Total de visualizações de página

sexta-feira, 13 de maio de 2011

'Não quis ser sensacionalista', diz diretor de filme sobre morte de Diana

'Ulawful killing', de Keith Allen, foi duramente criticado em Cannes.
Filme foi patrocinado pelo pai de Dodi al-Fayed, morto com a princesa.

Da Reuters
 
##!!=!!## O diretor Keith Allen defendeu nesta sexta-feira (13) seu filme sobre a morte da princesa Diana, em meio a acusações de que o documentário seria um ataque unilateral contra o que ele chamou de "establishment" britânico e que teria sido integralmente financiado por Mohamed al-Fayed.
Empresário cujo filho Dodi morreu ao lado de Diana em um acidente de carro em Paris em 1997, Fayed sustenta há muito tempo que o casal foi morto por ordem do marido da rainha Elizabeth, príncipe Philip, e acredita que a família real não queria que Diana se casasse com um muçulmano.
Em uma coletiva de imprensa em alguns momentos caótica em Cannes, onde Allen está lançando o documentário "Unlawful killing" fora do festival oficial de cinema, o diretor descreveu o documentário como "forense"' descrição questionada por alguns dos presentes.
 
O filme foca em parte sobre o inquérito sobre a morte de Diana realizado em 2007/08 e argumenta que a imprensa britânica não refletiu corretamente as conclusões do inquérito, devido a pressões indiretas da família real.
"Achei importante que o público pudesse entender de maneira forense o que aconteceu no inquérito", disse Keith Allen, mais conhecido como ator de televisão britânico, falando a repórteres em Cannes.
"Eu não quis ser sensacionalista. Não acho que seja um filme sensacionalista. Acho que é uma análise muito forense de um processo legal britânico e acho que revela certas coisas que não 'batem'", disse o diretor.
"Acredito que essas coisas devem ser questionadas. Foi por isso que fiz o filme. Espero que ele mostre às pessoas que nada é o que parece ser", completou Allen.

Financiamento questionado.

Allen foi criticado diretamente por um jornalista por não ter deixado claro que o filme foi financiado integralmente por Fayed, no valor de US$ 4,1 milhões, cifra essa citada por um homem que afirmou ser representante de Fayed, que não estava em Cannes para apresentar o filme.
"Ele deu o dinheiro, porque ninguém mais se dispôs", disse Allen. "Se eu pudesse ter obtido o dinheiro de outra fonte, eu o teria feito. Mas não consegui. Consegui dele".
Investigações das polícias francesa e britânica concluíram que as mortes de Diana e Dodi foram fruto de um acidente trágico provocado por um motorista que dirigia em alta velocidade e que se descobriu que estava embriagado. As duas investigações rejeitaram as teorias de Fayed.
Indagado o que há de novo em "Unlawful killing", Allen disse: "Acho que não há tanta coisa que seja nova".
"Existe em nosso país um velho ditado segundo o qual os segredos mais bem guardados estão nas estantes da Biblioteca Britânica. Estão todos lá, basta você ir procurá-los".
'Meu filme não é um ataque à monarquia. Na realidade, ele questiona o papel do establishment, e, ao fazê-lo, vai deixar claro que existem ligações entre a real Casa de Windsor e o establishment".
O documentário inclui uma foto de Diana morrendo após o acidente, elemento que a imprensa britânica focou nos últimos dias, embora Allen tenha minimizado sua importância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário