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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Desemprego cai a 7,9% no trimestre terminado em julho, diz IBGE

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Desocupação ainda afeta 8,5 milhões de trabalhadores. Número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 31 de agosto de 2023 às 10h00m

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Desemprego: em relação ao trimestre imediatamente anterior, o período traz redução de 0,6 ponto percentual na taxa de desocupação. — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Desemprego: em relação ao trimestre imediatamente anterior, o período traz redução de 0,6 ponto percentual na taxa de desocupação. — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no trimestre móvel terminado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre fevereiro e abril, o período traz redução de 0,6 ponto percentual (8,5%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 9,1%.

Para um trimestre encerrado em julho, essa é a menor taxa desde 2014, quando foi de 7%. O IBGE chegou a informar que esta seria a menor taxa desde fevereiro de 2015, mas corrigiu a informação: no trimestre de outubro a dezembro de 2022 a taxa também chegou a 7,9%.

Com os resultados deste trimestre, o número absoluto de desocupados teve baixa de 6,3% contra o trimestre anterior, chegando a 8,5 milhões de pessoas. São 573 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, comparado também ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 13,8%, ou 1,36 milhão de trabalhadores.

Já o total de pessoas ocupadas cresceu 1,3% contra o trimestre anterior, passando para 99,3 milhões de brasileiros. Na comparação anual, houve crescimento de 0,7%, somando 669 mil pessoas ao grupo.

Na comparação trimestral, o número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, segundo o IBGE.

Entre os grupos que puxaram a alta de pessoas ocupadas estão a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

Esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando.
— Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 7,9%
  • População desocupada: 8,5 milhões de pessoas
  • População ocupada: 99,3 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
  • População desalentada: 3,7 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,9 milhões
  • Taxa de informalidade: 39,1%

Informalidade ainda pressiona

O aumento da população ocupada também foi puxado pelo trabalho informal. De um total de 1,3 milhão de pessoas que passaram a trabalhar no trimestre, 793 mil estão em postos informais de trabalho.

Ao todo, o total de informais chegou a 38,9 milhões de pessoas. É uma leve subida em relação aos 38 milhões do trimestre anterior, mas ainda menor do que o recorde da série histórica, de 39,2 milhões de maio a julho de 2022.

A participação do trabalhador informal aumentou, mas a taxa de informalidade não tem crescimento considerável comparativo porque a população ocupada cresceu como um todo, com o setor público contribuindo para a adição de trabalhadores formais.
— Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Neste trimestre também houve queda da população fora da força de trabalho — aquelas que não estão ocupadas junto com as que não estão procurando trabalho. São 66,9 milhões de pessoas, com queda de 0,5 no trimestre e de 3,4% na comparação anual.

Por fim, a taxa de subutilização — que faz a relação entre desocupados, quem poderia trabalhar mais e quem não quer trabalhar com toda a força de trabalho — voltou a registrar queda. São 20,3 milhões de pessoas subutilizadas no país, o que gera uma taxa de 17,8% de subutilização.

Esse número é equivalente a 2015 (17,7%), com queda nas duas comparações: 0,7 p.p. no trimestre e 3,1 p.p. no ano.

Rendimento segue estável

O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior em R$ 2.935. No ano, o crescimento foi de 5,1%.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 286,9 bilhões, recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 2% frente ao trimestre anterior, e cresceu 6,2% na comparação anual.

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