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Relatório projeta crescimento de 5% do PIB do Brasil neste ano e de 1,4% em 2022 – bem abaixo da média global (4,5%) e o menor entre os países do G20.===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Por g1
Postado em 01 de dezembro de 2021 às 08h00m
Post.- N.\ 10.108
A economia mundial deve crescer 5,6% em 2021 e 4,5% em 2022, segundo as novas projeções divulgadas nesta quarta-feira (1) pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), que reduziu em um décimo sua previsão anterior para o ano, mas manteve a estimativa para o ano que vem.
Já a estimativa para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil foi reduzida de 5,2% para 5% para 2021, e de 2,3% para 1,4% para 2022. Ou seja, bem abaixo da média mundial, com risco de forte desaceleração no ano que vem.
"Gargalos de oferta, menor poder de compra, taxas de juros mais altas e incerteza política desaceleraram o ritmo de recuperação", destacou a OCDE no relatório.
Além disso, "a incerteza política prolongada e o aumento do risco fiscal podem minar a credibilidade das regras fiscais, desancorar as expectativas de inflação e reduzir o crescimento do investimento" no Brasil, afirmou a organização.
A taxa de crescimento projetada para o Brasil em 2022 é a menor entre os países do G20.
Estimativas da OCDE para o desempenho do PIB — Foto: economia G1
A economia brasileira também deverá crescer menos em 2022 do que a de vários países da América Latina, como a Argentina (2,5%), Chile (2%), Colômbia (5,5%), Costa Rica (3,9%) e México (3,3%).
As projeções da OCDE para o Brasil, no entanto, seguem mais otimistas do que as do mercado financeiro brasileiro. Segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, a média das estimativas apontam para uma alta de 4,8% do PIB em 2021 e de apenas 0,58% em 2022.
A organização projeta a economia global voltando ao ritmo de avanço pré-pandemia em 2023, com uma taxa de crescimento de 3,2%. Para o Brasil, a estimativa é de avanço de 2,1%. Foi a primeira vez que a OCDE divulgou projeções para 2023
Projeções para EUA, China e zona do euro
Para os Estados Unidos, a OCDE projetou crescimento econômico de 5,6% este ano, 3,7% em 2022 e 2,4% em 2023, contra projeções anteriores de 6,0% em 2021 e 3,9% em 2022.
A perspectiva para a China também foi menos otimista, com previsão de expansão de 8,1% em 2021 e 5,1% tanto em 2022 quanto em 2023. Anteriormente a OCDE calculava 8,5% em 2021 e 5,8% em 2022.
Mas o cenário é um pouco melhor para a zona do euro do que esperado antes, com o crescimento calculado em 5,2% em 2021, 4,3% em 2022 e 2,5% em 2023, de previsões anteriores de 5,3% em 2021 e 4,6% em 2022.
Recuperação desequilibrada e risco inflação
Segundo a OCDE, a recuperação global continua, mas seu ímpeto diminuiu e está se tornando cada vez mais desequilibrado. "A falha em garantir uma vacinação rápida e eficaz em todos os lugares está se revelando cara, com a incerteza permanecendo alta devido ao surgimento contínuo de novas variantes do vírus", destacou.
O principal risco para as perspectivas econômicas globais é de que o atual salto da inflação mostre-se mais longo e seja mais forte do que o atualmente esperado, disse a OCDE.
Desde que esse risco não se materialize, a inflação na OCDE como um todo deve chegar a um pico de cerca de 5% e recuar gradualmente a cerca de 3% até 2023, disse a organização sediada em Paris.
Diante desse cenário, o melhor que os bancos centrais podem fazer por enquanto é aguardar que as tensões de oferta diminuam e sinalizar que vão agir se necessário, disse.
O relatório não possui estimativas sobre o surgimento da variante ômicron, detectada há poucos dias, mas a economista chefe da OCDE, a francesa Laurence Boone, afirmou que "pode representar uma ameaça para a recuperação" da economia mundial.
"Estamos preocupados com fato de que esta nova variante, ômicron, acrescenta incerteza ao clima já existente, o que pode representar uma ameaça para a recuperação", disse Boone.
Mercado financeiro vê mais inflação e alta menor do PIB em 2021 e 2022
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