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EUA desbaratam plano para assassinar embaixador saudita que teria participação do governo iraniano
Publicada em 11/10/2011 às 17h52m
O GloboAgências internacionaisDois iranianos, identificados como Manssor Arbabsiar e Gholam Shakuri, estão sendo acusados de participação no plano. Shakuri está foragido, e Arbabsiar, segundo o procurador-geral Eric Holder, foi preso e confirmou o envolvimento de uma ala do governo iraniano.
"Os dois foram acusados em Nova York pela participação no plano, dirigido por elementos do governo iraniano, para assassinar o embaixador saudita nos EUA com explosivos", diz um comunicado do Departamento de Justiça americano.
Segundo o texto da acusação, Gholam Shakuri é membro das chamadas Forças Quds, unidade de operações especiais da Guarda Revolucionária do Irã, que para os EUA patrocina atividades terroristas no exterior.
Já Manssor Arbabsiar, de 56 anos, é americano e tem cidadania iraniana. Ele foi preso no último dia 29 de setembro no aeroporto John F. Kennedy e pode ser condenado a prisão perpétua.
Holder classificou o plano como uma violação clara das leis americanas e internacionais e prometeu que os EUA cobraram explicações do Irã.
- Não permitiremos que outros países usem nosso território como campo de batalha - disse Preet Bharara, promotor federal de Manhattan, em entrevista coletiva em Washington com Holder e o diretor do FBI, Robert Mueller.
Através da agência de notícias oficial Irna, o governo iraniano disse que os EUA estão lançando "uma nova campanha de propaganda contra a República Islâmica".
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, já anunciou que os EUA preparam novas retaliações ao Irã, com mais sanções sendo aplicadas a membros do governo. Segundo ela, o plano terrorista colabora apenas para isolar ainda mais Teerã.
O FBI batizou a operação de Coalizão Vermelha. As investigações começaram ainda em maio, quando Arbabsiar tentou fazer contato com o cartel de drogas mexicano Los Zetas.
No México, o FBI explica que o erro de Arbabsiar foi tentar chegar ao cartel Los Zetas através de um agente da agência antidrogas americana disfarçado. Ele queria ajuda para promover o atentando ao diplomata saudita em um restaurante de Washington.
Depois, o americano-iraniano se reuniu várias vezes com outros agentes americanos, que se faziam passar por traficantes, sempre dizendo atuar apoiado pelo alto escalão do governo de Teerã.
Durante sua passagem pelo México, Arbabsiar ofereceu US$ 1,5 milhão para os traficantes que o ajudassem a assassinar o embaixador saudita. E revelou ainda outros planos, como colocar bombas nas embaixadas israelense e saudita em Washington. Ele teria a intenção ainda de promover ataques em Buenos Aires, mas o plano não é mencionado na acusação da Promotoria de Nova York.
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