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Segundo especialistas, é comum haver ondas de calor na primavera, mas elas têm sido mais intensas em razão da crise climática e do El Niño. Dados do Inpe mostram que a frequência aumentou muito.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Poliana Casemiro, Mariana Garcia, g1
Postado em 14 de novembro de 2023 às 12h20m
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Previsão do tempo: 15 estados e DF estão com alerta vermelho para calor intenso
Segundo especialistas, a onda de calor acontece quando temos uma temperatura acima da média por um período de mais de cinco dias.
Na atual onda de calor, classificada como uma das mais intensas do ano, a temperatura está 5°C acima da média.
A onda de calor é comum todos os anos na “transição” entre a primavera e o verão. O meteorologista Giovanni Dolif, do Centro Nacional de Desastres Naturais (Cemaden), explica que, nessa época, a Terra já está mais exposta ao Sol com a proximidade do verão. E as temperaturas altas ocorrem porque é uma temporada sem chuva e, com isso, menos nuvens para impedir a passagem de tanto calor.
O que o meteorologista explica é que a onda de calor se junta a dois eventos que estão fazendo a Terra ficar mais quente: o aquecimento global e o El Niño, fenômeno que deixa as águas do oceano mais quentes.
- No domingo (12), o Rio de Janeiro registrou a maior máxima do ano, com 40,4ºC.
- A semana começou com São Paulo chegando aos 37,7ºC, marcando o segundo dia mais quente da história das medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1943.
- Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Rio de Janeiro e Teresina estão com um calor tão intenso que a previsão é de que, nesta terça-feira (14), batam recorde de máxima com 13°C acima da média de novembro.
- O Inmet colocou 15 estados sob alerta de grande risco pelo calor intenso.
Além de ondas de calor mais intensas, estamos vendo isso acontecer com mais frequência. Essa é a quarta vez que ela ocorre no Brasil neste ano e de forma sequencial. As anteriores foram registradas nos meses de agosto, setembro, outubro e em novembro.
O meteorologista do Climatempo Fábio Luengo explica que o planeta mais quente é que faz com que tenhamos mais sequências de dias com temperaturas acima da média – condição da onda de calor – e que isso é resultado das mudanças climáticas.
“O aquecimento global mexe com tudo e bagunça qualquer tipo de evento. Estamos tendo eventos mais extremos e mais frequentes”, explica Luengo.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mostram um salto brutal entre da onda de calor nos últimos 59 anos.
- De 1961 a 1990: 7 dias
- 1991 e 2000: 20 dias
- De 2001 a 2010: 40 dias
- 2011 e 2020: 52 dias
Os dados indicam que houve aumento das ondas de calor ao longo dos períodos analisados, em praticamente todo o Brasil, com exceção da região Sul, uma parte do sul do estado de São Paulo e o sul do Mato Grosso do Sul.
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