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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Desemprego cai a 6,1% no trimestre terminado em novembro e segue no menor patamar da história, diz IBGE

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Pelo segundo mês seguido, o país atingiu o percentual mais baixo de desocupados de toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
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Por Júlia Nunes, g1

Postado em 27 de dezembro de 2024 às 09h30m

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Carteira de trabalho — Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Carteira de trabalho — Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,1% no trimestre terminado em novembro, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pelo segundo mês seguido, o país atingiu a menor taxa de desocupação de toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em outubro, o percentual foi de 6,2%.

Antes disso, a taxa mais baixa de desempregados no país havia sido registrada em dezembro de 2013 (6,3%).

A queda da taxa em novembro foi de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, terminado em agosto, quando era de 6,6%. No mesmo período do ano passado, a desocupação atingia 7,5% da população em idade de trabalhar (14 anos ou mais).

Ao todo, 6,8 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. Foi um recuo de 7% em relação ao trimestre anterior, e de 17,5% na comparação com 2023.

Novo recorde de ocupados

A população ocupada no Brasil chegou a 103,9 milhões, um novo recorde da série histórica, crescendo em ambas comparações: 1,4% no trimestre e 3,4% no ano.

Com isso, 58,8% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas -- também o maior nível de ocupação desde 2012.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 6,1%
  • População desocupada: 6,8 milhões de pessoas
  • População ocupada: 103,9 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66 milhões
  • População desalentada: 3 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,1 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 14,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 6 milhões
  • Trabalhadores informais: 40,3 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,7%

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Força de trabalho

O IBGE classifica como desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego. A soma desse grupo com o dos empregados totaliza a população dentro da força de trabalho no Brasil, que ficou em 110,7 milhões no trimestre terminado em novembro.

Assim, estão fora da força de trabalho 66 milhões de brasileiros. São pessoas de 14 anos ou mais desempregadas, mas que não estão em busca de serviço ou disponíveis para trabalhar.

Diante disso, a PNAD calcula que o Brasil tem 17,8 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam estar trabalhando, mas estão desocupadas, subocupadas (não trabalham todas as horas que poderiam) ou fora da força de trabalho potencial.

O número é o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2015 (17,7 milhões), recuando nas duas comparações: 3,9% (menos 725 mil) no trimestre e 11% (menos 2,2 milhões) no ano.

A população desalentada ficou em 3 milhões, a menor desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões), ficando estável no trimestre e recuando 10,3% no ano. São pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, mas não procuraram emprego por acharem que não encontrariam, por falta de qualificação, por exemplo.

Informalidade

O número de trabalhadores com e sem carteira assinada no setor privado cresceu 4,6% em relação ao ano passado e chegou a 53,5 milhões, um novo recorde da série iniciada em 2012.

Entre os empregados com carteira assinada, o número absoluto de profissionais chegou a 39,1 milhões, um aumento de 1,3%, ou de 496 mil pessoas, contra o trimestre anterior. No comparativo com 2023, o ganho é de 3,7%, o que equivale a 1,4 milhão de trabalhadores a mais.

os empregados sem carteira são 14,4 milhões, o que representa uma estabilidade no trimestre e um crescimento de 7,1% (mais 959 mil pessoas) em relação ao ano anterior.

A taxa de informalidade ficou em 38,7% da população ocupada (ou 40,3 milhões de trabalhadores). No trimestre anterior, o percentual era de 38,8% e, no mesmo período de 2023, de 39,2%.

No setor público, o número de empregados (12,8 milhões) foi recorde, ficando estável no trimestre e subindo 5,6% (685 mil pessoas) no ano.

Os trabalhadores por conta própria são 25,9 milhões, o que representa uma estabilidade em relação a 2023 e um crescimento de 1,8% (mais 467 mil pessoas) no trimestre.

Rendimento estável no trimestre

As pessoas ocupadas receberam cerca de R$ 3.285 por mês no trimestre terminado em novembro, por todos os trabalhos que tinham na semana de referência da pesquisa. É o que o IBGE chama de rendimento médio habitual.

O valor ficou estável frente ao trimestre anterior, quando era de R$ 3.263. No comparativo do ano, houve aumento de 3,4%.

Já a massa de rendimentos, que soma os valores recebidos por todos esses trabalhadores, foi estimada em R$ 332,7 bilhões, um crescimento de 2,1% na comparação trimestral e de 7,2%, na anual.

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