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terça-feira, 23 de maio de 2017

Prévia da inflação oficial é a menor para maio desde 2000

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Alta foi puxada principalmente pelo reajuste nos preços dos remédios. Considerando a taxa acumulada nos últimos 12 meses, ela foi a menor desde julho de 2007.

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Preços de remédios foram reajustados no país a partir de 31 de março e puxaram alta da prévia da inflação de maio. (Foto: Reprodução/TV Globo)Preços de remédios foram reajustados no país a partir de 31 de março e puxaram alta da prévia da inflação de maio. (Foto: Reprodução/TV Globo)

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), antigiu 0,24% na primeira quinzena de maio, a menor taxa para o período desde 2000, quando ficou em 0,09%. Em maio do ano passado, a taxa ficou em 0,86% e em abril foi de 0,21%.

(Correção: O G1 errou ao informar que foi a menor taxa do IPCA-15 para maio desde 2006, quando foi de 0,27%. Na verdade, ela foi a menor para o mês desde 2000, quando ficou em 0,09%. A informação foi corrigida às 10h20 desta terça (23).

A alta do indicador ante abril foi puxada, segundo o IBGE, pelos preços dos remédios, que subiram 2,08%. O aumento do produto foi decorrente do reajuste anual aplicado a partir de 31 de março variando entre 1,36% e 4,76%.

Segundo o IBGE, no acumulado do ano a taxa ficou em 1,46%, bem abaixo dos 4,21% registrados no mesmo período do ano passado.
Já no acumulado de 12 meses, o índice caiu para 3,77%, abaixo dos 4,41% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O IBGE destacou que foi a menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde julho de 2007, quando ficou em 3,71%

Maiores altas
Com o reajuste nos preços dos medicamentos, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais foi o que apresentou a maior alta em maio (0,84%). Em seguida, a maior alta foi no grupo de Vestuários (0,74%).

O grupo de alimentos foi o terceiro com maior alta (0,42%). Segundo o IBGE, produtos como batata-inglesa (16,08%), tomate (12,09%) e cebola (9,15%) ficaram mais caros em relação ao mês anterior. Tiveram queda os preços de produtos como óleo de soja (-5.81%), açúcar cristal (-3,03%), frutas (-2,73%) e feijão-carioca (-2,52%).

O grupo de Transportes foi o único que registrou queda de preços (-0,40%). A redução, segundo o IBGE, foi puxada pelos combustíveis, que passaram a custar 1,12% menos que em abril, gerando impacto de -0,06 p.p., o mais forte impacto negativo no índice do mês. Observa-se que o preço do litro da gasolina ficou 0,85% mais barato, enquanto o preço do etanol caiu 2,48%.

A Região Metropolitana de Recife foi a que apresentou a maior alta de preços (0,65%), puxada principalmente relo reajuste na conta de luz de 4,7%, na contramão da queda de 0,3% da média nacional. Além da energia elétrica, Recife teve aumento de 2,89% nas tarifas dos ônibus urbanos.

O segundo índice mais alto foi observado em São Paulo (0,38%). Já o menor foi registrado em Goiânia (-0,22).

O índice
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de abril a 15 de maio e comparados com o levantamento feito entre 15 de março e 12 de abril. 

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. 
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