MEDICINA & SAÚDE
DE SÃO PAULO
O órgão emitiu uma nota de esclarecimento nesta sexta-feira sobre o procedimento, conhecido como gastrectomia vertical com interposição de íleo (região do intestino delgado).
Segundo o CFM, há necessidade de mais estudos e pesquisas que comprovem a eficácia da cirurgia e a segurança aos pacientes.
Com a decisão, permanece igual a resolução CFM 1942/2010, que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe.
A técnica foi desenvolvida pelo cirurgião goiano Áureo Ludovico de Paula para originalmente tratar o diabetes tipo 2.
Em 2009, a advogada Daliana Kristel Gonçalves Camargo deu início a um processo contra o médico goiano. Ela alegou que teve problemas de saúde após ser operada.
No ano seguinte, a Justiça Federal de Goiás proibiu, em caráter liminar, a realização do procedimento até que fosse aceito pelo CFM e pelo Conep (Comitê Nacional de Ética em Pesquisa).
EMAGRECIMENTO
A diferença para a cirurgia convencional está na recolocação do íleo (fim do intestino delgado) entre o duodeno e o jejuno. Ao entrar em contato com o alimento, o íleo começa a produzir GLP1 (hormônio que estimula a produção de insulina). Nos diabéticos tipo 2, a insulina está reduzida no organismo e o íleo produz pouco GLP1 porque a maior parte do alimento já foi absorvida.
Com o reposicionamento de parte do intestino, o alimento entra em contato mais rápido com o íleo, o que pode aumentar a produção do GLP1.
Editoria de Arte/Folha Imagem | ||
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