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Moeda subiu 0,56%, para R$ 2,1782 na venda.
BC fez dois leilões de dólares para tentar conter a alta da
divisa.
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Dupla intervenção do Banco Central nesta terça-feira (18) não
foi suficiente para segurar a alta do dólar, que voltou a fechar em alta.
O dólar registrou alta de 0,56%, para R$ 2,1782 na venda. Veja a cotação.
O dólar registrou alta de 0,56%, para R$ 2,1782 na venda. Veja a cotação.
É a maior cotação de fechamento desde o dia 30 de abril de
2009, quando a moeda fechou em R$ 2,181.
Mais cedo, a moeda chegou a cair após intervenção do BC.
Antes, contudo, avançou 0,92%, a R$ 2,1861 na máxima do dia - o
maior nível intradia desde 29 de abril de 2009, quando a moeda bateu R$
2,1930.
A sessão foi volátil. O Banco Central se esforçou para tirar a
moeda do patamar de R$ 2,18 visto mais cedo e os investidores mostram-se
preocupados sobre possível redução do estímulo monetário nos Estados Unidos.
O BC fez dois leilões de swap cambial tradicional -
equivalentes a vendas de dólares no mercado futuro - e, diferentemente de
operações anteriores, vendeu grande parte da oferta com volume financeiro
equivalente a R$ 4,5 bilhões e evidenciando forte demanda do mercado por
divisas.
"O BC entendeu que o mercado queria comprar dólar e foi
injetando, e apesar dos US$ 4,5 bilhões que ele despejou, o cenário não é de
dólar para baixo", afirmou um operador de um grande banco nacional à Reuters.
"Temos um cenário de incertezas internas, dólar quase todo dia se valorizando
ante as moedas. Acaba que o BC vem remando contra a maré", emendou.
Na véspera, o BC também realizou um leilão de swap cambial
tradicional depois que o dólar atingiu R$ 2,1781 na máxima do dia. Mesmo assim,
a divisa encerrou em alta de 0,84% ante o real, a R$ 2,1661 na venda, maior
patamar de fechamento desde 30 de abril de 2009.
"Se a percepção no BC é de que os leilões vão resolver (a alta
do dólar), está errado", afirmou o economista-chefe do 4Cast Inc, em Washington,
Pedro Tuesta. "Lembre-se que o Brasil não só está enfrentando um problema de
fluxos lá fora, mas também um problema de confiança na política econômica",
emendou.
Para a equipe econômica do governo, os movimentos do dólar no
Brasil é normal neste momento, com os investidores do mundo todo de olho nos
próximos passos do Fed, segundo uma fonte próxima da área econômica, lembrando
que esse é um período de realocação dos ativos no mercado mundial.
Apreensão puxa dólar
Analistas alertavam, no entanto, que não apenas a apreensão com a reunião do Fed, mas também a desconfiança dos investidores com a economia brasileira impulsionavam a alta do dólar no Brasil.
Analistas alertavam, no entanto, que não apenas a apreensão com a reunião do Fed, mas também a desconfiança dos investidores com a economia brasileira impulsionavam a alta do dólar no Brasil.
"Há uma ansiedade em relação à reunião do Fed que começa hoje e
isso está levando o dólar a se valorizar frente à maioria das moedas lá fora, e
isso está puxando o dólar aqui também, em meio a preocupações com os fundamentos
da economia brasileira", afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB Luciano
Rostagno, à Reuters.
Os investidores seguem agora na expectativa do resultado da
reunião do Fed e das declarações de seu chairman, Ben Bernanke, na quarta-feira,
em busca de sinais sobre os rumos da política do banco.
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