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Coleta ocorreu nas regiões de Surucucu, Xitei, Homoxi, Cabeceira do Rio Catrimani e Paapiu. Objetivo também é identificar contaminação por mercúrio na região onde os indígenas vivem.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por g1 RR — Boa Vista
Postado em 11 de setembro de 2023 às 07h10m
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Operação DNA do Ouro ocorreu em cinco regiões da Terra Yanomami. — Foto: Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte/Divulgação
A Polícia Federal coletou amostras de ouro extraído da Terra Indígena Yanomami para identificar características determinantes de que o minério foi retirado ilegalmente da região. A ação, denominada “DNA do Ouro”, ocorreu entre os dias 4 a 6 deste mês de setembro.
A coleta do material ocorreu nas regiões de Surucucu, Xitei, Homoxi, Cabeceira do Rio Catrimani e Paapiu. O transporte dos policiais federais foi realizado pelas Forças Armadas, em duas aeronaves.
A análise do ouro ocorre com a combinação de morfologia, mineralogia, composição química e isotópica, que permitem a construção de parâmetros objetivos na rastreabilidade. O trabalho permite detectar a região de onde o metal foi retirado, identificando se ele é legalizado ou não.
De acordo com as Forças Armadas, o objetivo da ação também é verificar a possível contaminação por mercúrio, metal usado por garimpeiros durante a exploração de ouro, na região onde os indígenas vivem.
Altamente tóxico, o mercúrio é o único metal líquido em temperatura ambiente que se une facilmente ao ouro, formando uma liga metálica. Esse material, então, é aquecido, o mercúrio se evapora e o ouro se funde sozinho. O excesso restante desse processo é lançado diretamente nos rios, causando poluição ambiental e impactando na saúde dos indígenas.
Coleta de amostras de ouro extraído ilegalmente da Terra Yanomami é
feita pela Polícia Federal. — Foto: Comando Conjunto Ágata Fronteira
Norte/Divulgação
Segundo o chefe do Setor de Perícias em Geologia da PF, Erich Adam Moreira Lima, com o apoio das Forças, a intenção é seja possível estabelecer um catálogo do ouro existente no solo de distintas regiões do Brasil.
"Nesse sentido, todas as informações coletadas serão inseridas no Banco Nacional de Perfis Auríferos - BANPA. Esse cadastro permitirá que as investigações sejam mais ágeis e eficazes, por conseguirem identificar, mais rapidamente, se o ouro foi retirado de garimpos ilegais”, explicou Erich.
A ação foi realizada no contexto da Operação Ágata Fronteira Norte, uma operação interagências coordenada entre Órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas.
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