Ao mesmo tempo, instituições financeiras também revisaram de 1,50% para 1,49% previsão de alta do Produto Interno Bruto nesse ano. Números foram divulgados pelo Banco Central.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília
* Série Filosofias e Pensamentos - N. 024 *
Os economistas do mercado financeiro elevaram de 4,11% para 4,15% sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desse ano.
A estimativa está no mais recente boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
A expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% nesse ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA, a inflação oficial do país, ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua expectativa de inflação estável em 4,10%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
ESTIMATIVAS DO RELATÓRIO FOCUS
PREVISÃO | 2018 | 2019 |
Produto Interno Bruto (PIB) | 1,49% | 2,50% |
Inflação | 4,15% | 4,10% |
Taxa básica de juros (Selic) | 6,50% | 8% |
Dólar | R$ 3,70 | R$ 3,70 |
Balança comercial (saldo) | US$ 57 bilhões | US$ 49,80 bilhões |
Investimento estrangeiro direto | US$ 68 bilhões | US$ 74 bilhões |
Outras estimativas
Produto Interno Bruto (PIB) - Para o resultado do PIB em 2018, os economistas dos bancos baixaram a previsão de crescimento de 1,50% para 1,49%. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2019, 2020 e para 2021, que continuou em 2,5% para todos estes anos.
Taxa de juros - O mercado também manteve estável em 6,50% ao ano sua estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permaneceu em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável também em R$ 3,70 por dólar.
Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 recuou de US$ 58 bilhões para US$ 57 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 49,30 bilhões para US$ 49,80 bilhões.
Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, avançou de US$ 67 bilhões para US$ 68 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas subiu de US$ 72 bilhões para US$ 74 bilhões.
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