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Resultado indica retomada do nível de atividade após pior fase da pandemia do novo coronavírus, em março e abril deste ano. PIB oficial será divulgado em 3 de dezembro pelo IBGE. = =---____------- === ---- -----________::_____ _____= =..= = =..= =..= = =____ _____::________ --------- ==== -----------____---= =
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
13/11/2020 09h05 Atualizado há 3 horas
Postado em 13 de novembro de 2020 às 12h10m
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A economia brasileira voltou a crescer no terceiro trimestre deste ano e, com isso, saiu da chamada "recessão técnica". É o que indicam informações divulgadas nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central.
Segundo o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br)– indicador considerado com uma "prévia" do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – a economia registrou um crescimento de 9,47% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Dois trimestres seguidos de queda do nível de atividade (registrados neste ano) representam uma recessão técnica, que foi superada, segundo indicam os números prévios do BC.
O resultado oficial do PIB no terceiro trimestre deste ano, porém, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em 3 de dezembro.
Os resultados do IBC-Br, neste ano refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma retomada da economia, puxada, entre outros fatores, pelo auxílio emergencial.
Em análise recente, o BC informou que "programas governamentais de recomposição de renda têm permitido uma retomada relativamente forte do consumo de bens duráveis e do investimento".
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou na manhã desta sexta os dados do BC e afirmou: "É um fato que o Brasil está saindo da recessão".
"O Brasil está saindo da recessão, o Brasil está voltando com força, e a perda de empregos vai ser menor do que na última recessão. Na hora da maior pandemia, o Brasil está conseguindo atravessar essa onda com uma perda de empregos menor do que aconteceu com as auto impostas recessões do passado", disse.
Mês a mês e parcial do ano
De acordo com o IBC-Br, somente em setembro deste ano, a economia brasileira mostrou crescimento de 1,29% na comparação com agosto. O número foi calculado após ajuste sazonal. Esse foi o quinto mês seguido de crescimento do indicador, na comparação com o mês anterior.
Mesmo assim, os números do Banco Central também mostram que o nível de atividade ainda não voltou ao patamar de fevereiro, registrado antes da pandemia do novo coronavírus.
O vídeo abaixo mostra como o Brasil chegou ao tombo recorde do PIB registrado no segundo trimestre deste ano, de uma queda de 9,7% na comparação com os primeiros três meses de 2020.
O caminho da recessão: como o Brasil chegou à queda histórica do PIB
- Com o crescimento registrado em setembro, o IBC-Br atingiu 136,34 pontos, abaixo do patamar de fevereiro, ou seja, de antes da pandemia (139,80 pontos).
- No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o índice de atividade econômica registra queda de 4,93% – sem ajuste sazonal.
- Em 12 meses até setembro de 2020, houve queda de 3,32% – também sem ajuste sazonal.
- PIB x IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.
O cálculo dos dois é um pouco diferente. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica. O BC indicou, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), manutenção da taxa básica da economia nesse patamar nos próximos meses.
Expectativas
- Na semana passada, os economistas das instituições financeiras projetaram uma queda de 4,80% para o resultado do PIB e 2020. Para o BC, a retração será de 5% neste ano.
- Em setembro, o governo brasileiro manteve a expectativa de queda de 4,7% para o PIB de 2020. O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que a economia esteja retomando em "V", com forte alta após queda pronunciada, e estima um tombo menor, ao redor de 4% em 2020.
- O Banco Mundial prevê uma queda de 5,4% da economia neste ano e, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,8% em 2020.
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