Pep Guardiola chegou ao seu décimo título na carreira, o terceiro na Liga - dois como treinador e um como jogador (na temporada 1991/1992). O curioso é que o caneco na década de 90 foi levantado no mesmo estádio. Puyol, que iniciou a partida no banco de reservas, ainda entrou no fim e recebeu a braçadeira de capitão das mãos de Xavi. No entanto, numa demonstração de união, ele cedeu a honra de levantar o caneco para Abidal, lateral que venceu a luta contra um tumor no fígado e começou como titular.
Jogadores do Barcelona comemoram título da Liga. Francês Abidal levanta a taça (Foto: agência Reuters)
Usain Bolt participa da final da Liga (Foto: AFP)
Enquanto Manchester tenta diminuir espaços, Barça mantém posse de bola
Nos primeiros minutos, o United imprimiu uma forte marcação ao Barcelona, que não conseguia sair do campo de defesa para o ataque. O time catalão sentiu muita dificuldade para imprimir o ritmo de jogo que gosta, com toque e posse de bola. Messi era seguido de perto pelo sul-coreano Park, que levou vantagem sobre o rival nos primeiros lances.
O Manchester teve dois momentos de perigo em lançamentos longos. No primeiro, aos sete, Van der Sar bateu na bola no campo de defesa, e Rooney levou a melhor na corrida. Valdes se antecipou ao inglês e cortou no limite da grande área. Dois minutos depois, Chicharito quase aproveitou a indecisão de Piqué. O arqueiro salvou mais uma vez o Barcelona.
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Time catalão passa a pressionar os rivais na etapa inicial
O Barça acordou a partir dos dez minutos. O time passou a ter mais posse de bola, a tocar no meio-campo para encontrar espaços na defesa dos Diabos Vermelhos. E foi aí que surgiu a genialidade de Messi. O argentino lançou para Villa já dentro da área. O artilheiro da Copa do Mundo soltou a bomba, mas foi travado por Ferdinand.
O Barcelona seguiu com o domínio e teve uma chance clara de abrir o marcador aos 15. Após boa jogada de Messi e Dani Alves, Xavi recebeu pelo lado direito e cruzou para Pedro. O espanhol se antecipou aos zagueiros e deu um leve toque na bola, que passou à esquerda de Van der Sar, já batido.
Quatro minutos depois, David Villa recebeu na entrada da área e soltou a bomba. A bola passou rente à esquerda de Van der Sar, que saltou atrasado. O atacante espanhol teve mais uma chance no minuto seguinte, aos 20. O artilheiro recebeu dentro da área e bateu cruzado para outra defesa do arqueiro holandês.
Observado por Ferdinand e Valencia, Messi busca o passe para um companheiro (Foto: Reuters)
Tudo igual no primeiro tempo: Pedro 1 x 1 RooneyAos 24, observando o domínio do Barcelona, Alex Ferguson deixou o banco de reservas e foi para a beira do gramado orientar o seu time. Mas não adiantou. Dois minutos depois, o time catalão abriu o marcador. Xavi recebeu no meio-campo, esperou a entrada de Pedro no espaço deixado por Evra e colocou o atacante na cara de Van der Sar. O espanhol só teve o trabalho de tocar na saída do holandês: 1 a 0.
Parecia que o Barcelona teria mais tranquilidade para tocar a bola e chegar a um placar mais elevado. Porém, os Diabos Vermelhos chegaram ao empate logo em seguida. Aos 34, após roubada de bola, Carrick tocou para Rooney, que avançou com a bola e tocou para Giggs. Em impedimento, o galês devolveu para o camisa 10, que colocou à direita de Valdes. Festa do camisa 10, que comemorou com o conhecido carrinho no gramado: 1 a 1.
Após o gol, o Barça voltou a ter mais posse de bola. Aos 38, Iniesta soltou a bomba do meio-campo e Van der Sar defendeu no meio do gol. E ainda na etapa inicial, o time catalão teve mais uma oportunidade de abrir vantagem. E que oportunidade. Aos 43, Messi lançou para Villa pelo lado direito da grande área. Completamente livre, o espanhol cruzou para o hermano, que se jogou na bola, mas não conseguiu tocar para o fundo da rede.
Rooney comemora o gol de empate do Manchester United no duelo contra o Barcelona (Foto: Reuters)
Messi comemora o segundo gol do Barcelona na
vitória sobre o United (Foto: agência Reuters)
vitória sobre o United (Foto: agência Reuters)
Aos oito, sem ser incomodado, Messi recebeu na entrada da área, deu um tapa e soltou a bomba de canhota. Mal colocado, Van der Sar se atirou na bola, mas não conseguiu evitar o segundo gol do Barça. Na comemoração, vibração do hermano, chute no ar e muita festa na bandeirinha de escanteio.
O tento foi o primeiro de Lionel Messi na Inglaterra. Ele disputou 679 minutos na Terra da Rainha antes da balançar a rede em Wembley. Com o gol, chegou aos 12 na Liga dos Campeões e igualou Van Nistelrooy, que atingiu a mesma marca na temporada 2001-2002 defendendo o Manchester United.
O time catalão tocava a bola, assustava os rivais, e os Diabos Vermelhos tentavam o empate nos contra-ataques. Messi teve duas chances para sacramentar o triunfo. Aos 17, recebeu na entrada da área, girou em cima de Ferdinand e chutou para defesa de Van der Sar.
Aos 19, Daniel Alves recebeu um ótimo lançamento de Xavi nas costas de Evra. O brasileiro cruzou para o meio da área e Messi tentou marcar de letra. A zaga do Manchester afastou em cima da linha do gol. Quase o terceiro. O time catalão criava uma chance de gol atrás da outra. Os Diabos Vermelhos pareciam perdidos, e Ferguson não mexia no time.
Villa comemora o terceiro gol do triunfo do Barcelona sobre o Manchester United (Foto: agência Reuters)
No fim, Guardiola sacou Daniel Alves para entrada de Puyol. O capitão do time durante toda a temporada recebeu a faixa das mãos de Xavi para ter o privilégio de levantar mais um caneco para o Barcelona. Festa em Wembley, na Espanha e, principalmente, na Catalunha.
Torcida aplaude o Manchester, segundo colocado. Barça é ovacionado
Jogadores fazem a festa (Foto: Getty Images)
Após os jogadores do Barcelona receberem as medalhas, o capitão Puyol abriu mão de erguer o troféu pela terceira vez (ele foi o capitão nas conquistas de 2006 e 2009) e passou a braçadeira para o francês Abidal. O lateral-esquerdo viveu um drama durante a temporada ao ser submetido a uma cirurgia no fígado para a retirada de um tumor. Com a taça nas mãos, fogos em Wembley e festa dos jogadores do time culé.
Valdes, Daniel Alves (Puyol), Mascherano, Piqué e Abidal; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro (Affelay), Messi e Villa (Keita). | Van der Sar, Fábio (Nani), Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick (Scholes), Giggs, Park e Valencia; Chicharito e Rooney. |
Técnico: Pep Guardiola | Técnico: Alex Ferguson |
Gols: Pedro, aos 26 minutos, Rooney, aos 34 minutos do primeiro tempo; Messi, aos oito minutos, David Villa, aos 23 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos: Daniel Alves e Valdes (Barcelona); Carrick (Manchester United) | |
Árbitro: Viktor Kassai (HUN) Auxiliares: Gabor Eros (HUN) e György Ring (HUN). | |
Estádio: Wembley, em Londres (Inglaterra) Público pagante: 87.695 |
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