Em busca de apoio
*.-\0/-\O/-.* PARIS - Em uma decisão que pode estimular os esforços pelo reconhecimento do Estado palestino como membro pleno da ONU, a Unesco decidirá nesta segunda-feira se concede ou não este status aos palestinos no organismo. A agência cultural das Nações Unidas foi a primeira da organização a receber um pedido de integração dos palestinos desde que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, apresentou à Assembleia Geral em setembro um pedido para se tornar membro pleno da ONU.
Chanceler palestino confiante
Reconhecimento ameaçaria ajuda dos EUA
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Unesco vota nesta segunda concessão de status de membro pleno para palestinos
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Publicada em 31/10/2011 às 08h56m
O GloboCom agências internacionaisOs Estados Unidos já disseram que vetariam a reivindicação palestina na ONU e também são os principais opositores, com Israel, aos pedidos de que os palestinos sejam membros plenos da Unesco e de outros organismos das Nações Unidas.
Mas os palestinos poderão integrar a Unesco se conseguirem apoio de dois terços dos 193 membros, independentemente do status dentro da ONU, onde atualmente eles são classificados como "entidade observadora".
O ministro de Relações Exteriores da ANP, Riyad al-Malki, disse no domingo que esperava obter o apoio necessário. A Unesco informou que a votação na conferência geral em Paris deve acontecer no meio do dia, mas que levaria algum tempo.
Quarenta representantes do conselho de 58 membros votaram a favor de colocar a questão em votação no início do mês, com quatro deles - EUA, Alemanha, Romênia e Letônia - votando contra e 14 se abstendo.
Uma admissão será vista pelos palestinos como uma vitória moral na tentativa de obter a condição de membro pleno da ONU, mas teria um custo para a Unesco.
Nos EUA, a admissão dos palestinos como membro pleno da Unesco levaria a um corte no financiamento proveniente do país, cuja contribuição representa 22% da verba total da agência.
O governo americano se opõe ao pedido palestino de uma cadeira na ONU sob o argumento de que isso não ajudaria nos esforços de reviver as negociações de paz com Israel, que sofreram colapso no ano passado.
Já Israel afirma que o pedido palestino seria uma politização da agência e que minaria a capacidade de cumprir seu mandato.
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