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Do peixe que amedronta os amazônidas à árvore mais alta do Brasil, a biodiversidade da região mistura vida e imaginário popular.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Denilson d'Almeida, g1 Pará — Belém
Postado em 05 de setembro de 2024 às 08h05m
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Nesta quinta-feira (5), é celebrado o Dia da Amazônia. A ocasião propõe uma reflexão sobre a importância de se preservar a maior floresta tropical do mundo. Com um território de 6,7 milhões de Km² que se estende por oito países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), a Amazônia representa um universo de vidas que despertam o interesse global sobre a região.
A região é um santuário de biodiversidade, com espécies de plantas, peixes, aves, mamíferos, répteis, anfíbios e insetos. Por isso, é necessário conhecer um pouco mais sobre a fauna e a flora amazônica.
Em alusão ao Dia da Amazônia, o g1 Pará preparou uma lista com as curiosidades inusitadas sobre a biodiversidade que é encontrada somente na região. Confira:
Periquitamboia ou cobra-papagaio
Periquitamboia ou cobra papagaio tem hábitos noturnos — Foto: Divulgação/Centro Amazônico de Herpetologia
É uma das atrações, digamos assim, do Centro Amazônico de Herpetologia, em Benevides, Região Metropolitana de Belém. Esta espécie de serpente (Corallus batesii) é da mesma família da jiboia, nasce nas cores vermelho e alaranjado. Segundo a responsável técnica do espaço, Milena Almeida, a cobra-papagaio passa adquirir uma coloração verde a partir do 6º mês. O animal vive na copa das árvores, não é venenosa e mata as presas por constrição.
Visitas guiadas ao Centro Amazônico de Herpetologia permite conheces
espécies da região — Foto: Divulgação/Centro Amazônico de Herpetologia
O parque mantém dezenas de espécies de répteis e outros animais silvestres que podem ser conhecidos em visitas guiadas.
Jacarerana
Lagarto encontrado na Amazônia lembra filhote de jacaré — Foto: Divulgação / Centro Amazônico de Herpetologia
Um dos primeiros registros de reprodução desta espécie em cativeiro foi no Centro Amazônico de Herpetologia.
Mata-mata ou matamatá
Milene Almeida mostra os cágados matamatá que vivem no parque — Foto: Divulgação/Centro Amazônico de Herpetologia
Outra espécie curiosa e endêmica da Amazônica é o réptil conhecido como mata-mata (Chelus fimbriatus). É um cágado encontrado em igarapés e na lama, que tem uma aparência que lembra dinossauro. Coloca somente a ponta do nariz para fora d’água e o formato se assemelha um pedaço de madeira.
Sucuri-verde
Bonita, sucuri usada no remake da novela Pantanal da TV Globo — Foto: Reprodução
Uma curiosidade sobre o Centro Amazônico de Herpetologia é que foi de lá que se utilizou a cobra sucuri-verde (Eunectes murinus) ‘Bonita’, que estrelou o remake da novela Pantanal, em 2022.
Conheça a sucuri do Pará que virou estrela na novela 'Pantanal'
A sucuri é uma das maiores cobras existentes no Brasil e na Amazônia ela figura no imaginário popular.
Candiru
Candiru-verdadeiro se alimenta de sangue do hospedeiro — Foto: Reprodução / Pinterest
Por falar em imaginário popular, um pequeno peixe é o ‘terror’ de quem mora na Amazônia e evitar tomar banho em rios e igarapés. O candiru (Vandellia cirrhosa) que tem capacidade para entrar em orifícios humanos e usa espinhos para se fixar dentro do corpo humano. Se alimenta de sangue.
Poraquê
Poraquê é o conhecido peixe-elétrico que habita os rios da Amazônia — Foto: Leandro Sousa/Acervo Pessoal
Por falar em peixes, o poraquê (Electrophorus electricus) também conhecido como o peixe-elétrico é uma das espécies mais emblemáticas da fauna brasileira, em especial na Amazônia. Não tem escamas e o corpo tem formato semelhante ao de uma enguia. Pode chegar até 2,5 metros de comprimento. Ele emite uma descarga elétrica que pode matar um ser humano.
Angelim-vermelho de 88,5m de altura está localizado na Flota Paru — Foto: Ideflor-Bio / Divulgação
É na Amazônia que está a árvore mais alta do Brasil. Trata-se de um angelim-vermelho (Dinizia excelsa) de 88,5 metros de altura encontrado na Floresta Estadual do Paru, no estado do Pará. Para se ter ideia, a altura do vegetal equivale a um prédio de 30 andares. A espécie está ameaçada de extinção.
Castanha-do-Pará
Castanheira — Foto: Agência Pará/Divulgação
Embora alguns tentem chamar o frute de ‘castanha-do-Brasil’, a castanheira-do-Pará (Bertholletia excelsa) é outra gigante encontrada na Amazônia. Esta árvore pode alcançar 60 metros de altura e o fruto tem elevado poder nutricional. A castanha também é utilizada na produção de remédios naturais e cosméticos.
Seringueiras
Você sabia que existe uma árvore que produz borracha? Esta espécie de vegetal está diretamente ligada à história de diversas cidades da Amazônia, principalmente Belém, que sofreu um grande e rápido processo de urbanização no período do Ciclo da Borracha. É da seringueira (Hevea brasiliensis) que se extrai o látex, matéria-prima para a produção de borracha.
Flor de Carajás
Flor de Carajás é uma espécie endêmica e está ameaçada de extinção — Foto: Reprodução
A Flor de Carajás (Ipomoea cavalcantei) se tornou símbolo oficial de Parauapebas, no sudeste paraense, por meio de uma lei municipal. Encontrada somente na Floresta Nacional de Carajás, está classificada como ‘em perigo’ de extinção na Lista vermelha Oficial do Brasil.
Espécie rara de Flor de Carajás vira símbolo de Parauapebas e atrai pesquisadores a região
Onça-pintada
Onça-pintada — Foto: Museu Emilio Goeldi
Por falar na Flona de Carajás, o espaço é lar das onças-pintadas (Panthera onca). Estes felinos são encontrados em diversos biomas, porém os que vivem na Amazônia tendem a ser menores que são encontrados no Pantanal.
Jacaré-açu
Antônio Messias Costa, veterinário do Parque Zoobotânico do Museu
Paraense Emílio Goeldi, ao lado de Alcino — Foto: Museu Emilio Goeldi
O jacaré-açu (Melanosuchus niger) é um animal endêmico da América do Sul e habita principalmente na Bacia Amazônica. Cerca de 70% da população destes animais está na Amazônia. Inclusive, um deles era atração no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, o Alcino, que morreu em 2021, com 70 anos de idade.
Menor macaco do mundo
Sagui-pigmeu
Sagui-pigmeu é a menor espécie de macaco e é encontrado na Amazônia — Foto: Reprodução
É na floresta amazônica que vive o menor macaco do mundo: o sagui-pigmeu (Cebuella pygmaea), que cresce no máximo 15 centímetros (contado com a cauda) e pesar aproximadamente 100 gramas. Ele é encontrado no Brasil, Colômbia, Equador e Peru e Equador.
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