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Segundo a Serasa Experian, renda está comprometida com dívidas caras e de alto valor.
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RIO — A inadimplência do consumidor foi 19,1% maior no primeiro semestre deste ano do que fora nos primeiros seis meses de 2011, concluiu estudo da consultoria Serasa Experian divulgado nesta quarta-feira. Considerando apenas junho, houve aumento de 15,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas os calotes diminuíram 0,5% em relação a maio.
O estudo mostra que os consumidores enfrentam cada vez mais dificuldades para pagar dívidas contraídas por meio dos bancos. A inadimplência nesse segmento aumentou 22,1% no semestre e foi responsável por mais da metade da expansão do calote no período — contribuiu com 10,9 pontos percentuais nos 19,1% registrados.
As dívidas não-bancárias (contraídas por meio de lojas, cartões de crédito, financeiras e serviços como energia elétrica, água e telefonia) aumentaram em nível semelhante (21,6%), mas contribuíram menos para a evolução do calote porque representam uma parcela menor do crédito oferecido no mercado.
O único tipo de inadimplência que recuou foi a causada por cheques sem fundos, que foram reduzidos em 5,9% no semestre.
Em nota, os economistas da consultoria explicaram que os calotes aumentaram porque a renda do consumidor está comprometida, principalmente com dívidas caras (cheque especial e rotativo do cartão de crédito) e de alto valor (veículos e imobiliárias). Eles observaram que, em média, cada inadimplente dá quatro calotes e que 60% deles têm dívidas que superam toda sua renda.
— Houve descontrole e o resultado é esse. O consumidor vem se endividando desde 2010, e com prazos longos, e algumas categorias foram prejudicadas com a redução de horas extras provocada pela crise, como os empregados da indústria automobilística — analisou Carlos Henrique de Almeida, economista da Serasa Experian.
Ele prevê que a inadimplência fechará o ano com um patamar alto, mas abaixo do registrado hoje. Os motivos seriam a menor atividade econômica no segundo semestre, o número baixo de datas comemorativas nos próximos meses e o aumento de renegociações de dívidas. Almeida espera que a inadimplência, pelo indicador do Banco Central, ficará em 7% em 2012, abaixo dos 8% de hoje.
Wemerson França, economista da consultoria LCA, concorda que houve descontrole dos consumidores mas afirma que os bancos também foram coniventes com a situação, pois elevaram suas carteiras de crédito sem o devido cuidado, sobretudo no financiamento de veículos.
— A inadimplência está mais alta do que prevíamos e não mostrou desaceleração nem com a política de redução de juros e de spreads bancários empreendida pelo governo. E os incentivos à economia por meio do consumo dados pelo governo funcionaram como colocar lenha na fogueira para o aumento do índice de endividamento — afirmou o economista, que também espera que a inadimplência feche o ano em 7% pelo indicador do BC. — Ela vai ter que ceder um pouco no segundo semestre. Caso contrário, 2013 já começará comprometido.
O estudo mostra que os consumidores enfrentam cada vez mais dificuldades para pagar dívidas contraídas por meio dos bancos. A inadimplência nesse segmento aumentou 22,1% no semestre e foi responsável por mais da metade da expansão do calote no período — contribuiu com 10,9 pontos percentuais nos 19,1% registrados.
As dívidas não-bancárias (contraídas por meio de lojas, cartões de crédito, financeiras e serviços como energia elétrica, água e telefonia) aumentaram em nível semelhante (21,6%), mas contribuíram menos para a evolução do calote porque representam uma parcela menor do crédito oferecido no mercado.
O único tipo de inadimplência que recuou foi a causada por cheques sem fundos, que foram reduzidos em 5,9% no semestre.
Em nota, os economistas da consultoria explicaram que os calotes aumentaram porque a renda do consumidor está comprometida, principalmente com dívidas caras (cheque especial e rotativo do cartão de crédito) e de alto valor (veículos e imobiliárias). Eles observaram que, em média, cada inadimplente dá quatro calotes e que 60% deles têm dívidas que superam toda sua renda.
— Houve descontrole e o resultado é esse. O consumidor vem se endividando desde 2010, e com prazos longos, e algumas categorias foram prejudicadas com a redução de horas extras provocada pela crise, como os empregados da indústria automobilística — analisou Carlos Henrique de Almeida, economista da Serasa Experian.
Ele prevê que a inadimplência fechará o ano com um patamar alto, mas abaixo do registrado hoje. Os motivos seriam a menor atividade econômica no segundo semestre, o número baixo de datas comemorativas nos próximos meses e o aumento de renegociações de dívidas. Almeida espera que a inadimplência, pelo indicador do Banco Central, ficará em 7% em 2012, abaixo dos 8% de hoje.
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