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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

IPCA-15: indicador fica em 0,52% em dezembro

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Assim, o índice fechou o ano de 2022 com variação acumulada de 5,90%, a menor em 20 meses.
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Por Marta Cavallini, g1

Postado em 23 de dezembro de 2022 às 14h00m

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Alimentos — Foto: Tiago Ghizoni/ NSC
Alimentos — Foto: Tiago Ghizoni/ NSC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – ficou em 0,52% em dezembro, informou nesta sexta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o índice fechou o ano de 2022 com variação acumulada de 5,90%, menor taxa em 20 meses - a menor taxa até então havia sido em março de 2021 (5,52%).

Em 2021, a prévia da inflação havia sido de 10,42%, a maior para um ano desde 2015.

Veja a variação em todos os comparativos:

  • Dezembro de 2022: 0,52%
  • Novembro de 2022: 0,53%
  • Dezembro de 2021: 0,78%
  • Acumulado do ano/12 meses de 2022: 5,90%
  • Acumulado do ano/12 meses de 2021: 10,42%

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Transportes e Alimentação e bebidas foram responsáveis pelo maior impacto no mês. Vestuário, por sua vez, apresentou a maior variação, fechando o ano com a maior alta acumulada (18,39%) entre os grupos. Veja abaixo a variação dos grupos em dezembro:

  • Alimentação e bebidas: 0,69%
  • Habitação: 0,40%
  • Artigos de residência: -0,46%
  • Vestuário: 1,16%
  • Transportes: 0,85%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,40%
  • Despesas pessoais: 0,39%
  • Educação: 0,00%
  • Comunicação: 0,18%

Alimentos tiveram o maior impacto no IPCA-15 no ano

No topo da lista dos maiores impactos de 2022 está o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 11,96% em 12 meses. Já a variação mensal de 0,69% superou a de novembro, de 0,54%.

Na passagem de novembro para dezembro, os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,78%, influenciados pelas altas da cebola (26,18%) e do tomate (19,73%). Nos últimos três meses, as variações acumuladas desses dois produtos foram de 52,74% e 49,84%, respectivamente.

Além disso, os preços do arroz (2,71%) e das carnes (0,92%) também subiram em dezembro, contribuindo para a alta do grupo.

Pelo lado das quedas, destaca-se a redução nos preços do leite longa vida (-6,10%) pelo quarto mês consecutivo. Apesar da queda, o produto encerrou o ano de 2022 com aumento de 25,42%.

Já a alimentação fora do domicílio apresentou um resultado próximo ao de novembro (0,40%). O lanche teve alta de 0,88%, enquanto a refeição subiu 0,28%.

Transportes acelera com passagens e gasolina

O grupo dos Transportes acelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,85%), principalmente devido à alta nos preços das passagens aéreas (0,47%), que haviam recuado quase 10% no mês anterior.

Os preços dos combustíveis (1,79%) seguiram em alta, embora o resultado tenha ficado abaixo do observado em novembro (2,04%).

A gasolina (1,52%), em particular, contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, enquanto o etanol (5,44%) teve a maior variação entre os combustíveis pesquisados.

Óleo diesel (-1,05%) e gás veicular (-1,33%) tiveram queda de preços em dezembro.

Já no acumulado do ano de 2022, a variação foi negativa em 1,01%, principalmente em decorrência das quedas nos preços dos combustíveis.

Saúde e cuidados pessoais teve segundo maior impacto no ano

Ocupando o segundo lugar no ranking dos maiores impactos no ano (11,24%), o grupo Saúde e cuidados pessoais desacelerou na taxa mensal de 0,91% para 0,40%, puxada pelos itens de higiene pessoal, que passaram de alta de 1,76% em novembro para 0,04% em dezembro, próximo da estabilidade.

Houve queda nos preços dos produtos para unha (-5,05%), dos perfumes (-1,54%) e dos produtos para pele (-1,39%). No lado das altas, o destaque segue sendo o plano de saúde (1,21%), que incorpora a fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Vestuário teve o 3º maior impacto do ano

Responsável pelo terceiro maior impacto no ano (18,39%), o grupo Vestuário teve todos os itens pesquisados em alta na taxa mensal.

As maiores contribuições vieram das roupas femininas (1,54%) e masculinas (1,47%). O grupo teve alta em todos os meses de 2022, sendo a maior delas em abril (1,97%) e a menor em agosto (0,76%).

Energia elétrica puxa Habitação

No grupo Habitação, a principal contribuição veio da energia elétrica residencial (0,87%). As variações das áreas pesquisadas ficaram entre -0,71% no Rio de Janeiro e 18,78% em Brasília, onde as tarifas por kWh foram reajustadas em 21,54% a partir de 3 de novembro. Em Porto Alegre (1,74%), houve reajuste de 3,62% em uma das concessionárias pesquisadas, em vigor desde 22 de novembro.

Destaca-se também a alta da taxa de água e esgoto (0,83%), decorrente dos reajustes de 11,82% no Rio de Janeiro (9%) em vigor desde 8 de novembro, e de 10,15% em Belém (5,62%), desde 28 de novembro. Já o gás encanado (-0,45%) teve queda, em consequência da redução de 2,47% das tarifas no Rio de Janeiro (-1,41%), a partir de 1º de novembro.

Veja a variação no acumulado de 12 meses dos grupos pesquisados:

  • Alimentação e bebidas: 11,96%
  • Habitação: 0,24%
  • Artigos de residência: 8,39%
  • Vestuário: 18,39%
  • Transportes: -1,01%
  • Saúde e Cuidados pessoais: 11,24%
  • Despesas pessoais: 7,54%
  • Educação: 7,37%
  • Comunicação: -1,17%
Todas as regiões tiveram alta em dezembro

Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em dezembro. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,89%), influenciada pelas altas da gasolina (2,74%), da energia elétrica (4,13%) e do tomate (33,75%). O menor resultado ocorreu em Salvador (0,36%), onde pesou a queda de 3,50% nos preços da gasolina.

Veja a variação em todas as regiões pesquisadas:

  • Goiânia: 0,89%
  • Brasília: 0,80%
  • Curitiba: 0,67%
  • Belo Horizonte: 0,58%
  • Porto Alegre: 0,56%
  • Fortaleza: 0,53%
  • Belém: 0,51%
  • Recife: 0,45%
  • São Paulo: 0,45%
  • Rio de Janeiro: 0,40%
  • Salvador: 0,36%

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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