado para o mês em cinco anos. Também foi o primeiro resultado positivo para março desde 2015.
Entretanto, os números também mostram que houve desaceleração no número de vagas abertas em relação aos meses de janeiro (+77.822 empregos) e fevereiro (+61.188 vagas) deste ano.
Quando o país cria vagas de trabalho em um determinado período, significa que as contratações superaram as demissões. No caso do mês passado, foram registradas 1.340.153 contratações e 1.284.002 desligamentos.
Emprego no Brasil
Para meses de março, em milhares de vagas
2017
-63,6
-63,6
Fonte: Ministério do Trabalho
"Nosso Brasil segue a rota da retomada do crescimento, com mercado aquecido e a certeza de que estamos no rumo certo. O trabalho continua e hoje é mais um grande dia, pois esses resultados cofirmam nossa expectativa", afirmou o ministro do Trabalho, Helton Yomura, por meio de nota.
No ano de 2017 fechado, a economia brasileira fechou 20.832 postos de trabalho formais. Foi o terceiro ano seguido em que houve mais demissões do que contratações no país. Entre 2015 e 2017, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos.
Primeiro trimestre e saldo de empregos
Os números oficiais do governo mostram também que, nos três primeiros meses deste ano, foram criados 204.064 empregos com carteira assinada.
O Ministério do Trabalho não divulgou a série histórica das vagas abertas no mesmo período de anos anteriores.
Já nos últimos doze meses, segundo o Ministério do Trabalho, foi registrada a criação de 223.367 postos de trabalho formais.
Com o resultado de março, o estoque de empregos estava, no final daquele mês, em 38,072 milhões de vagas, contra 37,849 milhões em março do ano passado.
Setores
Os números do governo revelam que, em março, houve abertura de vagas em seis dos oito setores da economia. O maior número de empregos criados foi no setor de serviços. Já a agricultura foi o que mais demitiu.
Contratações:
- Serviços: +57.384
- Indústria de Transformação: +10.450
- Construção civil: +7.728
- Administração pública: +3.660
- Extrativa mineral: +360
- Serviços industriais de utilidade pública: +274
Demissões
- Agricultura: -17.827
- Comércio: -5.878
Dados regionais
Segundo o Ministério do Trabalho, houve criação de vagas em três das cinco regiões do país em março deste ano.
A região Sudeste liderou, com a criação de 46.635 vagas formais, seguida pelas regiões Sul (+21.091 postos) e Centro Oeste (+2.264 postos).
A região Norte, por sua vez, fechou 231 vagas com carteira assinada em março, ao mesmo tempo em que foram registradas 13.608 demissões na região Nordeste.
Trabalho intermitente
Segundo o Ministério do Trabalho, foram realizadas 4.002 admissões, e 803 desligamentos , na modalidade de trabalho intermitente em março deste ano. Com isso, houve um saldo positivo de 3.199 empregos no período.
O trabalho intermitente ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado. A previsão do governo é que essa modalidade gere 2 milhões de empregos em 3 anos.
Foram registradas ainda, no mês passado, 6.851 admissões em regime de trabalho parcial e 3.658 desligamentos, gerando saldo positivo de 3.193 empregos.
Salário médio de admissão
O Ministério do Trabalho também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.496,58 em março. Em termos reais (após a correção pela inflação), houve alta de 1,07%, ou R$ 15,78, no salário de admissão na comparação com fevereiro deste ano.
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