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Como Eike Batista, eles levavam uma vida de luxo e extravagâncias, mas viram sua fortuna desaparecer em um piscar de olhos.
08/08/2013 04h35 - Atualizado em 08/08/2013 08h47
Iate de luxo: outros bilionários tiveram de
cortar
extravagâncias (Foto: BBC)
Em apenas 16 meses, a fortuna pessoal do empresário brasileiro Eike
Batista passou de US$ 34,5 bilhões para US$ 200 milhões, segundo a agência
Bloomberg. Mas Eike não foi o único bilionário que viu seus cofres se esvaziarem
na velocidade de um jatinho executivo nos últimos anos.extravagâncias (Foto: BBC)
Após experimentarem uma vida de luxo e conforto inimaginável para 99,9% da humanidade, super-ricos de outros países tiveram quedas ainda mais duras que as do magnata brasileiro.
Alguns chegaram a ter a falência decretada. Outros, terminaram atrás das grades. Confira abaixo a história de três desses ex-bilionários:
Sean Quinn, Irlanda
Proveniente de uma família humilde do
condado irlandês de Fermanagh, Quinn abandonou a escola aos 14 anos. Ele começou
a ganhar dinheiro com uma pedreira na fazenda de sua família e em
quatro décadas construiu um conglomerado que ia do ramo de seguros a fabricação
de cimento.
Sean Quinn perdeu sua fortuna em meio a
crise
financeira global (Foto: BBC)
Em 2007, era o homem mais rico da Irlanda, com uma fortuna estimada em US$ 6
bilhões, mas perdeu tudo ao apostar parte de sua fortuna em uma jogada
financeira que lhe daria 25% do banco Anglo, o mais atingido pela crise
econômica na Irlanda.financeira global (Foto: BBC)
O Anglo terminou sendo nacionalizado em 2009, recebendo bilhões em aportes do governo irlandês. E Quinn teve a falência decretada em 2011.
Hoje, segundo o Irish Banking Resolution Company (IBRC), o ex-bilionário teria dívidas de US$ 2 bilhões, embora ele conteste tal valor na Justiça.
No ano passado, um de seus cinco filhos e seu sobrinho foram condenados a três meses de prisão por tentar esconder do IBRC - novo controlador do império empresarial dos Quinns - uma série de ativos da família.
Quinn passou nove semanas na prisão entre o fim do ano passado e início deste ano pelo mesmo motivo.
Mas em seu país o ex-magnata ainda divide opiniões. Os que o defendem lembram que ele ajudou a criar milhares de empregos na Irlanda e alegam que teria sido um bode expiatório para executivos do mercado financeiro envolvidos na crise do Anglo.
Allen Stanford, Estados Unidos
O texano Allen Stanford
construiu sua fortuna no setor imobiliário nos EUA no início dos anos 80. Em
1985, ele abriu o Stanford Financial Group - instituição financeira que chegou a
administrar ativos de mais de US$ 30 bilhões, de clientes de 140 países.
Stanford trocou a vida em uma megamansão
no
Caribe por uma prisão nos EUA (Foto: Reuters)
Após mudar-se para o Caribe, Stanford tornou-se cidadão de Antígua e Barbuda
de quem recebeu o título de "Sir". Ele chegou a ser o segundo maior empregador
do arquipélago, depois do governo, e em 2008 teve sua fortuna pessoal estimada
em mais de US$ 2 bilhões.Caribe por uma prisão nos EUA (Foto: Reuters)
A queda do bilionário foi precipitada em 2009 por um escândalo desatado por acusações de fraude contra seu banco. Stanford foi detido e, em junho do ano passado, terminou condenado a 110 anos de prisão.
A conclusão das investigações é que ele teria desviado US$ 7 bilhões de seus clientes em um período de duas décadas, no que foi descrito como um dos maiores esquemas de fraude da história dos EUA. O titulo de Sir foi anulado.
Bjorgolfur Gudmundsson, Islândia
Após ser condenado por
fraude nos anos 90, quando era executivo de uma companhia de navegação,
Bjorgolfur mudou-se da Islândia para a Rússia onde montou uma cervejaria de
relativo sucesso, que acabou sendo vendida para a Heineken.
Gudmundsson era o segundo homem mais rico
da Islândia, mas decretou falência em 2009
(Foto: AP)
De volta a seu país, ele conseguiu, junto ao filho Thor, uma grande
participação no segundo maior banco da Islândia, o Landsbanki, então em processo
de privatização.da Islândia, mas decretou falência em 2009
(Foto: AP)
A fortuna de Bjorgolfur se multiplicou com os negócios do banco e, nos tempos de bonança, ele comprou um time de futebol inglês - o West Ham.
Bjorgolfur chegou a ser o segundo homem mais rico de seu país - com uma riqueza pessoal estimada em US$ 1,1 bilhão, em março de 2008. Thor, seu filho, era o primeiro.
O magnata foi, porém, uma das vítimas da crise financeira global, que teve um grande impacto sobre o sistema bancário islandês. Já em dezembro de 2008 a estimativa da Forbes era de que a fortuna do islandês havia caído para zero.
No ano seguinte, Bjorgolfur decretou falência e acabou tendo de vender o West Ham. Thor, porém, continuou entre os mais ricos da Islândia.
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