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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Veja ranking das piores e melhores rodovias do país, segundo Confederação Nacional dos Transportes

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Levantamento analisou 11.502 km da malha rodoviária brasileira. Segundo confederação, sanar pontos críticos deve ser prioridade.
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Por Ana Clara Alves, Lais Carregosa, TV Globo e g1

Postado em 29 de novembro de 2023 às 12h15m

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Rodovia em Goiás, em imagem de arquivo — Foto: Wildes Barbosa/O Popular
Rodovia em Goiás, em imagem de arquivo — Foto: Wildes Barbosa/O Popular

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou, nesta quarta-feira (29), os rankings das 10 piores e melhores rodovias do Brasil. O estudo analisou 11.502 km da malha rodoviária do país. Os critérios de avaliação são as condições de pavimento, sinalização, visibilidade, acostamento, pontes, entre outros pontos.

A pior rodovia, segundo o relatório, é a AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara, ambas no Amazonas. Já a melhor via está no Rio de Janeiro, a RJ-124, que faz a ligação entre Rio Bonito e São Pedro da Aldeia. Veja os rankings completos:

Ranking das piores rodovias do Brasil

Rodovia UF Município inicial Município final Gestão
AM-010 AM Manaus Itacoatiara Pública
PB-400 PB Cajazeiras Conceição Pública
BR-364 AC Cruzeiro do Sul Acrelândia Pública
PE-096 PE Palmares Barreiros Pública
MA-106 MA Governador Nunes Freire Alcântara Pública
PE-126 PE Palmares Quipapá Pública
AC-010 AC Porto Acre Rio Branco Pública
AP-010 AP Macapá Mazagão Pública
PA-263 PA Goianésia Do Pará Tucuruí Pública
BR-174 AM Presidente Figueiredo Borba Pública

Ranking das melhores rodovias do Brasil

Rodovia UF Município inicial Município final Gestão
RJ-124 RJ Rio Bonito São Pedro da Aldeia Concedida
SP-270 SP Presidente Epitácio Ourinhos Concedida
SP-225 SP Itirapina Santa Cruz do Rio Pardo Concedida
BR-153 TO Aliança do Tocantins Talismã Concedida
SP-463 SP Ouroeste Clementina Pública
SP-320 SP Rubinéia Mirassol Pública
BR-080 GO Vila Propício Padre Bernardo Pública
SP-191 SP Mogi Mirim São Pedro Concedida
BR-364 GO Jataí São Simão Concedida
BR-493 RJ Itaboraí Itaguaí Concedida

Segundo a confederação, sanar os pontos críticos deve ser uma prioridade para a melhoria da qualidade das rodovias.

Condições das rodovias

No Brasil, 67,5% da malha rodoviária pavimentada é considerada regular, ruim ou péssima. Para recuperar as rodovias — com ações emergenciais como reconstrução, restauração e manutenção — são necessários R$ 94,12 bilhões.

A pesquisa identificou também 2.648 pontos críticos na malha rodoviária. São eles:

  • 207 quedas de barreira;
  • 5 pontes caídas;
  • 504 erosões na pista;
  • 1.803 unidades de coleta com buracos grandes;
  • 67 pontes estreitas;
  • 62 outros tipos de pontos críticos que possam atrapalhar a fluidez da via.

Será também necessário reconstruir 628 km de rodovias onde a superfície se encontra destruída; restaurar 39.357 km de rodovias onde se identificam trincas, buracos, ondulações, remendos e afundamentos. Além disso, é preciso fazer a manutenção de 62.278 km de rodovias que foram avaliados como desgastados

Distrito Federal

Segundo a pesquisa CNT de Rodovias de 2023, 54,4% da malha rodoviária pavimentada do Distrito Federal apresenta algum tipo de problema e é considerada regular, ruim ou péssima. Já a malha analisada considerada ótima ou boa corresponde a 45,6%.

Para que as rodovias tenham a reconstrução, restauração e manutenção para melhoria da qualidade, será necessário um investimento por parte do governo de R$ 477, 26 milhões.

A pesquisa também mostra que, em 2022, o prejuízo gerado por acidentes foi de R$ 164,54 milhões.

A falta de acostamento aparece em 33,3% dos trechos avaliados e 40% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.

De acordo com a CNT, os resultados mostram que este é um quadro que demanda um maior empenho por parte dos entes gestores de infraestruturas e expõe a necessidade de continuar mantendo investimentos perenes que viabilizem a reconstrução, restauração e a manutenção das rodovias. Essas ações devem vir do âmbito do poder público.

Diante disso, de um total de R$ 35 milhões autorizados pelo governo federal para a infraestrutura rodoviária no DF, o GDF não gastou nada com obras de infraestrutura rodoviária de transporte até setembro.

As condições do pavimento das rodovias do Distrito Federal geram um aumento de custo operacional do transporte de 25,8%. Esse aumento se reflete na competitividade do Brasil, já que impacta no preço do frete e, consequentemente, dos produtos para o consumidor final.

A falta de qualidade das rodovias faz com que o consumo de combustível fóssil e a emissão de gases também aumentem. No DF, a pesquisa estima que haverá um consumo desnecessário de R$ 3 milhões de litros de diesel. Esse desperdício custará mais de R$ 19 milhões aos transportadores.

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