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Internacional -
Rota vai da Etiópia ao Chile e reproduz as grandes migrações humanas.
Americano vai publicar histórias do percurso na 'National Geographic'.
Paul Salopek caminha no deserto da Etiópia (Foto: AP Photo/National Geographic Society, John Stanmeyer)
Um repórter da revista "National Geographic" está prestes a completar o primeiro de sete anos de uma viagem ao redor do globo, feita basicamente a pé. Paul Salopek, que tem 51 anos de idade, partiu da Etiópia em uma jornada que quer reproduzir a migração humana global.Ele vai percorrer a África, o Oriente Médio, a Ásia, o Alasca, os EUA, a América Central e a América do Sul, terminando seu roteiro no Chile.
Mapa mostra o roteiro que o repórter Paul Salopek
quer percorrer em sete anos
(Foto: AP Photo/National Geographic Society)
Neste primeiro ano, ele caminhou 2.100 km, começando o percurso em um vale da Etiópia onde viveu o homem primitivo. Entre outras experiências, passou dias em cima de camelos sem ver sinal de civilização moderna, comeu um hambúrguer em uma base militar americana e foi escoltado por guarda-costas no deserto da Arábia Saudita.quer percorrer em sete anos
(Foto: AP Photo/National Geographic Society)
Em Djibouti, ele teve que esperar quase seis semanas para pegar um barco que o levou ao Mar Vermelho e à Arábia Saudita, devido a questões de segurança relacionadas a ataques de piratas.
Suas anotações completaram 40 cadernos. Agora faltam "apenas" 32 mil km para percorrer. Seu segundo ano inclui passagens pelo Iraque e pelo Afeganistão.
Muito da África, diz o repórter, ainda é dominado por humanos que viajam a pé.
"Ao andar pela África, um lugar que ainda caminha, fiquei impressionado de ver como o resto do mundo está viciado em seus carros", afirmou por telefone à Associated Press.
Família
Salopek caminha no deserto da Etiópia (Foto: AP Photo/National Geographic Society, John Stanmeyer)
A caminhada de Salopek é financiada pela revista "National Geographic" e pelas instituições Knight Foundation e Pulitzer Center for Crisis Reporting. O americano, que já ganhou o prêmio Pulitzer duas vezes, planeja escrever um grande artigo por ano. O primeiro deles vai ser publicado na edição de dezembro da "National Geographic".
Salopek não sente muita falta do mundo ocidental e só se incomoda com o acesso limitado à internet. Ele também tem saudade da família, mas sua mulher vai se juntar a ele na Jordânia, onde está no momento.
Ele diz que está cumprindo o cronograma para terminar a viagem em sete anos. Até agora sofreu poucas dores físicas ou doenças, fora duas bolhas.
"Tem sido muito divertido e interessante, e não acho que vou ficar entediado ou me cansar disso. Pelo contrário, andar a pé em um país novo, com roupas nas costas e uma mochila cheia de cadernos, tem sido realmente fascinante", disse.
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