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Quedas partiram dos ramos de metalurgia e vestuário.
Frente a abril de 2013, setor teve queda de 5,8%, a maior desde 2009.
Frente ao mesmo período de 2013, a indústria teve retração de 5,8%, a mais intensa desde setembro de 2009 (quando houve queda de 7,3%), influenciada fortemente pela redução de mais de 20% na produção de veículos. Nos quatro primeiros meses do ano, o setor acumula baixa de 1,2%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 0,8%.
"O setor automobilístico, em função da redução de demanda , tem prejuízos em relação ao mercado internacional e dificuldade de exportação.
De alguma forma, vem diminuindo o ritmo da produção industrial e, consequentemente, observa-se impacto nos bens de capital (caminhões) e bens duráveis (carros)", explicou o gerente da pesquisa do IBGE, André Luiz Macedo.
Na análise das categorias de uso, a produção de bens de consumo duráveis (como os carros) caiu 1,6%; o de bens de capital (máquinas), 0,5%; e o de bens intermediários (matérias-primas), 0,2%. O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (roupas, por exemplo) foi o único que apresentou avanço, de 0,4%.
Em abril, em relação a março, a atividade fabril apresentou queda de 0,5%. De março para abril, caiu também a produção dos ramos de produtos de madeira (-3,2%), metalurgia (-2,7%), móveis (-2,3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1,6%), produtos de minerais não metálicos (-1,5%) e produtos de borracha e de material plástico (-0,9%).
Entre os setores que mostraram aumento na produção, estão os de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,9%); sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal (3,1%); e produtos alimentícios (2,6%).
Na comparação com abril do ano passado, a produção de veículos foi a que registrou a maior queda (de 21,3%) e mais importante influência na taxa da índústria como um todo.
Também tiveram contribuições negativas os desempenhos da fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,1%), de produtos de metal (-10,8%), de máquinas e equipamentos (-9,9%), de outros produtos químicos (-9%), de metalurgia (-6,2%) e de produtos alimentícios (-4%).
Quanto aos setores, a retração foi generalizada. Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os bens de capital (-14,4%) e bens de consumo duráveis (-12%) assinalaram, em abril de 2014, os recuos mais acentuados entre as grandes categorias econômicas.
Os segmentos de bens intermediários (-4,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-3,9%) também registraram resultados negativos, mas em intensidade menor que a média nacional (-5,8%).
Mudança na metodologia
De acordo com o IBGE, esse é o segundo resultado da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física nacional após sua reformulação metodológica. A partir da divulgação de março, o levantamento passou a incorporar novos produtos – como tablets e biodiesel – e perder outros.
A reformulação da pesquisa de produção industrial vai levar à atualização dos dados desde janeiro de 2012.
A mudança ocorre para incorporar a Classificação Nacional de Atividades Econômicas 2.0 (CNAE) e atualizar a amostra de setores, produtos e informantes, a estrutura de ponderação dos índices e a infraestrutura tecnológica dos instrumentos de coleta, apuração e análise dos indicadores.
A CNAE padroniza os códigos de atividade econômica dos órgãos da administração tributária do país e é elaborada pela Receita Federal com orientação técnica do IBGE.
De acordo com nota técnica publicada no site do instituto em 22 de abril, os índices de produção industrial calculados na pesquisa mensal buscam apontar as "alterações das quantidades de bens e serviços produzidos ao longo do tempo".
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