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Ações da petroleira despencam mais de 12% após redução no preço do diesel.
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Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1
Petrobras anuncia redução de 10% no preço do diesel
Riscos de interferência política
Analistas cortaram a recomendação dos papéis da companhia, citando preocupação com aumento dos riscos de interferência política na estatal. Entre as casas que rebaixaram a avaliação dos papéis estão Credit Suisse, Morgan Stanley e Itaú BBA, segundo a agência Reuters.
Os ADRs, recibos de papéis da empresa que são negociados na Bolsa de Valores de Nova York, chegaram a cair 11,32% na véspera, para US$ 13,40, no chamado "after market" (período que sucede o horário regular do pregão), segundo o Valor Online, com os investidores temendo uma volta da ingerência política na empresa e um risco à gestão autônoma que vigora desde o início da presidência de Pedro Parente.
Para o professor do Instituto de Economia e membro do Grupo de Economia da Energia da UFRJ Edmar Almeida, a decisão da Petrobras de abaixar o preço do diesel e mantê-lo congelado por 15 dias sinaliza que ela perdeu a autonomia conquistada.
"A ideia da não interferência só é passada se não tiver interferência. E a gente viu que a greve levou o governo a intervir. Isso mina a confiança do mercado”, disse.
Para o especialista, o cenário aponta que a Petrobras terá dificuldade de brigar para manter a política de preços adotada no ano passado. “O mercado já viu que, se congelou o preço por 15 dias, significa que essa política já não vigora mais e que politicamente a empresa perdeu a batalha”.
Almeida acrescentou que o fato de o país estar às vésperas do período eleitoral dificulta ainda mais o quadro para a Petrobras. “Vendo a reação dos políticos de todos os motes ideológicos criticando a empresa por ter adotado um reajuste diário, vai ser muito difícil que ela continue a praticá-lo. A não ser que o preço do barril do petróleo comece a cair. Porque se o reajuste diário for para baixo, não vai ter problema. A reclamação é quando o reajuste é para cima”.
Segundo o professor, é indispensável para a saúde financeira da petroleira manter uma política de reajuste dos preços pareada com o mercado internacional.
O mercado assistiu entre 2010 e 2014 um congelamento de preços para evitar a inflação que levou a Petrobras a ter perdas acumuladas significativas. Na minha opinião, foi essa intervenção, que também aconteceu em outros governos passados, que quebrou a empresa. Se a Petrobras tivesse podido acompanhar o mercado internacional, ela não teria chegado à situação de crise que chegou”, acrescentou.
Analistas cortaram a recomendação dos papéis da companhia, citando preocupação com aumento dos riscos de interferência política na estatal. Entre as casas que rebaixaram a avaliação dos papéis estão Credit Suisse, Morgan Stanley e Itaú BBA, segundo a agência Reuters.
Os ADRs, recibos de papéis da empresa que são negociados na Bolsa de Valores de Nova York, chegaram a cair 11,32% na véspera, para US$ 13,40, no chamado "after market" (período que sucede o horário regular do pregão), segundo o Valor Online, com os investidores temendo uma volta da ingerência política na empresa e um risco à gestão autônoma que vigora desde o início da presidência de Pedro Parente.
Para o professor do Instituto de Economia e membro do Grupo de Economia da Energia da UFRJ Edmar Almeida, a decisão da Petrobras de abaixar o preço do diesel e mantê-lo congelado por 15 dias sinaliza que ela perdeu a autonomia conquistada.
"A ideia da não interferência só é passada se não tiver interferência. E a gente viu que a greve levou o governo a intervir. Isso mina a confiança do mercado”, disse.
Para o especialista, o cenário aponta que a Petrobras terá dificuldade de brigar para manter a política de preços adotada no ano passado. “O mercado já viu que, se congelou o preço por 15 dias, significa que essa política já não vigora mais e que politicamente a empresa perdeu a batalha”.
Almeida acrescentou que o fato de o país estar às vésperas do período eleitoral dificulta ainda mais o quadro para a Petrobras. “Vendo a reação dos políticos de todos os motes ideológicos criticando a empresa por ter adotado um reajuste diário, vai ser muito difícil que ela continue a praticá-lo. A não ser que o preço do barril do petróleo comece a cair. Porque se o reajuste diário for para baixo, não vai ter problema. A reclamação é quando o reajuste é para cima”.
Segundo o professor, é indispensável para a saúde financeira da petroleira manter uma política de reajuste dos preços pareada com o mercado internacional.
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