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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Brasil foi responsável por 40% de perda de florestas nativas no mundo em 2021, diz relatório

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Monitoramento do Global Forest Watch mostra que país foi líder na perda de florestas tropicais no último ano. Dados foram publicados nesta quinta-feira (28).
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Por g1

Postado em 28 de abril de 2022 às 11h15m

Post.- N.\ 10.303

Brasil é responsável por quase metade da destruição das florestas tropicais no mundo, diz estudoBrasil é responsável por quase metade da destruição das florestas tropicais no mundo, diz estudo

Em 2021, mais de 40% da perda de floresta nativas ocorreu no Brasil, segundo dados do Global Forest Watch, plataforma de monitoramento de florestas desenvolvida pela Universidade de Maryland. Os dados foram publicados nesta quinta-feira (28).

O país perdeu cerca de 1,5 milhão de hectares nas chamadas de florestas tropicais primárias. A maior perda foi na região Norte. As florestas primárias, ou virgens, são aquelas que se encontram em seu estado original — não afetadas, ou afetadas o mínimo possível, pela ação humana. Por serem mais antigas, elas têm mais diversidade de espécies, armazenam mais carbono e são consideradas essenciais no combate à mudança climática.

Esse mapeamento é feito há duas décadas a partir de análises de imagens de satélite. Os dados apontam que o Brasil vem destruindo áreas gigantes de floresta, com taxa acima de 1 milhão de hectares, desde 2016.

"A taxa de perda de florestas primárias no Brasil tem sido persistentemente alta nos últimos anos. A perda relacionada a incêndios flutuou dependendo do nível de incêndios florestais fora de controle, mais recentemente com um pico em 2020 na Amazônia e no Pantanal", diz o relatório.

O relatório também alerta que a Floresta Amazônica está perdendo a resistência. A vegetação está mais seca e demora mais para se recuperar, e mais da metade da floresta corre o risco de virar savana em questão de décadas, com reflexos na biodiversidade e no clima.

"A perda de floresta primária no Brasil é especialmente preocupante, dada a nova evidência de que a Floresta Amazônica está perdendo resistência e pode estar mais perto de um ponto de inflexão do que se pensava anteriormente, onde as interações entre desmatamento, mudanças climáticas e incêndios levam à transformação irreversível de grandes áreas da Amazônia para uma savana", completa o estudo.

Esse processo não acontece só no Brasil. Em todo o mundo, foram 3,75 milhões de hectares que foram perdidos por conta da ação do homem. Em segundo lugar na lista dos maiores desmatadores está a República Democrática do Congo. Em seguida estão Bolívia, Indonésia e Peru.

Brasil é o país que mais perdeu florestas tropicais no mundoBrasil é o país que mais perdeu florestas tropicais no mundo

Desmatamento em 2022

Janeiro e fevereiro de 2022 acumularam recordes de desmatamento no Brasil. Segundo especialistas, os números são alarmantes porque é justamente nesta época do ano que a Amazônia costuma sofrer um pouco menos com a ação de tratores e de motosserras.

Normalmente, o período entre dezembro, janeiro, fevereiro e março acumula taxas menores de desmate já que estão dentro da estação chuvosa da maioria dos estados do bioma. No entanto, as taxas atuais se comparam aos registros da estação seca em anos onde houve maior ação contra os crimes ambientais.

Veja os números dos recordes em destaques:

  • Em janeiro foram 430,44 km² de área sob alerta de desmatamento, de acordo com o sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A média para janeiro no período entre 2016 e 2021 é de 162 km²; a taxa atual foi 165% maior;
  • Em fevereiro foram 199 km² de áreas sob alerta de desmate, segundo o Inpe ; a média entre 2016 e 2021 é de 135 km²: o número registrado neste ano é 47% maior;
  • Monitoramento independente feito com outra metodologia pelo Imazon, divulgado na sexta-feira (19), aponta 70% de alta no desmatamento no mês passado; foi o pior fevereiro em 15 anos.
Desmatamento no Acre em 2021 foi o pior em dez anos — Foto: Arquivo/SOS Amazônia
Desmatamento no Acre em 2021 foi o pior em dez anos — Foto: Arquivo/SOS Amazônia

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