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No quarto trimestre de 2013, a taxa de desocupação havia ficado em 6,2%.
Número de pessoas ocupadas, nesse período, chegou a 91,2 milhões.
No primeiro trimestre de 2014, desemprego
cresceu frente ao 4º trimestre de 2013
(Foto: Juliane Peixinho/G1)
Nos três primeiros meses de 2014, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,1%, acima da registrada no trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).
O mercado de trabalho nas regiões Norte e Nordeste tem presença maior de trabalhadores mais jovens, por conta própria e sem carteira de trabalho assinada"
Cimar Azevedo, do IBGE
“Quando se faz o confronto do primeiro trimestre de 2014 com o primeiro de 2013, você vê um avanço no mercado de trabalho com a criação de 1 milhão e 700 mil vagas, e a redução de 700 mil pessoas procurando trabalho. Você tem a carteira de trabalho com avanço também, superior ao observado em termos de geração de vagas", afirmou Azevedo.
Segundo o IBGE, o número de pessoas ocupadas, nos primeiros três meses deste ano, chegou a 91,2 milhões. Já a população desocupada, que está em busca de trabalho, somou 7 milhões.
O nível da ocupação entre janeiro e março (56,7%) recuou em relação ao último trimestre de 2013 (57,3%) e subiu um pouco frente ao 1º trimestre de 2013 (56,3%).
“É um movimento esperado, acontece sempre. Em dezembro, há contratação expressiva de trabalhadores e menos dias de procura de trabalho. E quando chega no mês de janeiro, você tem um aumento do números de pessoas procurando trabalho. E redução de pessoas ocupadas”, explicou o coordenador do IBGE.
Neste 1º trimestre, aumentou a fatia de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada (77,7%) – o avanço foi de 1,6 ponto percentual frente ao mesmo período de 2013. As regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores percentuais nesse quesito: 64,6% e 62,8%, respectivamente.
A publicação da Pnad Contínua desta terça-feira é a primeira desde que o IBGE voltou atrás na decisão de suspender a divulgação da pesquisa. A suspensão havia sido motivada por questionamentos feitos por parlamentares e tem como objetivo fazer uma revisão na metodologia de coleta e cálculo da renda domiciliar per capita (por pessoa).
O IBGE explica que o cálculo atual prevê margens de erro diferentes para a pesquisa entre os estados, o que prejudica a comparação dos resultados.
Enquanto a PME reúne dados de seis regiões metropolitanas, a Pnad Contínua traz o cenário do emprego em quase 3,5 mil municípios.
"São os primeiros resultados da Pnad Contínua. Esse é a terceira edição, o que permite a comparação com o ano de 2012, com o ano de 2013. E com o quarto trimestre de 2013", disse Azevedo. De acordo com ele, está prevista para janeiro de 2015 a divulgação de todos os resultados da pesquisa.
“É importante ressaltar que esses dados conjunturais são inéditos. Conhecer esses dados em termos de Brasil, do último trimestre para o primeiro, é um avanço grande”, afirmou.
Maior taxa no Nordeste
O Nordeste apresentou a maior taxa de desocupação, de 9,3%, entre as regiões pesquisadas, e o Sul, a menor, 4,3%. Na comparação trimestral (1º trimestre de 2014 contra o 4º de 2013), foi registrado aumento em todas as regiões.
Enquanto no Brasil o percentual de trabalhadores por conta própria é de 23%, nas regiões Norte e Nordeste, atinge 30,2% e 29,6%, respectivamente. "O mercado de trabalho nas regiões Norte e Nordeste tem presença maior de trabalhadores mais jovens, por conta própria e sem carteira de trabalho assinada”, disse Azevedo.
O coordenador do IBGE afirmou que a Pnad mostra a redução da população entre 14 e 17 anos inserida no trabalho infantil. "Desde 2012, essa redução é ainda mais expressiva. Há diferenças regionais em termos de qualidade com emprego. Mas, a despeito dessa diferença, a redução é significativa em todas as cinco grandes regiões”, completou.
Nem ocupadas nem desocupadas
No 1º trimestre de 2014, no Brasil, 38,9% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas pelo IBGE como "fora da força de trabalho", ou seja, aquelas que não estavam nem ocupadas nem em busca de emprego.
Entre as regiões pesquisadas, o Nordeste tem o maior percentual de pessoas nessa situação, 43,1%. Na outra ponta, estão as regiões Sul (36%) e Centro-Oeste (35,1%).
Em todos os locais, esse percentual é maior entre as mulheres, chegando a 66,4%. Na sequência, aparecem os idosos (33,7%), os jovens com menos de 25 anos (29,2%) e os adultos, com idade de 25 a 59 anos (37,2%).
Homens versus mulheres
No 1º trimestre de 2014, o nível da ocupação foi estimado em 68,3% para os homens e 46,2% para as mulheres, segundo a pesquisa.
“Quando você analisa a população desocupada, tem presença maior de mulheres.
Embora sejam maioria na população, no que diz respeito ao mercado de trabalho, elas são minoria”, afirmou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. “A diferença existe em todas as regiões. Em todas, há percentual maior de mulheres [na taxa de desocupação]. E no Nordeste, há a maior taxa de desocupação.”
Greve
A divulgação dos dados da Pnad Contínua aconteceu apesar da greve dos funcionários do IBGE. A categoria, que paralisou as atividades no dia 26 de maio, em cerca de 12 unidades distribuídas em dez estados e no Distrito Federal, fazia, na manhã desta terça, uma manifestação em frente à sede do instituto no Rio de Janeiro.
Funcionários se reúnem em frente ao prédio do Instituto, no Centro do Rio (Foto: Cristiane Cardoso / G1)
Venda de veículos cai 7,21% em maio ante 2013, diz Fenabrave
Emplacamentos somaram 293.383 unidades no mês passado.
No acumulado do ano, queda chega a 5,47%.
Venda de carros ficou estagnada
(Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
(Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
No mês passado, foram emplacadas 293.383 unidades, apenas 122 a mais que no mês de abril (alta de 0,05%).
No acumulado do ano, o setor atingiu 1.339.350 unidades, aprofundando a queda para 5,47%, na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.
O fraco desempenho do mercado automotivo em maio representa a terceira queda seguida no número de unidades vendidas na comparação com o mesmo mês do ano passado. A Fenabrave projeta para o ano uma queda de 3,24% no número de emplacamentos.
A perspectiva, de acordo com analistas, é que o mercado de veículos continue morno nos próximos meses, uma vez que vendas internas devem continuar lentas com Copa, eleições e elevação do comprometimento da renda do consumidor.
Federação projeta para o ano uma queda de 3,24% no número de veículos vendidos
Pelas projeções da Fenabrave, apenas os segmentos de comerciais leves e de caminhões devem terminar o ano com crescimento na comparação com 2013. O avanço deve ser de 0,51% e 2%, respectivamente.Mas a federação manteve a sua previsão para crescimento do PIB de 1,3% em 2014, destacando que a queda da demanda e a desaceleração do consumo afeta praticamente todos os setores da economia, e não somente o automobilístico.
Segundo o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, o cenário de alta volatilidade e de baixa confiança do consumidor, somado à chegada da Copa, que acarretará em diversos feriados e menos horas de funcionamento das concessionárias, impede qualquer reavaliação da projeção para o ano.
“O viés é de baixa”, ressaltou, entretanto. “Temos estoque elevado novamente, acima dos 50 dias”, acrescentou.
Marcas mais vendidas
Na briga entre as marcas, a Fiat manteve a liderança no mês passado, com 20,3% das vendas totais de automóveis e veículos leves.
Na sequência, a Volkswagen, com 18,04%, se manteve na frente da Chevrolet, que pertence à General Motors e fechou o mês passado com fatia de 17,6% do mercado. No acumulado do ano, entretanto, a GM ainda permanece na segunda posição.
A Ford foi a quarta colocada no mês passado, com 8,77% do mercado, seguida por Renault (7,79%) e Hyundai (7,06%).
A lista dos 10 carros mais vendidos (que considera automóveis e comerciais leves) pouco mudou em relação ao de abril. Uma das principais alterações é a queda do Fiat Uno, da quinta posição naquele mês e agora é o décimo colocado, com 7.871 unidades emplacadas.
Continua no topo do ranking Volkswagen Gol, com 15.188 unidades vendidas em maio, seguido pelo Fiat Palio (14.910) e pela picape Fiat Strada (12.615).
Na sequência estão o Chevrolet Onix (11.696), o Ford Fiesta Hatch (10.976, incluindo o New Fiesta), o Renault Sandero (9.910), o Hyundai HB20 (9.755) e o Fiat Siena ( 8.979). Retorna ao top 10 o Volkswagen Fox/Cross Fox (8.013).
Motos
Com relação ao segmento de motocicletas, as vendas somaram 126.713 unidades em maio, o que representa uma alta de 4,07% na comparação com abril e queda de 2,68% ante maio de 2013. No acumulado do ano, o total de vendas está 1,51% abaixo do volume do ano passado.
A Honda, líder com folga do mercado, respondeu por 80,53% das motos vendidas em maio, à frente da Yamaha, que ficou com 12,60%.
A Honda CG150 ficou no topo do ranking das mais vendidas, com 28.936 unidades emplacadas em maio. Na sequência estão a Honda Biz, com 19.929 motos, e a Honda CG 125, com 16.375.
Em quarto lugar aparece a Honda NXR 150, com 15.275 unidades, seguida pela Honda POP 100, com 8.471, Yamaha YBR 125, com 4.202, e Yamaha YS150 Fazer, com 3.468.
As últimas três da lista são Honda XRE 300, com 3.376 motos emplacadas, a Honda CB 300 R, com 3.062, e a Yamaha XTZ 150, com 2.621.
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