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Indústria teve queda de 2,5% no 2º trimestre, de acordo com dados do PIB.
Consumo das famílias e contratação de servidores contribuiu positivamente.
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Segundo Rebeca de La Rocque Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, na indústria extrativa mineral houve queda na extração de petróleo e pouco aumento na produção de minério de ferro.
Já na indústria de transformação a queda foi na produção nos veículos automotores, uma vez que as concessionárias estavam com seus pátios cheios e diminuíram a produção. Também a produção de vestuário caiu, na medida em que aumentaram as importações de roupas.
"Com altos estoques, as montadoras aproveitaram para vender mais, sem efeito imediato sobre a produção", disse Rebeca.
Investimentos
O mau desempenho da indústria, segundo a pesquisadora, foi o principal responsável pela queda de 0,7% na taxa de investimento (formação bruta de capital fixo) em relação ao primeiro trimestre de 2012. O mesmo indicador teve retração de 3,7% em relação ao segundo trimestre de 2011.
"A produção de caminhões teve uma queda bastante expressiva", disse a analista do IBGE.
O desempenho da construção civil, que teve queda de 0,7% em relação ao trimestre anterior, não foi suficiente para melhorar o resultado dos investimentos, explicou Rebeca.
A pesquisadora disse que a queda em volume da formação bruta de capital fixo influenciou a taxa de investimentos que caiu para 17,9% no segundo semestre de 2012, quando marcou 18,8% em igual período do ano anterior.
As exportações também registraram queda (-3,9% contra o trimestre anterior e -2,5% em relação ao segundo trimestre de 2011), segundo Rebeca, principalmente pelo baixo preço das commodities. Os produtos com maiores quedas foram café, petróleo, carvão e metais não ferrosos, segundo a pesquisa do IBGE.
Consumo das famílias cresce
O dado positivo do PIB veio da maior ocupação na administração pública e do consumo das famílias.
O segmento de serviços, no qual se encaixa a administração pública, foi o que mais cresceu tanto em relação ao trimestre anterior (0,7%) como frente ao mesmo período do ano passado (1,5%).
Dentro do segmento, também teve influência na formação do PIB o bom desempenho do setor de seguros, explicou Rebeca Palis.
Rebeca explica que é no segundo ano de um novo governo que as contratações no serviço público tendem a crescer. Além disso, o segundo trimestre de 2012 concentrou essas contratações também porque a lei eleitoral proibe a contração de servidores nos meses que antecedem as eleições, que acontecem em outubro.
Outro destaque positivo que ajudou no resultado do PIB do segundo semestre foi a agricultura, segundo Rebeca. Se no primeiro trimestre problemas climáticos prejudicaram as safras, principalmente a de soja, o segundo trimestre começou com uma safra de café que, segundo Rebeca, promete ser “altíssima”. As safras de milho e algodão também contam para o bom resultado na agricultura brasileira.
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