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INTERNACIONAL -
Número de desempregados no mundo deve crescer até 2017, diz OIT.
Nos
países europeus, cerca de 12,7% dos jovens não trabalha nem estuda.
DESEMPREGO (em %) | ||
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Região | 2012 | 2017* |
Mundo | 5,9 | 6 |
Economias desenvolvidas e UE | 8,6 | 8 |
Europa Central e sudeste europeu | 8,2 | 7,9 |
Ásia oriental | 4,4 | 4,7 |
Sudeste asiático e Pacífico | 4,4 | 4,5 |
Sul da Ásia | 3,8 | 4 |
América Latina e Caribe | 6,6 | 6,8 |
Oriente Médio | 11,1 | 11,1 |
Norte da África | 10,3 | 9,9 |
África subsaariana | 7,5 | 7,4 |
Fonte: OIT |
Em todo o mundo, há 197 milhões de pessoas desocupadas, uma alta de 4 milhões em relação a 2011, levando a taxa de desemprego a 5,9%. A estimativa é que esse percentual chegue a 6% em 2014, e se mantenha no mesmo nível pelos próximos cinco anos.
A OIT aponta que situação é mais preocupante entre os jovens. Na faixa etária de 15 a 24 anos, o desemprego chega a 12,6% – e deve seguir crescendo até 2017. Em países como Grécia e Espanha, esse percentual ultrapassa os 50%. Na zona do euro, está situado em 22%. Do total de desempregados no mundo, 73,8 milhões são jovens.
Segundo a OIT, é provável que a desaceleração da economia mundial “empurre” outro meio milhão de jovens para o desemprego em 2014 em todo o mundo. A taxa de desemprego dessa faixa etária deve chegar a 12,9% em 2017.
“Desperta particular preocupação o fato de que cada vez mais jovens ficam desempregados por longo tempo. Cerca de 35% dos jovens desempregados nas economias avançadas ficaram sem emprego durante seis meses ou mais. Como consequência, um número crescente deles perde a motivação e se retira do mercado laboral”, afirma o relatório “Tendências Mundiais de Emprego”.
Como consequência, um número cada vez maior de jovens perdeu a motivação e abandonou o mercado de trabalho. O problema é especialmente grave nos países europeus, onde cerca de 12,7% dos jovens não trabalha nem estuda. Na Espanha e na Grécia, esse percentual é de cerca de 18%.
“Ter a experiência de períodos de desemprego tão longos ou abandonar o mercado de trabalho no começo da carreira profissional prejudica as perspectivas a longo prazo. Contribui para a erosão da qualificação profissional e social e impede que os jovens acumulem experiência laboral”, destaca a OIT.
Taxa geral
Apesar da perspectiva de estabilidade na taxa, o número de desempregados no mundo deve seguir crescendo. Em 2013, outras 5,1 milhões de pessoas devem engrossar o desemprego; no ano seguinte, serão mais 3 milhões. Em 2017, o número de desempregados no mundo deverá superar os 210 milhões.
Um quarto do aumento visto no número de desempregados em 2012 foi registrado nas economias desenvolvidas, enquanto o resto se deveu “ao efeito secundário que isto teve sobre outras regiões, especialmente a Ásia Orientar, Ásia Meridional e África Subsaariana”.
“A incerteza em torno das perspectivas econômicas e as políticas inadequadas que foram implementadas para lidar com isso, debilitaram a demanda agregada, freando os investimentos e as contratações”, declarou, em nota, o diretor geral da OIT, Guy Ryder. “Isto prolongou a crise do mercado laboral em vários países, reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do desemprego ainda em alguns países que antes tinham taxas de desemprego baixas e mercados de trabalho dinâmicos”.
A esperada recuperação da economia no médio prazo, segundo o estudo, não será suficientemente forte para reduzir o desemprego com rapidez.
Pobreza
Apesar da deterioração das taxas de desemprego, o percentual de trabalhadores considerados pobres continua diminuindo, ainda que em ritmo mais lento que o verificado antes da crise, iniciada em 2007. A OIT estima que, em 2010, 397 milhões de trabalhadores viviam em situação de pobreza extrema (menos de US$ 1,25 por dia) – uma queda de 281 milhões em dez anos –, enquanto outros 472 milhões não podem satisfazer suas necessidades básicas com regularidade (renda entre US$ 1,25 e US$ 2 por dia).
“Ao todo, um terço da força de trabalho do mundo desenvolvido vivia na pobreza em 2011, uma forte queda em relação aos 53,7% verificados em 2001 e 66,7% em 1991”, diz o relatório.
Regiões
Por regiões, a maior taxa de desemprego foi verificada no Oriente Médio, onde vem crescendo depois de uma queda durante a maior parte dos anos 2000. Em 2012, superou os 10%, enquanto o desemprego juvenil se situava acima de 26%.
Nas economias desenvolvidas, o desemprego ficou em 8,6% no ano passado, e estima-se que chegará a 8,7% em 2014, antes de começar a retroceder. Nessas regiões, quase 34% dos que buscam trabalho estavam desempregados por 12 meses ou mais.
Na Europa Central (fora da UE) e Comunidade dos Estados Independentes, o desemprego, que atingiu seu ponto mais alto de mais de 10% em 2009, diminuiu até 8,2% em 2012, e se espera que caia um pouco em 2017.
Segundo a OIT, a região de América Latina e Caribe se recuperou mais rapidamente da crise do que outras, e as condições do mercado de trabalho continuam melhorando. O desemprego ficou em 6,6% na região em 2012, próximo aos 6,5% registrados em 2011 e baixo se comparado com 2009 (7,8%). O emprego informal, ainda que permaneça significativo, continuou diminuindo.
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