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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Ibovespa sobe e fecha aos 124 mil pontos após governo decidir manter meta fiscal; dólar vai a R$ 4,86

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A moeda norte-americana teve alta de 0,17%, cotada a R$ 4,8696. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira avançou 1,20%, aos 124.639 pontos, no maior patamar desde julho de 2021.
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Por g1

Postado em 16 de novembro de 2023 às 15h10m

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Dólar opera em baixa nesta quinta-feira. — Foto: Pixabay
Dólar opera em baixa nesta quinta-feira. — Foto: Pixabay

Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, teve mais um dia de forte alta nesta quinta-feira (16), na volta do feriado de Proclamação da República aqui no Brasil. O índice fechou no maior patamar desde julho de 2021.

Investidores repercutiram a notícia de o governo federal ter descartado a possibilidade de alterar, neste momento, a meta fiscal de "déficit zero" para 2024. (Entenda mais abaixo)

Dados norte-americanos e eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) também ficaram no radar, após os dados de inflação dos EUA terem vindo abaixo do esperado na última terça-feira.

O dólar, por sua vez, encerrou a sessão desta quinta-feira em alta, mas manteve o patamar de R$ 4,86.

Veja abaixo o dia nos mercados.

Entenda o que faz o dólar subir ou descer
Entenda o que faz o dólar subir ou descer

Dólar

Ao final da sessão, o dólar avançou 0,17%, cotado a R$ 4,8696. Veja mais cotações.

Na última terça-feira (14), a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,95%, vendida a R$ 4,8614. Com o resultado de hoje, passou a acumular quedas de:

  • 0,91% na semana;
  • 3,39% no mês;
  • 7,74% no ano.

Já o Ibovespa encerrou com alta de 1,20%, aos 124.639 pontos, no maior nível desde julho de 2021.

Os principais destaques ficaram com as ações da Magazine Luiza, por exemplo, que dispararam mais de 20%, enquanto Grupo Casas Bahia teve alta de mais de 11%. Ambas lideraram as maiores altas do Ibovespa na sessão.

Na última terça-feira (14), o índice disparou 2,29%, aos 123.166 pontos, no maio patamar desde agosto de 2021. Com o resultado de hoje, passou a acumular altas de:

  • 3,38% na semana;
  • 10,16% no mês;
  • 13,58% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Por aqui, o principal destaque do dia ficou com a notícia de que o governo desistiu de mudar a meta fiscal para o ano de 2024. Isso traria um tempo maior para que o ministro Fernando Haddad consiga tramitar no Congresso Nacional medidas que possam aumentar a arrecadação federal.

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A informação foi anunciada pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso, deputado Danilo Forte (União-CE), e confirmada logo em seguida pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, após reunião no Palácio do Planalto.

Essa meta fiscal prevê que, no ano que vem, o governo gastará apenas o que arrecadar e o que tiver em caixa – ou seja, sem aumentar a dívida pública para cumprir gastos e investimentos.

Forte também disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou preocupação com pautas legislativas de interesse da equipe econômica, como a taxação de offshores e a medida provisória sobre subvenções, e fez a avaliação de que a aprovação dessas matérias pelo Legislativo trará conforto ao país.

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Já no noticiário corporativo, destaque para Americanas, que divulgou seu balanço ajustado para o ano de 2022, que estava suspenso desde que a empresa revelou que havia encontrado uma fraude bilionária em suas demonstrações financeiras.

prejuízo acumulado no último ano foi de R$ 12,9 bilhões, o dobro do registrado em 2021. A empresa também terminou o período com um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões e dívida líquida real de R$ 26,3 bilhões. Além de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 6,2 bilhões.

Por sua vez, a receita líquida consolidada atingiu a marca de R$ 25,8 bilhões. No total, o resultado financeiro consolidado em 2022 foi negativo, de R$ 5,2 bilhões.

Os números são os primeiros a serem divulgados desde que a Americanas revelou o escândalo das "inconsistências contábeis" em janeiro. As demonstrações financeiras foram auditadas antes de serem enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em 2021, a empresa havia supostamente registrado o maior lucro de sua história, de R$ 731 milhões. Porém, os números foram fraudados nas demonstrações da empresa antes de 2022, tanto que neste balanço revisaram os lucros de 2021 para perda de R$ 6,2 bilhões.

Já no exterior, o mercado financeiro continua atento aos novos dados econômicos divulgados nos Estados Unidos.

Na última quarta-feira, quando os mercados aqui ficaram fechados por conta do feriado de Proclamação da República, o Departamento do Comércio norte-americano informou que as vendas no varejo do país caíram 0,1% no mês passado.

Apesar da retração, o número ainda veio melhor do que o esperado pelo mercado, que projetava uma queda mais intensa, de 0,3%. Além disso, um relatório separado do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que os preços ao produtor caíram 0,5% em outubro, no maior recuo desde abril de 2020.

Somados à inflação mais fraca do que o esperado no país, divulgada na última terça-feira, os dados podem reforçar apostas de que o arrefecimento dos custos nos EUA impedirá novos aumentos de juros pelo Fed.

Juros mais baixos na maior economia do mundo também refletem na rentabilidade dos títulos públicos do país, considerados referência de segurança.

O dia também foi marcado por um maior pessimismo vindo da China. Os preços das casas novas no país caíram pelo quarto mês em outubro, segundo dados oficiais.

O resultado é um reflexo das medidas de apoio do governo, que pouco fizeram para dissipar os problemas que pairam sobre o setor imobiliário, que está sobrecarregado de dívidas. Dados divulgados na quarta-feira (15) também mostraram uma queda acentuada nos investimentos imobiliários, enquanto a produção industrial e as vendas no varejo continuaram a se recuperar.

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