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Presidente discursou durante inauguração de obra de transporte em BH.
Ela criticou falta de investimento federal em transporte 'no passado'.
A presidente Dilma Rousseff entre o ministro das Cidades, Gilberto Occhi (esquerda), e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (Foto: Raquel Freitas / G1)
A presidente destacou que obras de mobilidade foram aceleradas para a Copa, mas que elas vão beneficiar as populações locais. E aproveitou para pedir boa recepção aos turistas.
"Eu acredito que o turista que vai sair daqui não vai levar na mala nem o estádio nem as obras feitas pelo prefeito Márcio, nem taopouco nenhuma das obras nos hoteis.
O Brasil foi o único que participou das 20 Copas, nenhum outro país participou. Em todas as vezes que houve jogo da Copa, nós, quando visitamos outros países, fomos bem recebidos. Tenho certeza que o que o turista vai levar de BH no seu coração vai ser essa recepção calorosa, respeitosa, que os mineiros são capazes de dar."
Dilma desejou a todos "boa Copa" e citou que o evento, que começa semana que vem, será uma "grande festa". "Tenho certeza que vamos mostrar um evento de alegria, de força, e de civilidade do Brasil."
Em nota, o PSDB-MG criticou a visita de Dilma a Belo Horizonte. De acordo com a legenda, os recursos federais empregados nas obras de mobilidade são empréstimos, obtidos junto à Caixa Econômica Federal, que deverão ser quitados pela prefeitura. “Ela [Dilma] esteve em Belo Horizonte para, mais uma vez, tentar fazer os mineiros de bobos, ao propagar que é a responsável pelas obras de mobilidade urbana na capital”, afirma a nota.
Críticas a antecessores
Durante o discurso, ela criticou a falta de investimentos federais em obras de mobilidade urbana "no passado".
"No passado, no Brasil, não tivemos investimento do governo federal na área do transporte urbano de massa, na área de mobilidade.
O governo federal tomou a decisão, e eu considero histórica, de passar a investir em parceria obviamente prioritária com prefeituras, que são responsáveis pelo transporte urbano", frisou Dilma.
A presidente disse que, para que o país obtivesse "os recursos necessários para construir o que não foi construído por duas décadas" era necessário o envolvimento do governo federal.
"[A participação federal] mostra clara preferência de que assume a responsabilidade pelo transporte coletivo. Não que não somos a favor de que as pessoas tenham carro - todo mundo quer ter seu carro -, mas queremos garantir que as pessoas, no dia a dia, na ida ao trabalho, escola, lazer, tenham opção de transporte rápido, seguro e eficiente", afirmou a presidente.
Presidente em visita ao Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (Foto: Raquel Freitas / G1)
As obras anunciadas como investimentos para a Copa do Mundo têm sido duramente criticadas por vários grupos desde a Copa das Confederações de 2013, considerado evento-teste. Em Belo Horizonte, as críticas se voltam ao BRT, cujas algumas estações ainda estão inacabadas, e causam transtorno e confusão para passageiros.
O aumento da tarifa de ônibus, que começou a valer em maio deste ano, é alvo das reclamações mais duras, e tem sido motivo de várias manifestações na cidade. Os movimentos envolvidos questionam o cálculo do reajuste uma vez que a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) não apresentou o resultado completo de uma auditoria sobre o ganho das empresas que exploram o serviço na capital.
Ao falar sobre as obras, Lacerda ressaltou que o Mundial acelerou as obras que seriam feitas na cidade. “[A Copa do Mundo é] oportunidade para que projetos pudessem ser antecipados, adiantados”, ressaltou Lacerda.
O prefeito também brincou com o Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, palco de seis jogos da Copa do Mundo.
“O Mineirão é pé quente. Palco da conquista da [Taça] Libertadores pelo Atlético-MG, e da final do Campeonato Brasileiro de 2013, pelo Cruzeiro”, disse. Ele disse esperar que a seleção brasileira tenha a mesma sorte no estádio.
O Centro de Operações da Prefeitura, visitado por Dilma, vai reunir o monitoramento de vários serviços, sendo o trânsito como destaque.
Segundo o prefeito, o centro ainda atende a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, Guarda Municipal, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), fiscalização de posturas urbanas e sanitárias, além de outros serviços.
Mais de mil câmeras espalhadas pela cidade monitoram estes vários serviços, de acordo com o prefeito Márcio Lacerda.
Ambulâncias para capital mineira
Na cerimônia, o ministro da Saúde, Arthur Chioro assinou a doação de 19 ambulâncias, sendo cinco do tipo Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Belo Horizonte. Segundo ele, os veículos vão reforçar o atendimento durante a Copa do Mundo na capital mineira, e, depois, distribuídos para cidades da Região Metropolitana.
Ao todo, são R$ 2,3 milhões investidos no aumento da rede de veículos do Samu na Grande BH. Chioro ainda anunciou recursos para hospitais estaduais e municipais em Belo Horizonte, além do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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