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Pedaços rochosos foram localizados na beira do lago congelado
Chebarkul.
Análise de partículas possibilitou identificação de corpo
celeste.
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À imprensa russa, o cientista Viktor Grohovsky afirmou que um estudo feito com partículas dos fragmentos encontrados na região do lago congelado apontaram que o material faz parte de um meteorito condrito ordinário – nome dado à classe mais comum de meteoritos. Sua composição tem 10% de ferro. O cientista afirmou ainda que o corpo celeste poderá ser batizado de “meteorito Chebarkul”.
Quando um corpo rochoso vem do espaço e entra na atmosfera, ele é inicialmente chamado pelos astrônomos de meteoro. Caso atinja o solo, em vez de se desfazer em atrito com a atmosfera, ele - ou seus fragmentos - passam a ser classificados de "meteorito", conforme explica o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1.
Fragmento rochoso analisado por cientistas é parte
de meteorito que caiu em região da Rússia na última sexta-feira (Foto:
Reprodução)
Maior em 100 anosA agência espacial americana Nasa divulgou informações capturadas por uma rede de sensores que permitiu uma melhor avaliação do objeto que cruzou o céu da Rússia. Segundo a instituição, o tamanho do meteoro era de 17 metros e seu peso era de 10 mil toneladas antes de entrar na atmosfera terrestre.
Quando se desintegrou no céu, às 0h20 (horário de Brasília) desta sexta-feira, devido ao atrito com o ar, foram liberados 500 kilotons de energia (ou seja, aproximadamente o equivalente à detonação de 500 toneladas de TNT), segundo as estimativas.
O primeiro registro da entrada do meteoro na atmosfera terrestre foi feito no Alasca, a mais de 6.500 km da região russa, onde houve os estragos. Os sensores de infrassom indicam que, desde o momento da entrada do meteoro na atmosfera, até sua desintegração, se passaram 32,5 segundos.
A agência americana voltou a reforçar que não há relação entre o meteoro que caiu na Rússia e o asteroide 2012 DA14, que passou perto da terra na tarde de sexta-feira (pelo horário de Brasília).
De acordo com o ministro russo de Situações de Emergência, Vladimir Pushkov, uma equipe especial do governo foi enviada à região para avaliar a estabilidade sísmica dos edifícios. Ele comentou ainda que haverá cuidados ao religar o gás dessas edificações.
O governo de Cheliabinsk iniciou uma grande operação para consertar os estragos provocados pelo fenômeno. Cerca de 20 mil pessoas foram mobilizadas no país para participar da limpeza e também do atendimento aos feridos, que ainda neste sábado permaneciam sob observação médica.
Último dado divulgado pelo Ministério do Interior russo aponta que ao menos mil pessoas tiveram ferimentos devido aos estilhaços de vidro, que se quebraram com a aparição da bola de fogo no céu. Deste total, 200 seriam crianças.
Agências de notícias afirmam que autoridades da Rússia defenderam a criação de um sistema conjunto de combate a asteroides. Alexei Pushkov, chefe do Comitê de Assuntos Exteriores do Parlamento russo, escreveu em sua conta no Twitter que “'em vez de lutar na Terra, as pessoas deveriam criar um sistema conjunto de defesa dos asteroides”.
A opinião é compartilhada pelo presidente russo, Vladimir Putin. Segundo a agência de notícias "France Presse", o presidente convocou os Estados Unidos a se unir ao país e à China para criar um sistema de defesa contra asteroides.
Nesta semana, pela primeira vez um grupo de trabalho das Nações Unidas propôs um plano de coordenação internacional para detectar asteroides potencialmente perigosos e, em caso de risco para a Terra, preparar uma missão espacial com capacidade para desviar sua trajetória.
Imagem divulgada pelo Departamento de Polícia
da
região de Cheliabinsk neste sábado (16), mas feita
na sexta (15), mostra pequeno fragmento encontrado
na beira do lago Chebakul, (Foto: Divulgação/
Departamento de Polícia de Cheliabinsk)
"O risco de que um asteroide se choque contra a Terra é extremamente pequeno,
mas, em função do tamanho do asteroide e do local do impacto, as consequências
podem ser catastróficas", indica um relatório entregue esta semana aos
estados-membros pelo Escritório da ONU para o Espaço Exterior (Unoosa, na sigla
em inglês).região de Cheliabinsk neste sábado (16), mas feita
na sexta (15), mostra pequeno fragmento encontrado
na beira do lago Chebakul, (Foto: Divulgação/
Departamento de Polícia de Cheliabinsk)
O relatório de 15 páginas foi elaborado por um grupo de trabalho criado em 2007, em Viena, na Áustria. Atualmente são conhecidos cerca de 20 mil asteroides próximos à Terra, dos quais aproximadamente 300 são potencialmente perigosos, explica o diretor do grupo de trabalho que redigiu o documento, o mexicano Sergio Camacho.
Até 2020, o analista prevê que serão detectados até meio milhão de asteroides próximos a nosso planeta, graças à melhora da tecnologia de localização. "São objetos que estão aí, mas não sabemos onde estão", ressalta.
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