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Em valores correntes, PIB chegou a R$ 1,408 trilhão.
Na comparação com o mesmo período de 2014, a baixa foi de 1,6%.
A economia brasileira registrou queda de 0,2% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao três últimos meses de 2014, puxada pelo desempenho negativo do setor de serviços e da indústria, bem como do recuo do consumo das famílias e dos investimentos. Neste início de ano, o que evitou um tombo ainda maior do PIB foi a agropecuária.
Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no período chegou a R$ 1,408 trilhão.
Frente aos três primeiros meses do ano passado, a queda foi ainda maior, de 1,6%, com destaque para a diminuição do consumo das famílias, a primeira desde o terceiro trimestre de 2003.
Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29).
O resultado negativo foi puxado pela queda de 0,7% no setor de serviços, que representa mais de 60% do PIB brasileiro Seguindo o mesmo comportamento, a indústria também recuou em relação ao três últimos meses de 2014, mas em um ritmo menor, de 0,3%. Na agropecuária, a alta foi de 4,7%, segundo o IBGE.
“Na parte negativa [pela ótica da produção], está a produção e distribuição de eletricidade, gás e água, já que estamos tendo redução no consumo de água e, além disso, estamos, desde o segundo trimestre do ano passado, usando muito mais as térmicas do que vínhamos usando antes, e isso afeta negativamente também”, disse Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
O consumo das famílias, também usado no cálculo do PIB, caiu 1,5% - a maior retração desde o último trimestre de 2008, quando a baixa foi de 2,1%. Os investimentos e os gastos do governo mostraram queda de 1,3% (ambos).
No setor externo, os resultados foram positivos. Enquanto as importações 1,2%, as exportações tiveram expansão de 5,7%.
Retrato de 2014
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a baixa foi maior, de 1,6%. A maioria dos setores teve resultados mais negativos do que os vistos na comparação com o quarto trimestre de 2014.
Enquanto os serviços recuaram 1,2%, puxados pela forte queda no comércio, a indústria encolheu 3%, influenciada pela diminuição da produção de veículos no país. Apenas a agropecuária registrou resultado positivo, de 4%, com avanço de culturas como de soja e arroz.
Por outra ótica de análise do desempenho da economia, chamada de demanda interna, o destaque ficou com o consumo das famílias, que, ao recuar 0,9%, registrou a primeira queda desde o terceiro trimestre de 2003 nessa base de comparação.
O desempenho é explicado pela "evolução negativa dos indicadores de inflação, crédito, emprego e renda ao longo dos três primeiros meses do ano".
Os investimentos também recuaram nessa base de comparação, chegando perto de uma queda de 8%, "principalmente pela queda das importações e da produção interna de bens de capital e, ainda, pelo desempenho negativo da construção civil". Na mesma esteira negativa, a despesa de consumo do governo caiu 1,5%.
Expectativas negativas
A expectativa do mercado era de que o PIB viria negativo. A previsão do IBC-Br, que pretende ser uma “prévia” do PIB, era de que a economia teria recuado 0,81% nesses três primeiros meses, com chance de o país entrar em recessão.
O próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy, havia afirmado no início do ano que o país poderia enfrentar um trimestre de contração na economia, em razão do período de ajuste fiscal adotado por sua equipe econômica.
Para todo o ano de 2015, a previsão mais recente dos economistas do mercado financeiro é de uma queda de 1,24% no PIB. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
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Frente aos três primeiros meses do ano passado, a queda foi ainda maior, de 1,6%, com destaque para a diminuição do consumo das famílias, a primeira desde o terceiro trimestre de 2003.
Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29).
O resultado negativo foi puxado pela queda de 0,7% no setor de serviços, que representa mais de 60% do PIB brasileiro Seguindo o mesmo comportamento, a indústria também recuou em relação ao três últimos meses de 2014, mas em um ritmo menor, de 0,3%. Na agropecuária, a alta foi de 4,7%, segundo o IBGE.
“Na parte negativa [pela ótica da produção], está a produção e distribuição de eletricidade, gás e água, já que estamos tendo redução no consumo de água e, além disso, estamos, desde o segundo trimestre do ano passado, usando muito mais as térmicas do que vínhamos usando antes, e isso afeta negativamente também”, disse Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
O consumo das famílias, também usado no cálculo do PIB, caiu 1,5% - a maior retração desde o último trimestre de 2008, quando a baixa foi de 2,1%. Os investimentos e os gastos do governo mostraram queda de 1,3% (ambos).
No setor externo, os resultados foram positivos. Enquanto as importações 1,2%, as exportações tiveram expansão de 5,7%.
Retrato de 2014
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a baixa foi maior, de 1,6%. A maioria dos setores teve resultados mais negativos do que os vistos na comparação com o quarto trimestre de 2014.
Enquanto os serviços recuaram 1,2%, puxados pela forte queda no comércio, a indústria encolheu 3%, influenciada pela diminuição da produção de veículos no país. Apenas a agropecuária registrou resultado positivo, de 4%, com avanço de culturas como de soja e arroz.
Por outra ótica de análise do desempenho da economia, chamada de demanda interna, o destaque ficou com o consumo das famílias, que, ao recuar 0,9%, registrou a primeira queda desde o terceiro trimestre de 2003 nessa base de comparação.
O desempenho é explicado pela "evolução negativa dos indicadores de inflação, crédito, emprego e renda ao longo dos três primeiros meses do ano".
Os investimentos também recuaram nessa base de comparação, chegando perto de uma queda de 8%, "principalmente pela queda das importações e da produção interna de bens de capital e, ainda, pelo desempenho negativo da construção civil". Na mesma esteira negativa, a despesa de consumo do governo caiu 1,5%.
Expectativas negativas
A expectativa do mercado era de que o PIB viria negativo. A previsão do IBC-Br, que pretende ser uma “prévia” do PIB, era de que a economia teria recuado 0,81% nesses três primeiros meses, com chance de o país entrar em recessão.
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