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Vão ser sete minutos de tensão, ou de terror, como dizem os cientistas da Nasa. Controle remoto não vai funcionar para essa sequência complicada de manobras. O robô vai ter que fazer tudo sozinho. = =---____------- === ---- -----________::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::________ --------- ==== -----------____---= =
Por Jornal Nacional
24/12/2020 21h40 Atualizado há 14 horas
Postado em 25 de dezembro de 2020 às 11h45m
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NASA mostra como será próximo pouso em Marte
Esta semana, a agência espacial americana divulgou detalhes sobre aquela que pode ser a mais complexa viagem de uma nave-robô ao planeta Marte. Os cientistas dizem que o pouso no planeta vermelho serão sete minutos de terror.
“Alô, alô, marciano. Aqui quem fala é da Terra”. A gente só quer avisar que, bom, mandamos mais uma sonda em direção a Marte. Na verdade, foi a agência espacial americana. A sonda está a caminho. Ela partiu em julho e, no dia 18 de fevereiro de 2021, ela vai aparecer nos céus por aí.
Essa semana, a Nasa até divulgou um vídeo mostrando como vai ser essa chegada triunfal. Vão ser sete minutos de tensão, ou de terror, como dizem os cientistas da Nasa. É que os humanos adoram controlar tudo. Mas dessa vez não vai dar.
Marte fica a 209 milhões de quilômetros daqui. Controle remoto não vai funcionar para essa sequência complicada de manobras. O robô vai ter que fazer tudo sozinho. Nada grave. É só que esse robô custou US$ 2,7 bilhões para ser fabricado.
Bom, quando a sonda Perseverance, que é a palavra em inglês para “perseverança”, estiver a 100 quilômetros de Marte, ela vai ter cerca de sete minutos para diminuir a velocidade de milhares de quilômetros por hora para apenas um metro por segundo. Quando a cápsula entrar na atmosfera de Marte, ela vai esquentar muito, até mil graus célsius. Depois, ela vai ativar um paraquedas, e é aí que começam os momentos mais delicados.
Quando estiver a dois quilômetros do solo, a cápsula vai se dividir. E oito minifoguetes vão ligar para que o robô seja posicionado no lugar exato. Aí cordões de nylon vão aproximar o veículo do chão. E quando for a hora certa, eles serão cortados. É que se os foguetes chegarem muito perto do chão eles vão levantar poeira que pode danificar o robô.
Quando tudo tiver dado certo, esse carro-robô vai cavar o solo de uma cratera onde os cientistas acreditam que existiu um lago, para colher amostras de terra, areia, pedras e cascalhos. Uma outra missão em parceria com a agência espacial europeia vai trazer tudo para cá.
A gente quer achar vestígios biológicos. Só para ter certeza que, de fato, não estamos sozinhos no universo. E que bilhões de anos atrás existiu vida.
Daniel Nunes, astrônomo da Nasa, trabalhou no desenvolvimento do projeto Perseverance.
“A gente não sabe como exatamente a vida se originou aqui na Terra, então como Marte preserva essas camadas geológicas de bilhões de anos, o que é muito mais difícil aqui na Terra, devido a todos os processos tectônicos e de clima, Marte realmente é uma grande possibilidade para gente voltar no tempo e aprender como a vida se origina na Terra, assim como em outros planetas”, explica.
A cápsula já viajou mais de 150 milhões de quilômetros em direção a Marte. E, em um dia especial como esta quinta (24) na Terra, olha só o que a gente descobriu: a Perseverence percorre o espaço em uma velocidade de 20 mil quilômetros por hora. Mas o trenó do Papai Noel é ainda mais rápido: em Dyker Heights, no Brooklyn, o bom velhinho já chegou.
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