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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Produção de tablet no Brasil começa em agosto; maior demanda reduzirá preço de banda larga, diz ministro

 

DIGITAL  & MÍDIA




Mônica Tavares

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, fala durante entrevista coletiva em julho / Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo


[]*#''#*[] BRASÍLIA - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que nove empresas já se cadastraram junto ao ministério da Ciência e Tecnologia para produzir tablets no Brasil . A informação foi dada durante o "Bom dia, ministro", programa de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quinta-feira. Segundo ele, algumas devem começar a fabricar o produto já em agosto aqui no país, o que deverá provocar um salto grande no consumo e baratear o preço dos dispositivos. A concorrência também será posítiva para a banda larga, diz o ministro. Com maior quantidade de aparelhos e mais demanda por internet, a concorrência poderá reduzir os preços até 2014 , para um valor abaixo de R$ 35.

Paulo Bernardo lembrou que uma medida adotada pelo governo vai diminuir os impostos cobrados dos tablets, tendo como resultado uma edução de 36% no preço.

- Tem uma concorrência acirrada entre elas (fabricantes). E o equipamento, bastante ambicionado pelas pessoas, com certeza vai ter vendas compatíveis. A população está com poder aquisitivo bom e, com perdão da palavra, vai "bombar" no fim do ano a venda de tablets. Com certeza isso vai ajudar a baratear o preço - afirmou.

Paulo Bernardo acredita também que, a partir de 2014 ou o preço da banda larga popular poderá ser menor, ou as empresas poderão estar oferecendo velocidade maior do que o 1 Megabit por segundo (Mbps) ao preço de R$ 35. A internet tem um aspecto econômico: para cada 10% a mais da população com acesso ao serviço significa um crescimento de 1,4% do PIB.

" A população está com poder aquisitivo bom e, com perdão da palavra, vai bombar no fim do ano a venda de tablets "


O ministro disse que somente 27% dos domicílios contam atualmente com internet no país e a proposta é chegar a 70%. Porém, ele descartou que a banda larga chegue a ser um serviço gratuito, uma vez que "isto não vai ser uma regra, porque nem a água é, as pessoas pagam uma taxa".

Paulo Bernardo lembrou ainda que ficou acertado que o reajuste será anual pelo mesmo índice usado para a telefonia fixa.
Empresas começam banda larga popular em 90 dias
As empresas começarão a ofertar o serviço de banda larga em no máximo 90 dias a partir da data da assinatura do termo de compromisso, que foi 30 de junho. Além disso, contou, a Telebrás já está vendendo o produto no atacado para algumas regiões de Brasília.

- Precisamos avançar na banda larga no Norte e no Nordeste - admitiu o ministro.

O ministro destacou ainda a necessidade de investir em redes de fibra ótica para acompanhar o crescimento da banda larga no país. Ele estima que serão necessários cerca de R$ 7 bilhões. Estes deverão ser feitos em conjunto pela Telebrás e Eletrobrás usando uma parte da rede já existente da empresa de energia.

Para isso foi criado um grupo de trabalho em conjunto com o ministro de Minas e Energia , Edison Lobão, para definir como será usada toda essa rede. Paulo Bernardo também falou que pretende construir dois cabos submarinos: um ligando o país à América do Norte e outro à Europa.

- No total, nos dois trabalhos serão necessários R$ 10 bilhões - estima.

O objetivo do governo, disse o ministro, é que o Plano Nacional de Banda Larga e a rádio digital também tenham a preocupação de veicular conteúdo nacional, a exemplo do que foi feito com a TV digital.

Também haverá exigências de conteúdo nacional na licitação de 450 megahertz para a telefonia e internet rural.

- Vamos fazer um regime especial de tributação para a rede de telecomunicações, tirar uma parte dos tributos que são cobrados e baratear a construção de redes - disse.
Solução para banda larga rural é distinta da adotada em área urbana
Para atender a área rural com banda larga será necessário realizar uma licitação , diz Paulo Bernardo. Moram na zona rural 15% da população brasileira. O ministro disse que será oferecida a internet em massa nas cidades, mas para a área rural será necessária outra solução.

- Para a área rural vamos preparar uma licitação de um canal para a telefonia e internet - disse .

A licitação da faixa de frequência de 450 megahertz (MHz) pela Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel) terá que ser feita até 30 de abril do próximo ano. A determinação consta no decreto presidencial que aprovou o Plano Geral de Metas para Universalização (PGMU 3).

- Existem muitos relatos da precariedade dos serviços de telecomunicações na região Norte - completou Paulo Bernardo.

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