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Alta da produção por termelétricas tem levado ao encarecimento das contas de luz. Uso de hidrelétricas voltou a cair no mês passado, mas fonte segue atendendo maior parte da demanda.===+===.=.=.= =---____--------- ---------____------------____::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::____-------------______--------- ----------____---.=.=.=.= +====
Por Fábio Amato, g1 — Brasília
Postado em 28 de setembro de 2021 às 11h30m
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Em meio ao agravamento da situação nos reservatórios de hidrelétricas devido à falta de chuvas, o Brasil registrou, em agosto, recorde de geração de energia térmica, solar e eólica (por meio do vento), aponta levantamento feito pelo g1 com base em dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Já a produção de energia por hidrelétricas no país voltou a cair no mês passado e permanece no menor patamar desde 2002.
Apesar da redução, a energia hidráulica continua atendendo à maior parte da demanda no país. Em agosto, respondeu por 50%, seguida pela termelétrica (28,8%), eólica (16,8%), nuclear (3%) e solar (1,3%).
Ao diminuir a participação das hidrelétricas no fornecimento de energia o objetivo do governo é poupar água dos reservatórios e reduzir as chances de que o país enfrente apagões ou um novo racionamento nos próximos meses.
Entretanto, essa redução precisa ser compensada pelo aumento da geração via outras fontes. E é o maior uso das termelétricas, especialmente, que vem sendo responsável pelo encarecimento das contas de luz.
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Geração recorde
De acordo com o levantamento feito pelo g1 com base em números do ONS, a geração termelétrica em agosto foi de 19.009 megawatts-médios (MWmed). Foi o segundo mês seguido de recorde na produção por essas usinas, que funcionam por meio da queima de combustíveis como óleo diesel e gás natural.
As usinas eólicas produziram, em agosto, 11.111 MWmed. Já as solares, 870 MWmed. Em ambos os casos, a geração no mês passado também foi recorde.
A geração hidrelétrica, por outro lado, vem caindo nos últimos meses e chegou, em agosto, a 32.961 MWmed, de acordo com o ONS.
Esse valor é o menor desde 2002, quando o país atravessa uma crise hídrica que levou a um racionamento de energia.
No fim de agosto, o governo e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciaram um novo patamar de bandeira tarifária. Chamada de "bandeira tarifária escassez hídrica", começou a vigorar em 1º de setembro e introduziu nas contas de luz uma cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100 kW/h consumidos.
A previsão é que a nova bandeira permaneça em vigor até 30 de abril de 2022.
Também no fim de agosto, o governo anunciou um programa que dará desconto na conta de luz dos consumidores residenciais e pequenos negócios que reduzirem de forma voluntária o consumo de energia.
Esse programa prevê um bônus para quem diminuir o consumo de energia entre setembro e dezembro em, no mínimo, 10% em relação ao mesmo período de 2020.
O desconto será de R$ 0,50 por cada quilowatt-hora (kWh) do volume de energia economizado, dentro de uma meta de 10% a 20%. Quem economizar menos que 10% não receberá bônus, e quem economizar mais que 20% não receberá prêmio adicional.
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