ECONOMIA & NEGÓCIOS
Agência de classificação de risco diz que participação do setor privado no novo pacote de ajuda grego será considerado um evento de 'default restritivo'
Andrei Netto, de O Estado de S. Paulo
#-$*$-# BERLIM - A agência de classificação de riscos Fitch Ratings anunciou no final da manhã desta sexta-feira, 22, na Europa, que vai passar a classificar os títulos da dívida soberana da Grécia como em "default restrito". Isso significa que, na interpretação da agência, o governo grego e a União Europeia promoveram um calote parcial das dívidas soberanas do país ao anunciar o programa de socorro de € 158 bilhões.
A classificação não era admitida em público, mas já era esperada pelas lideranças políticas. Nas últimas semanas, todas as três maiores agências de classificação de riscos do mundo - Standard & Poor's, Moddy's e Fitch - haviam advertido governos e investidores privados de que qualquer descumprimento dos prazos de pagamento e dos valores dos bônus seria considerado um default de fato (calote). Pelo acordo selado pela UE na noite de ontem, os credores privados da Grécia aceitaram um corte no valor da dívida de € 37 bilhões até 2014. O valor pode chegar, segundo cálculos do Instituto Internacional de Finanças (IIF), órgão que representa o sistema financeiro privado, a um total de € 135 bilhões até 2020.
Em comunicado, a agência informa: "Fitch classificará a nota soberana da Grécia em 'Default restrito' e atribuirá a nota 'Default' às obrigações do governo grego afetadas na data de seu vencimento". A justificativa para a interpretação é de que, pelos critérios da empresa - uma política denominada Critérios coercitivos de Troca de Dívidas -, um calote se traduz por "uma troca que oferece novos títulos com termos piores que as disposições contratuais iniciais da dívida existente".
Apesar da classificação, a Fitch elogiou o programa de socorro à Grécia. "Fitch considera que os engajamentos assumidos ontem pelos chefes de Estado da zona euro representam uma etapa importante e positiva em direção à estabilização financeira na zona euro", diz a nota. "Uma resposta política mais coerente e unificada à crise grega e à instabilidade financeira na zona euro reduz em curto termo a pressão sobre os perfis de crédito soberano em toda a região."
Mesmo com a avaliação da Fitch, as bolsas de valores sobem neste momento na Europa, um sintoma de que o programa de socorro foi bem acolhido pelos investidores. Às 13h30min, a bolsa de Paris subia 0,91%, a de Londres, 0,94%, Frankfurt, 0,61% e Milão, 0,75%. Na Grécia, a sessão é de euforia: alta de 4,8%.
A classificação não era admitida em público, mas já era esperada pelas lideranças políticas. Nas últimas semanas, todas as três maiores agências de classificação de riscos do mundo - Standard & Poor's, Moddy's e Fitch - haviam advertido governos e investidores privados de que qualquer descumprimento dos prazos de pagamento e dos valores dos bônus seria considerado um default de fato (calote). Pelo acordo selado pela UE na noite de ontem, os credores privados da Grécia aceitaram um corte no valor da dívida de € 37 bilhões até 2014. O valor pode chegar, segundo cálculos do Instituto Internacional de Finanças (IIF), órgão que representa o sistema financeiro privado, a um total de € 135 bilhões até 2020.
Em comunicado, a agência informa: "Fitch classificará a nota soberana da Grécia em 'Default restrito' e atribuirá a nota 'Default' às obrigações do governo grego afetadas na data de seu vencimento". A justificativa para a interpretação é de que, pelos critérios da empresa - uma política denominada Critérios coercitivos de Troca de Dívidas -, um calote se traduz por "uma troca que oferece novos títulos com termos piores que as disposições contratuais iniciais da dívida existente".
Apesar da classificação, a Fitch elogiou o programa de socorro à Grécia. "Fitch considera que os engajamentos assumidos ontem pelos chefes de Estado da zona euro representam uma etapa importante e positiva em direção à estabilização financeira na zona euro", diz a nota. "Uma resposta política mais coerente e unificada à crise grega e à instabilidade financeira na zona euro reduz em curto termo a pressão sobre os perfis de crédito soberano em toda a região."
Mesmo com a avaliação da Fitch, as bolsas de valores sobem neste momento na Europa, um sintoma de que o programa de socorro foi bem acolhido pelos investidores. Às 13h30min, a bolsa de Paris subia 0,91%, a de Londres, 0,94%, Frankfurt, 0,61% e Milão, 0,75%. Na Grécia, a sessão é de euforia: alta de 4,8%.
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