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Sem fabricantes, modelo estava em 34,5 milhões de casas em 2013.
Segundo dados da Pnad, 58% das casas possuíam só um televisor.
Funcionário monta TV de tubo na fábrica da Philips, na cidade francesa de Dreux, em 2005. (Foto: Eric Feferberg/AFP)
São 34,5 milhões de domicílios no Brasil apenas com TVs de tubo, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
NA TELINHA DA TV DE TUBO
Aparelhos antigos são maioria nas casas do Brasil
Fonte: Pnad (IBGE)
TV de tubo não é mais fabricada
Os dados mostram que mais da metade do total das casas brasileiras era equipada com um aparelho abandonado pela indústria.
Segundo a Eletros (associação dos fabricantes de eletroeletrônicos) não há produção do modelo no Brasil. Os itens restantes são os dos estoques das lojas.
Em 2013, as fábricas montaram 1.051 aparelhos. No ano seguinte, foram só 152.
"Eu acho que ainda é um número bastante elevado de televisores de tubo, e ainda é um número que até então a gente não tinha”, afirmou Pedro Araújo, Gerente de Projetos do departamento de banda larga do Ministério das Comunicações.
"A gente acha que, por conta do efeito da Copa do Mundo, as pessoas não compraram [TVs de tela fina] em 2013. Deixaram para 2014, esperando as promoções."
Uma TV
De acordo com a pesquisa, 63,3 milhões de domicílios no Brasil possuíam TVs em 2013, o que corresponde a 97,2% do total. 13,4 milhões de casas (21,2%) possuíam TVs de tubo e de tela fina e 15,4 milhões optavam apenas pela opção mais moderna.
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As TVs de tubo são maioria em todas as regiões. O que muda é a variação da vantagem de um lugar para outro: é maior no Nordeste (67,6%) e menor no Sudeste (46,7%).
De acordo com a pesquisa, considerando todas as tecnologias o Brasil possuía 103,3 milhões de televisores. São 63,7 milhões (61,4%) de TVs com tubo catódico.
De acordo com Jully Ponte, técnica de coordenação de rendimento do IBGE, o mapeamento é importante por dois motivos. “Primeiro que a TV de tubo é uma tecnologia que provavelmente tende a ser ultrapassada. É importante ver como está a evolução no sentido de ver que tipo de aparelho eles utilizaram”, explicou.
A outra razão, aponta, é a possibilidade de o Ministério das Comunicações analisar de que forma o desligamento do sinal analógico, em 2018, poderá impactar os brasileiros. A meta da pasta é levar o sinal para, no mínimo, 93% das residências que recebem programação de TV aberta com antenas analógicas.
"As televisões de tela fina, desde 2001, já comportam um conversor de sinal de TV digital dentro do aparelho. E as outras televisões, de tubo, não contam com isso, mas a pessoa pode ter o conversor em casa, adaptar e ter a transmissão digital de TV aberto", diz Ponte.
Sinal digital
O IBGE averiguou de que forma o sinal de TV chega às casas dos brasileiros. Das casas com TV no Brasil, 19,7 milhões (31,2% do total) usufruem do acesso ao sinal digital. “Não é muito pouco porque é muito pouco divulgado.
A gente acredita que com as medidas de publicidade, propagandas específicas e voltada para a população que será atingida, a gente acredita que esse número aumenta bastante”, afirma Araújo, do Ministério das Comunicações.
“Objetivo [da pesquisa] foi no sentido de ampliar o leque de dados a disposição a respeito do tema. (…) Estamos em processo de transição do sinal analógico da TV aberta migrando para o sinal digital.
Se entende em 2015 até o final de 2018 e, portanto, é muito importante que a gente consiga estimar o contingente de domicílios que está preparado para esta transmissão”, declara Araújo.
Segundo o IBGE, 28,5% das residências brasileiras não recebem sinal digital, por antena parabólica ou TV paga (cabo e satélite). As regiões Norte (34,3%) e Nordeste (30,5%) são as com índice maior.
Ainda segundo o IBGE, o Distrito Federal é o que tem a maior proporção de domicílios com televisão que tinha recepção de sinal digital de TV aberta, 49,3%, enquanto o Tocantins era o que tinha a menor proporção (11,8%).
A técnica Jully Ponte acrescentou que dos domicílios com televisão, 64,1% não tinham recepção de sinal digital de TV aberta, dos quais 28,5% não tinham outro tipo de recepção de sinal de TV.
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11,5% dos lares acessam a internet apenas por celular e tablet, diz IBGE
Mais de 40% das casas se conectam só pelo computador; dados são de 2013.
Em 5 estados, smartphones são responsáveis pela maioria das conexões.
Adolescente usa tablet para acessar a internet enquanto fala ao celular. (Foto: AJ PHOTO/ BSIP/ AFP)
Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referente a 2013, feita com o Ministério das Comunicações e divulgada nesta quarta-feira (29).
PCs são fonte nº1 de conexão
Aparelho é o mais usado para acessar a internet
Fonte: Pnad (IBGE)
Mudança na pesquisa
Até 2013, o IBGE registrava apenas as conexões feitas com computador e agora passou a contabilizar os acessos feitos com smartphones, tablets, TVs conectadas e outros dispositivos.
Das casas online, 88% usavam computador para acessar a rede; 53,6% utilizavam celulares; e 17,2%, tablets. Segundo o IBGE, 7,1 milhões das casas possuem tablets e 5,4 milhões deles eram usados para entrar na internet em 2013.
O acesso à internet estava presente em 31,2 milhões de domicílios brasileiros. O instituto constatou que os computadores são responsáveis exclusivos por conexões em 42,4% das casas. Os moradores de 11,5% das residências usavam apenas celulares e tablets para se conectar.
Celular bate computadores em 5 estados
"A gente observa que na Região Norte, o uso do celular como veículo de acesso à internet superou o uso do computador”, diz Jully Ponte, do IBGE. Em cinco estados, a disputa fica melhor para os celulares, responsáveis pela maior parte das conexões: Sergipe, Pará, Roraima, Amazonas e Amapá.
Esse último é onde os aparelhos móveis são a fonte de conexão para o maior percentual de casas, 43%; o de computadores chega a 11,9%.
Formas de conexão
Além dos aparelhos utilizados para se ligar à internet, o IBGE analisou as formas de conexão. Ainda que a banda larga seja a realidade para 30,5 milhões de casas (97,7% do total), a conexão discada é a forma de acesso para 725 mil casas.
No caso das residências com banda larga, 77% delas têm banda larga fixa e 43,5%, a móvel. A região Norte é a única em que a cobertura da internet móvel é maior que a fixa. Com exceção de Rondônia, é isso que ocorre em todos os estados nortistas.
Araújo, do Ministério das Comunicações, afirmou o acréscimo de conexões computadas em 2014 “vai ter impacto bastante relevante em termos de acesso”.
“A gente não pegou os dados de 2014 ainda, mas acreditamos que foram acrescentados mais de 50 milhões de acessos. Não consigo afirmar pelas operadoras, pode até haver esse interesse [de inclusão digital], mas por obrigação regulatória, até 2019, todos os municípios terão que ter banda larga móvel”, diz.
Em um recorte da Pnad a partir de grupos de idade, o IBGE constatou que pessoas entre 15 e 17 anos e de 18 a 19 anos registraram os maiores índices de internautas em 2013, com 76% e 74,2%, respectivamente.
Já na faixa etária entre 40 e 49 anos, 44,4% do total acessa a internet.
Apenas 21,6% de quem tem mais de 50 anos se conecta à web. Entre os que possuem acima de 60 anos, o percentual de conectados chegou a 12,6%. Apesar de parecer baixo, o índice de idosos com acesso à internet mais que dobrou desde 2008, quando apenas 5,7% deles estavam online.
Por rendimento
De acordo com o IBGE, o acesso varia conforme a rede das pessoas. A quantidade de brasileiros conectados variou de 49,1% entre aqueles que ou não possuem renda ou recebem até um quarto do salário mínimo, a 95,7% das pessoas com mais de dez salário mínimos.
“A gente percebe que quanto maior o rendimento domiciliar per capita, maior é o número de pessoas com celular", comenta Araújo, do Ministério das Comunicações.
Post.N.\6.163
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