Foram 494.684 motos produzidas no país de janeiro a junho. Previsão é que segmento cresça 11% em 2018.
A produção de motos no Brasil cresceu 16,7% no primeiro semestre de 2018, informou a associação das fabricantes, a Abraciclo, nesta quarta-feira (11).
Foram 494.684 motos produzidas no país de janeiro a junho, enquanto no mesmo período do ano passado o setor havia feito 423.750 unidades.
"A ampliação do crédito e estabilidade de índices econômicos têm sido fundamentais para a evolução dos negócios", disse Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
O bom desempenho fez a indústria de motos brasileira rever as projeções do início do ano.
Antes, a expectativa era que a produção cresceria 5,9% em 2018, mas a agora a entidade prevê alta de 11%, o que significa produzir 980 mil unidades no ano.
"A demanda de motos estava represada desde o segundo semestre de 2017", explica Marcos Fermanian, o que explica a expectativa maior de crescimento por parte da entidade.
Recuperação nas vendas
As vendas de motos novas voltaram a crescer pela primeira vez no 1º semestre depois de 7 anos de quedas consecutivas.
De acordo com a associação das concessionárias, a Fenabrave, o segmento teve alta de 6,9% no acumulado de janeiro a junho, em relação ao mesmo período de 2017.
Venda de motos no 1º semestre
Veja evolução do segmento desde 2004
2015
● Histórico de emplacamentos: 641.800
● Histórico de emplacamentos: 641.800
Fonte: Fanabrave
Greve atrapalhou junho
A produção de motos em junho foi de 50.118 unidades, o que representou um recuo de 0,3% sobre o mesmo mês do ano passado, quando 50.529 motos foram feitas.
"A greve contribuiu para desabastecer as fábricas e afetou diretamente a distribuição de motocicletas", explicou Fermanian. Na comparação com maio, que teve 96.607 motos fabricadas, a queda foi de 48,1%.
Argentina prejudica exportações
As exportações de motos brasileiras estão diminuindo o ritmo. Apesar de o setor apresentar alta de 26,6% no primeiro semestre com o total de 41.030 unidades, a situação da Argentina está preocupando as montadoras.
"O mercado argentino vem sofrendo mais que o brasileiro e os produtos têm aumentado o preço por lá. Atualmente, o país representa 70% de nossas exportações", explica Fermanian.
A expectativa da entidade é que as exportações fechem 2018 com queda de 2,2%, com 80.000 motos enviadas para fora do país.
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