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Empreendedores são criativos para ganhar dinheiro extra com campeonato.
Há bombom de fruto do serrado e gel beijável de caipirinha, entre outros.
Doces, pinturas, tangas, café e outros produtos a serem vendidos na Copa (Foto: Montagem/G1)
Parecer não ter fim a lista de produtos desenvolvidos por brasileiros para ganhar um dinheiro extra durante a Copa do Mundo. O G1 reuniu histórias de empreendedores pelo país que buscam lucrar com o campeonato.
O jovem conta que já jogou em times como Goiás (GO), Gama (DF), Paraná Clube (PR), Holanda (AM) e Vitória (BA). Aos 19 anos, começou a fabricar chocolates com técnicas que aprendeu com a mãe de um amigo de equipe.
Em 2011, criou a Aguimar Ferreira Bombons Finos (inspirada no nome de seus pais). “Hoje não jogo mais profissionalmente. Decidi me dedicar 100% ao negócio desde 2013.”
Alexandre faz bombons desde os 19 anos
(Foto: André Borges/Divulgação)
(Foto: André Borges/Divulgação)
A linha “Sabores da Copa” homenageia sete países com oito bombons: Brasil, com sabores de pequi (um fruto do cerrado brasileiro) e caipirinha, Argentina, com sabor de alfajor com doce de leite argentino, Espanha (sabor de damasco); Itália (pistache), França (champanhe), México (chocolate com pimenta) e Estados Unidos (mirtilo ou blueberry).
De acordo com o empresário, a linha para a Copa é feita com chocolate belga e a bandeira dos países é impressa diretamente no chocolate. A caixa com nove bombons custa R$ 45. “O crescimento nas vendas com a nova linha aumentou em 100% e a expectativa até a Copa é que chegue a 200% de aumento [em relação aos meses anteriores]”, estima.
Ana Claudia faz tangas com bojo (Foto: Divulgação)
A empreendedora Ana Claudia Moreira, de 45 anos, do Rio de Janeiro, da Brazilian Secret, resolveu aprimorar para a Copa um produto que desenvolveu em 2003: uma tanga com bojo que faz um efeito ‘lift’ (de ‘elevação’) na parte superior dos glúteos.
Ela teve a ideia quando viajou aos Estados Unidos e notou que o bumbum das americanas é menor que o das brasileiras, mas o produto pode ser usado por qualquer pessoa que se interessar, diz.
“Quando fui para os Estados Unidos, o pessoal sempre brincava que estrangeira não tem bumbum e comecei a desenvolver alguma coisa com bojo (...). Depois de um ano e meio consegui chegar no protótipo. Eu queria o efeito ‘lift”, diz. “Dá um efeito super natural, é super sutil, ninguém vê que se está usando.”
Para a Copa, ela criou modelos com as cores da bandeira do Brasil. O preço é de aproximadamente R$ 40.
Gel de caipirinha e vela sensual (Foto: Divulgação)
Alessandra Seitz, proprietária da INTT Cosméticos, fabrica "cosméticos sensuais" (como velas para massagem e géis beijáveis) e criou itens nas cores da bandeira do Brasil – há gel corporal beijável de “caipirinha”, velinhas para massagem verde e amarelas, cachaças em miniatura, entre outros. Os preços médios são de R$ 20 a R$ 50.
As vendas são feitas em sex shops e pela internet. “Estou prevendo crescimento de 20% com esses produtos. O investimento já valeu muito a pena, muita coisa já foi vendida.”
Márcia e Ricardo criam cupcakes (Foto: Divulgação)
O casal de empreendedores Márcia Petry, de 39 anos, e Ricardo Papa, de 43, donos da Fábrica de Cupcakes, em Goiânia, decorou os minibolos com cores da bandeira do Brasil e símbolos da Copa (como camisetas, bolas e troféu). “Buscamos fazer a base de pasta de leite em pó em miniaturas dos ícones do futebol e da Copa do Mundo”, explica Márcia.
“No começo de 2014, as vendas começaram a aumentar e acreditamos que vão superar nossas expectativas. Elas vêm crescendo numa razão de 50% ao mês e esperamos que cheguem a 30% do total de nossas vendas”, diz.
Os dois abriram a empresa em 2013 para mudar de vida e ter mais tempo para cuidar do filho. Os cupcakes mais vendidos são de chocolate, banana caramelada e abacaxi ao caramelo, morango, maracujá e cappuccino. Cada um custa R$ 3.
Maracafé mira os turistas (Foto: Divulgação)
Paulo Roberto Correia, de 62 anos, do Rio de Janeiro, criou a marca de café "Maracafé", que tem a imagem do Maracanã na embalagem do produto. O público-alvo são turistas estrangeiros que querem levar para casa o tradicional café brasileiro.
O lançamento será um pouco antes do início do campeonato. Ele vai lançar também neste ano um porta copo de café no formato do Maracanã, para os turistas comprarem de souvenir. “Como eu gosto muito de futebol, pensei em fazer algo que remetesse ao Maracanã”, disse.
Nahilton fabrica chapéu dobrável (Foto: Divulgação)
O empreendedor Nahilton Madruga, de 37 anos, de Fortaleza, abriu há dois anos uma importadora e, numa viagem à China, conheceu um modelo de chapéu dobrável. Pensando nos eventos esportivos no Brasil, comprou algumas amostras e conseguiu fabricar o produto em sua empresa, com mão de obra local, afirma.
“Ele é um souvenir. Um chapéu tipo 'cowboy' que pode ser guardado em uma pequena bolsa que acompanha o produto. O usuário pode guardar o chapéu no bolso quando não for mais usar." Ele criou um design com as cores da bandeira e o nome Brasil.
"Chegamos a vender cerca de 12 mil unidades durante a Copa das Confederações”, diz, explicando, contudo, que a quantidade ficou abaixo do que esperava.
“Para este ano, a expectativa de venda dos lojistas para a Copa do Mundo está um pouco melhor e esperamos tirar proveito. O produto custa a partir de R$ 7, mas o custo pode ser reduzido de acordo com a quantidade", revela.
Mesa em formato de bandeira (Foto: Divulgação)
No Rio de Janeiro, a arquiteta Maria Helena Torres, de 53 anos, criou uma mesa de madeira que, junto com as cadeiras, forma o desenho da bandeira do Brasil.
Ela não fez o móvel pensando na Copa, mas percebeu que a proposta se encaixa com o tema do mundial. O item está no catálogo de amostra do Sebrae-RJ de produtos para o evento. O preço gira em torno de R$ 2,5 mil.
“É um conjunto formado por uma mesa central e quatro módulos que se encaixam. O conjunto é produzido em MDF revestido de folheado madeirado marfim representando o amarelo e fórmicas verde e azul”, explica.
Há chinelos de vários países (Foto: Divulgação)
A empresária Rosangela Golmia fabrica chinelos desde 2010 em São Paulo e resolveu investir em pares com cores e bandeira do Brasil e de outros países que jogarão no campeonato. Os pares custam de R$ 6,90 a R$ 8,99.
Ela criou a Só Chinelos em 2010. Conta que viu a festa de casamento de uma celebridade na TV em que foram distribuídos chinelos personalizados aos convidados. “Achei interessante a ideia de descer do salto”, revela.
Hoje a empresa produz 30 mil pares ao mês. Há encomendas para festas e eventos, empresas (que dão os chinelos como brinde), comércios e distribuidores. “Com a Copa, tivemos um aumento de 20%.”
Cerâmicas inspiradas no Brasil (Foto: Divulgação)
A artesã Beth França, de 45 anos, criou uma empresa de peças de cerâmica, a Barro Chic, em 2012, em Salvador. Em dezembro de 2013, ela teve a ideia de personalizá-las com cores da Copa e desde então aumentou a produção em 100%.
Entre os principais produtos estão flores decorativas de barro, frutas e vasinhos aromatizadores – tudo feito manualmente.
“Eu tenho uma linha chamada verde e amarelo, só trabalhando frutas em verde e amarelo, e as flores ênfase em azul”, diz. Há produtos de R$ 5 a R$ 10.
Anneliese vende itens do Brasil (Foto: Divulgação)
Em São Paulo, Anneliese Lukine, de 48 anos, dona da Sampa In Stampa (que vende produtos com temas da capital paulista), ampliou no leque de mercadorias com o tema do Brasil.
Ela explica que de 20% a 30% dos produtos oferecidos já eram itens sobre o Brasil, mas agora eles são 50%. Com a temática há, por exemplo, camisetas a partir de R$ 38, chaveiros a partir de R$ 5 e bonés a partir de R$ 19,90.
“Estamos bastante otimistas, pois já sentimos o movimento crescer. Com o cenário atual esperamos aumentar as vendas em 40%”, diz.
Sócios vendem itens do Brasil (Foto: Divulgação)
Também na capital paulista, os empresários Eduardo Sani, de 31 anos, e Vinícius Prado, de 26, criaram um site para a venda de produtos para o torcedor brasileiro (como vuvuzelas – corneta que ficou famosa durante a Copa de 2010 –, camisetas e perucas), chamado Vuvuzelas do Brasil.
“A ideia surgiu de um dado do próprio Google. Vi que os usuários ainda buscavam pela palavra 'vuvuzela'. Não tinha em mente criar um e-commerce, mas vendo o potencial e a oportunidade que tinha com a Copa resolvi arriscar”, diz Sani.
O site está no ar desde março de 2013 e ele diz que o produto mais vendido é justamente a vuvuzela, que sai por R$ 6,99. “Talvez pelo nome do site tenhamos atraídos mais clientes interessados em vuvuzelas.” A expectativa é vender 50 mil vuvuzelas durante o período da Copa.
Artista Miriam Merci cria quadros (Foto: Divulgação)
A artista plástica Míriam Mercia da Silva Andrade, de 53 anos, de Fortaleza, criou bandeiras estilizadas e personalizadas com o tema do Brasil quando o país foi escolhido para sediar a Copa deste ano.
“Já foram vendidas mais de 1 mil bandeiras em pinturas originas, reproduções em telas, canecas personalizadas e camisetas personalizadas com as minhas pinturas. No Brasil e no exterior”, revela. Os itens custam de R$ 10 a R$ 500.
Thiago vende sanduíches (Foto: Arquivo Pessoal)
O empresário Thiago Cardoso Collares Moreira, de 27 anos, do Maranhão, da fabricante de lanches naturais SM Sanduiches, vai vender o produto a hotéis e aeroportos. “Nossa franquia em Fortaleza tem atuado desde a Copa das Confederações, onde fornecemos para seleções europeias que fizeram jogos na cidade.
Para os jogos da Copa do Mundo, vamos abastecer toda a rede hoteleira [do Maranhão e Ceará] e diversos estabelecimentos da região, além de aeroportos e empresas que trabalharão diretamente no estádio e entornos”, afirmou.
De acordo com ele, as vendas aumentaram 45% em maio e é esperado crescimento de até 80% na Copa. Os sanduíches chegam ao consumidor a uma média de R$ 5. Também há saladas, por R$ 15.
Cosméticos são feitos com mel (Foto: Divulgação)
O empresário Mauro carvalho de Oliveira, de 46 anos, da Realgem’s Amenities, em Curitiba, vai vender cosméticos para hotéis (que são chamados de amenities) com extrato de mel produzido por agricultores gaúchos.
Os produtos foram desenvolvidos em um projeto em parceria com órgãos do governo. “Desde o início nosso objetivo era justamente criar uma linha que pudesse ser vendida com apelos para a Copa. Mas é importante destacar que essa linha estará também disponível para os jogos olímpicos e até 2020. Não é exclusiva para a Copa”, explica Oliveira.
Os produtos começaram a ser vendidos em abril deste ano para uma grande rede hoteleira que vai oferecer os cosméticos aos hóspedes. A linha é formada por sabonetes, shampoo, condicionador, sabonete líquido/banho de espuma e loção hidratante.
Marcos venderá o 'cajón' (Foto: Divulgação)
‘Cajóns’
De Rondônia, Marcos Brandão de Oliveira, de 40 anos, fabrica um instrumento musical chamado ‘cajón’ (instrumento afro-peruano de madeira) e vai vendê-lo em Manaus em exposição com peças brasileiras durante o período da Copa.
Ele diz que conheceu o instrumento em 2010 e se apaixonou. “Foi amor à primeira vista.” Tentou encontrar para comprar, mas encontrou um projeto na internet para fabricá-lo sozinho. “Fiz o meu e os amigos gostaram, então, não parei mais.”
Ele participou de um projeto do Sebrae voltado para produção de artigos de artesanato para a Copa e teve três instrumentos selecionados: Cajón Bongô (toca-se entre as pernas e de um lado do tampo há o som de um Cajón, como som de esteirinha e bumbo, e no outro lado há dois tons de bongô, grave e agudo), Tambor e o Bongô (tocado entre as pernas ou num pedestal). Os preço variam de R$ 200 a R$ 750.
Rua Décio Monte Alegre, 20
Bairro Santa Cruz -Valente - Bahia - Brasil.
Funcionamento:
das 05:00 às 00:30
das 05:00 às 00:30
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