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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Kadhafi é preso e está ferido, dizem chefes militares do novo governo líbio

GIPOPE - INFORMATIONS.

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INTERNACIONAL  -- REVOLTA ÁRABE


Preso perto de Sirte, coronel teria ferimentos graves nas duas pernas.
Otan e Departamento de Estado dos EUA ainda não confirmaram prisão.


20/10/2011 09h22 - Atualizado em 20/10/2011 09h56

Do G1, com agências internacionais



!::*-=-*::! O ex-ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, foi preso e está ferido em ambas as pernas, gravemente, informaram nesta quinta-feira (20) fontes militares do novo governo do país.
A informação foi inicialmente confirmada por Abdel Majid, chefe militar dos ex-rebeldes líbios na capital, Trípoli.


"Ele foi capturado. Ele está ferido em ambas as pernas... Ele foi levado de ambulância", disse o militar à agência Reuters, por telefone.

Outro comandante rebelde, Mohamed Leith, disse à France Presse que viu Kadhafi "com seus próprios olhos" e que o coronel está "gravemente ferido", mas "ainda respira".


Kadhafi teria sido preso próximo à sua cidade-natal, Sirte, em um comboio que sofria ataque aéreo da Otan enquanto tentava fugir. A cidade, último foco de resistência dos combatentes kadhafistas, havia sido tomada definitivamente pelos rebeldes nesta quinta-feira.


A TV Líbia Livre disse que também foram presos Muatassim, um dos filhos do coronel, além de Mansur Dau e Abdala Senusi, dos serviços de inteligência.


Um combatente do novo governo líbio, ouvido pela Reuters, disse que Kadhafi estava escondido em um buraco, e teria gritado "Não atire! Não atire!" ao ser descoberto.


Otan e EUA não confirmam
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o Departamento de Estado dos EUA ainda não confirmavam a prisão. A Otan afirmou que ainda "levaria tempo" para checar as informações.



Mas os rebeldes e a população já comemoravam a notícia nas ruas das principais cidades líbias.
O ex-ministro de Defesa do regime deposto, Abubakr Yunes Jaber, morreu em Sirte, disse à France Presse o médico Abdu Rauf.


Desaparecido
Kadhafi, derrubado após a tomada de Trípoli no fim de agosto, estava desaparecido desde então, tentando reagir as tropas do Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião líbia, que tenta reorganizar o país na transição para a democracia.



Bani Walid, outro reduto kadhafista, caiu na segunda-feira.
O destino de Kadhafi, se confirmada a prisão, é incerto. Ele é procurado pelo Tribunal Penal Internacional de Haia, da ONU, por crimes contra a humanidade cometidos durante a repressão aos rebeldes.


Mas o CNT já falou, em várias ocasiões, que pretendia levar o coronel e seus aliados a julgamento no próprio país.
Iniciada em meados de fevereiro na cidade de Benghazi, a rebelião contra o ex-ditador colocou a Líbia em uma violenta guerra civil e em crise humanitária.


Imagem de Muammar Kadhafi mostrada pela TV líbia durante um de seus discursos desta quinta-feira (1º) (Foto: AFP)Imagem de Muammar Kadhafi mostrada pela TV líbia durante um de seus discursos em 1º de agosto, em uma de suas últimas aparições (Foto: AFP)

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