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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Família de engenheiro da Nasa muda horário em casa para o fuso de Marte


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Ao todo, 800 pessoas foram recrutadas para viver tempo do outro planeta.
Marte tem, por dia, 39 minutos e 35 segundos a mais que a Terra.



21/08/2012 20h39 - Atualizado em 21/08/2012 23h23
Do G1, em São Paulo

 
O diretor de voo da agência espacial americana (Nasa) David Oh, que integra a equipe responsável pela missão do robô Curiosity em Marte, mudou desde o dia 6 a rotina de toda família, que vive na cidade de La Cañada Flintridge, na Califórnia, para o fuso horário do planeta vermelho.

Sempre que é enviada uma missão a Marte, a Nasa recruta um grupo de cientistas e engenheiros para "viver" no tempo do planeta por três meses. Atualmente, são cerca de 800 participantes.
Fuso horário Marte (Foto: Damian Dovarganes/AP)Família Oh já almoçou às 20h por mudar fuso horário de acordo com Marte (Foto: Damian Dovarganes/AP)
Marte tem, por dia, 39 minutos e 35 segundos a mais que a Terra, pois gira mais lentamente ao redor de si mesmo. Já um ano marciano equivale a dois por aqui. Ao fim de três meses, são cinco dias a mais de "vida" que os outros terráqueos. Se o grupo chegasse ao final dos dois anos, seriam 20 dias extras.
O café da manhã da família, por exemplo, já foi servido às 15h, o almoço às 20h, o jantar às 2h30 e a sobremesa às 5h da manhã, antes de todos irem para cama.

Para dormir com sol lá fora, as janelas dos quartos foram cobertas com folhas de alumínio ou tecido para impedir a entrada da luz. Além disso, um relógio digital em um dos quartos foi ajustado com o horário do planeta vermelho.
Fuso horário Marte (Foto: Damian Dovarganes/AP)Relógio digital da família também foi ajustado para o fuso horário marciano (Foto: Damian Dovarganes/AP)
Na foto abaixo, o filho Devyn, de 8 anos, exibe uma placa na porta que diz: "Diretor de voo dorme no horário de Marte, volte mais tarde". Além dele e do pai, a mãe Bryn, o irmão Braden, de 13 anos, e a irmã Ashly, de 10, entraram na brincadeira.
Fuso horário Marte (Foto: Damian Dovarganes/AP) Devyn, de 8 anos, mostra placa que pede para pessoas voltarem mais tarde (Foto: Damian Dovarganes/AP)
Bryn mantém uma planilha minuciosa e atualizada com as horas de trabalho do marido e das atividades da família. Todos usam um dispositivo sem fio que monitora os passos, as calorias queimadas e os padrões de sono individuais.

Segundo Bryn, o quinteto tem se sentido um pouco sonolento durante o dia, como se fosse um "jet lag" – sensação ruim causada por alterações do organismo após mudanças de fuso horário e do ciclo biológico.

Mas, no final do mês, assim que as crianças se acostumarem com o tempo de Marte, terão que se reprogramar para o início das aulas na Terra.
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