Cultura
*-/\-* "A revolução não será televisionada". O poema/música mais conhecido de Gil Scott-Heron consegue em uma síntese brilhante explicar as intenções e inteligência do artista que morreu nessa sexta-feira (27), por volta das 17h, aos 62 anos.
Lançado como single em 1971, The Revolution Will Not Be Televised era mais um trabalho político daquele que foi considerado mais tarde um dos grandes precursores do rap, o eixo musical do movimento hip hop. Falava de um crescente sentido de cidadania dos americanos que não chegaria às pessoas via publicidade ou grandes meios de comunicação. Como ele explicaria anos depois, "as coisas vão mudar dentro das pessoas e isso não é algo que possa ser capturado em vídeo".
Scott-Heron, que estava internado no hospital St Luke's-Roosevelt, em Nova York, e cuja causa da morte não foi divulgada, vai embora quatro décadas depois de ter se tornado um ícone da cultura negra americana, com músicas que eram, na verdade, poemas recitados, todos evocando uma postura política que criticava a sociedade do consumo, uma acusada ignorância da classe média e a homofobia. Ou, como diria o próprio poeta, "você pode ser tão bonito, quando você sabe quem você é."
O músico de Chicago gravou seu primeiro disco em 1970, Small Talk At 125th And Lenox , e um ano depois lançou seu trabalho mais conhecido, o disco Pieces of a Man. Ao longo dos anos 1970 teve uma carreira prolífica em músicas e poemas que, a cada lançamento, o faziam alvo de grupos mais conservadores nos Estados Unidos que o viam mais como ativista do que como músico. Quase todos os discos foram gravados em parceria com o pianista Brian Jackson.
Nos anos 1980, após gravar quatro álbuns, Scott-Heron passou um longo hiato sem entrar em estúdio após ter perdido contrato com sua gravadora. Ainda que tenha feito algumas turnês pelos Estados Unidos após meados desses anos 1980, o artista terminou se recolhendo durante os 90.
Sua vida pessoal se tornou mais complicada na década seguinte, quando foi preso duas vezes por porte de drogas ilícitas. Até que, no ano passado, ele voltou a gravar um disco inteiro com o trabalho I'm New Here, considerado pelo jornal inglês The Guardian como "um dos melhores álbuns da década". Pouco depois, foi divulgado que ele viria ao Brasil para participar da Mostra Sesc de Artes, em São Paulo, mas terminou cancelando a viagem graças a problemas de saúde.
Lançado como single em 1971, The Revolution Will Not Be Televised era mais um trabalho político daquele que foi considerado mais tarde um dos grandes precursores do rap, o eixo musical do movimento hip hop. Falava de um crescente sentido de cidadania dos americanos que não chegaria às pessoas via publicidade ou grandes meios de comunicação. Como ele explicaria anos depois, "as coisas vão mudar dentro das pessoas e isso não é algo que possa ser capturado em vídeo".
Scott-Heron, que estava internado no hospital St Luke's-Roosevelt, em Nova York, e cuja causa da morte não foi divulgada, vai embora quatro décadas depois de ter se tornado um ícone da cultura negra americana, com músicas que eram, na verdade, poemas recitados, todos evocando uma postura política que criticava a sociedade do consumo, uma acusada ignorância da classe média e a homofobia. Ou, como diria o próprio poeta, "você pode ser tão bonito, quando você sabe quem você é."
O músico de Chicago gravou seu primeiro disco em 1970, Small Talk At 125th And Lenox , e um ano depois lançou seu trabalho mais conhecido, o disco Pieces of a Man. Ao longo dos anos 1970 teve uma carreira prolífica em músicas e poemas que, a cada lançamento, o faziam alvo de grupos mais conservadores nos Estados Unidos que o viam mais como ativista do que como músico. Quase todos os discos foram gravados em parceria com o pianista Brian Jackson.
Nos anos 1980, após gravar quatro álbuns, Scott-Heron passou um longo hiato sem entrar em estúdio após ter perdido contrato com sua gravadora. Ainda que tenha feito algumas turnês pelos Estados Unidos após meados desses anos 1980, o artista terminou se recolhendo durante os 90.
Sua vida pessoal se tornou mais complicada na década seguinte, quando foi preso duas vezes por porte de drogas ilícitas. Até que, no ano passado, ele voltou a gravar um disco inteiro com o trabalho I'm New Here, considerado pelo jornal inglês The Guardian como "um dos melhores álbuns da década". Pouco depois, foi divulgado que ele viria ao Brasil para participar da Mostra Sesc de Artes, em São Paulo, mas terminou cancelando a viagem graças a problemas de saúde.
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