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Brasil -
Resultado oficial do PIB do terceiro trimestre será conhecido em dezembro.
Segundo IBGE, PIB brasileiro não tem queda desde o 3º trimestre de 2011.
O nível de atividade da economia brasileira teve retração no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, indicou nesta quinta-feira (14) o Banco Central.
PIB oficial
O resultado oficial do PIB do terceiro trimestre deste ano, porém, será conhecido somente em 3 de dezembro, quando a divulgação for feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável por calcular o indicador.
De acordo com dados do IBGE, o PIB propriamente dito, e não a "prévia" do Banco Central, não registra uma queda trimestral desde o terceiro trimestre de 2011, ou seja, em dois anos, quando foi apurado um recuo de 0,1%.
Dois trimestres consecutivos de queda do PIB configuram "recessão técnica" - algo que não acontece desde o final de 2008 e início de 2009 na economia brasileira, momento no qual os efeitos da crise financeira internacional eram sentidos com mais intensidade.
Resultados do IBC-Br X PIB
O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm demonstrado proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto, divulgados pelo IBGE.
O resultado do IBC-Br de 2012, por exemplo, mostrou um crescimento de 1,6%.
Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 0,9% no ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o mesmo aconteceu. Enquanto o IBC-Br registrou uma expansão de cerca de 1,1% sobre os três últimos meses de 2012, o PIB veio menor: com um crescimento de 0,6%. No segundo trimestre deste ano, o IBC-Br avançou 0,89%, enquanto o PIB cresceu bem mais: 1,5%.
Em dezembro do ano passado, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, disse que o IBC-Br não seria uma medida de PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca é que seria surpreendente", afirmou ele na ocasião.
Desempenho da economia
O desempenho da economia em 2013 ainda está relacionado, segundo economistas, com o comportamento da economia mundial, reflexo da crise financeira, além da baixa confiança do empresariado, do alto nível de endividamento das famílias e do crescimento menor do emprego formal.
Para estimular a economia, o governo anunciou várias medidas nos últimos doze meses, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios. O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas e deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, entre outras medidas.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma expansão da economia acima de 4% para este ano no fim de 2012, revisou seus números para o PIB deste ano para um crescimento de 2,5% - mesma estimativa da autoridade monetária. Em 2012, a economia brasileira cresceu 0,9%. Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 2,5%.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros do país. Com crescimento menor da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 9,5% ao ano após cinco elevações em 2013.
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013, 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
A expectativa do mercado financeiro é de que os juros continuem subindo neste ano e terminem 2013 em 10% ao ano. Segundo analistas, a política de gastos públicos em alta, com um corte menor de gastos neste ano no orçamento por parte do governo federal, além da alta do dólar frente ao patamar do início de 2012, contribuem para pressionar a inflação.
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O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além dos impostos
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no terceiro trimestre, que busca ser uma espécie de "prévia" do PIB, registrou um recuo de 0,116%, ainda de acordo com a autoridade monetária.PIB oficial
O resultado oficial do PIB do terceiro trimestre deste ano, porém, será conhecido somente em 3 de dezembro, quando a divulgação for feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável por calcular o indicador.
De acordo com dados do IBGE, o PIB propriamente dito, e não a "prévia" do Banco Central, não registra uma queda trimestral desde o terceiro trimestre de 2011, ou seja, em dois anos, quando foi apurado um recuo de 0,1%.
Dois trimestres consecutivos de queda do PIB configuram "recessão técnica" - algo que não acontece desde o final de 2008 e início de 2009 na economia brasileira, momento no qual os efeitos da crise financeira internacional eram sentidos com mais intensidade.
Resultados do IBC-Br X PIB
O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, indústria e setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm demonstrado proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto, divulgados pelo IBGE.
O resultado do IBC-Br de 2012, por exemplo, mostrou um crescimento de 1,6%.
Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 0,9% no ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o mesmo aconteceu. Enquanto o IBC-Br registrou uma expansão de cerca de 1,1% sobre os três últimos meses de 2012, o PIB veio menor: com um crescimento de 0,6%. No segundo trimestre deste ano, o IBC-Br avançou 0,89%, enquanto o PIB cresceu bem mais: 1,5%.
Em dezembro do ano passado, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, disse que o IBC-Br não seria uma medida de PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca é que seria surpreendente", afirmou ele na ocasião.
Desempenho da economia
O desempenho da economia em 2013 ainda está relacionado, segundo economistas, com o comportamento da economia mundial, reflexo da crise financeira, além da baixa confiança do empresariado, do alto nível de endividamento das famílias e do crescimento menor do emprego formal.
Para estimular a economia, o governo anunciou várias medidas nos últimos doze meses, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios. O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas e deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, entre outras medidas.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma expansão da economia acima de 4% para este ano no fim de 2012, revisou seus números para o PIB deste ano para um crescimento de 2,5% - mesma estimativa da autoridade monetária. Em 2012, a economia brasileira cresceu 0,9%. Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 2,5%.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros do país. Com crescimento menor da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 9,5% ao ano após cinco elevações em 2013.
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013, 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
A expectativa do mercado financeiro é de que os juros continuem subindo neste ano e terminem 2013 em 10% ao ano. Segundo analistas, a política de gastos públicos em alta, com um corte menor de gastos neste ano no orçamento por parte do governo federal, além da alta do dólar frente ao patamar do início de 2012, contribuem para pressionar a inflação.
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